Ocupação
Todo mundo tem problemas...
problemas geram preocupações = ocupação prévia.
Conequência: olhamos em volta... nos ocupamos, às vezes desesperadamente,
a encontrar a melhor solução.
Nada errado na procura...
o erro está na ansiedade, no medo, na angústia...
que apertam o coração.
E... se não encontramos rapidamente a solução... uma saída...
quem aparece (de metida)
... a tristeza
que nos faz olhar pra trás,
que causa mais ansiedade, mais medo, mais angústia
... e o coração
ah! o coitado coração....
Melhor solução:
não olhe ao redor... olhe pra cima...
O que você vê?
O céu!
Tá bom... nem notou... claro sua mente
está no escuro... não vê nada além do problema.
Olhe pro céu outra vez...
Percebeu? Ele já não é mais o mesmo que você olhou pela primeira vez.
Pois é... ele muda... de segundo a segundo
são as nunvens chegando, partindo... sumindo pelo mundo.
Seu problema vai chegar... vai partir (solução!)
"A preocupação olha em volta; a tristeza olha pra trás; a fé olha pra cima."
(" "??/o resto: Rosangela Calza)
A visitação às pessoas doentes é uma falha universal
devido ao egoísmo e à ocupação de seu bem-estar.
Sacrifique suas emoções negativas com uma ocupação mental positiva, pois certamente elas perderão as forças de uma possível tempestade.
Magister in libris
O escritor é, por definição de sua própria ocupação, do seu próprio fazer, um praticante do magistério. Desempenha essas duas ocupações de maneira tão complementar que é comum observar, em obras literárias, a presença de mestres-personagens. De certa maneira, uma espécie de projeção, em muitos casos. Arnaldo Niskier, por exemplo, é um professor na vocação e um escritor na convicção. Um papel que Gabriela Mistral assumiu, na vida e na arte, com maestria - para usar uma licença poética.
Alguns professores são quase icônicos, na literatura. A professora no magistral conto de Lygia Fagundes Telles, em "Papoulas em feltro negro", por exemplo. Todo o seu caráter e a sua dedicação profissional nos são apresentados pela narradora, perdida nas suas memórias e questionamentos de mocinha insegura. Mas há outra professora, na literatura brasileira, que chama a atenção, principalmente pelo que foi impedida de realizar.
No denso romance "São Bernardo", Graciliano Ramos põe o personagem Paulo Honório a narrar a sua vida em perspectiva. Começou a vida como guia de cego e, à custa de desonestidade e de uma solidão absoluta, torna-se o dono da Fazenda São Bernardo. A obra trata, por vias tortas, de felicidade. Justamente pelo oposto. Paulo Honório é um homem infeliz. A certa altura da vida ele só queria um herdeiro, e acaba escolhendo, para exercer o papel de mãe, a loura professora Madalena. O fazendeiro sombrio imagina poder subjugar Madalena, mas a moça tem os apanágios da profissão: é solidária, humanitária, e caridosa. Ela não concorda com a exploração a que o marido submete os empregados, humilhando-os pela força e pela opressão financeira. Madalena nunca se rendeu à dominação de Paulo Honório, a tal ponto que prefere a morte a colaborar com a posição desumana do marido. Este, no fim da vida, ao lembrar a perda da mulher que amava, mas que não respeitava, diria: "A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste." E isto era o que Madalena, a professora tinha de sobra: alma.
Madalena viveu como professora. E, a despeito de ter sido uma personagem criada em 1934, traz os fundamentos da pedagogia contemporânea. Ensinou pelo exemplo, estudou, buscou, contestou. Superou as vicissitudes pela transcendência simbólica da morte. E deixou legado, mesmo a pessoas que não foram formalmente aprendizes seus. Tanto que, depois de sua morte, os empregados assumem a sua posição revolucionária e vão abandonar Paulo Honório, que enfim enfrenta a decadência, ele que não aprendeu a viver. Não conheceu o prazer de aprender.
Cecília Meirelles, ela também uma professora nos escritos, sintetizou numa frase o pensamento da moderna pedagogia: "Ensinar é acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética afetuosa e participante."
E voltamos ao princípio basilar do magistério na literatura. O escritor e o professor trabalham com três premissas: afeto, solidariedade e compreensão. Há muitas formas de desenvolver conhecimento, mas o ato de educar só se dá com afeto, só se completa com amor. A educação se realiza na sala de aula, em casa, na rua, em qualquer lugar onde haja convívio, principalmente quando se consegue fazer a intertextualidade das cenas da vida com as cenas trabalhadas na literatura. Os professores do cotidiano têm desafios enormes. Têm de conhecer a matéria que terão de trabalhar com maestria e inovação. Isto porque o aluno mudou e já não aceita ser a parte passiva da relação ensino-aprendizagem. Os alunos estão mais inquietos e menos concentrados. O desafio, assim, é ser um problematizador, não um facilitador do processo de aprendizagem. Mas, além da nova didática, o professor precisa de outro conhecimento - o conjunto dos sonhos, aspirações, traumas e bloqueios do seu aluno.
O professor disputa com a família desagregada, que não educa e que muitas vezes nem tem essa preocupação. Eis que educar não é fácil; mas é um trabalho que, bem feito, dignifica.
Há premissas indispensáveis que devem ser observadas pelo professor: o aluno não é mau, embora possa ser ou estar disperso ou indisciplinado; o aluno não é uma tabula rasa; o conhecimento é prazeroso. Ele, o professor, é o líder desse processo. Seja nas páginas da literatura, nas ruas ou nas salas de aula deste gigantesco Brasil. Nossa homenagem aos mestres de ontem, de hoje e de sempre. Oxalá o Brasil volte a valorizar seus professores. A geração que virá depois agradece.
(Artigo publicado no Jornal de Letras, edição de novembro de 2007)
A falta de ocupação faz com que as pessoas viajem além do futuro, esqueçam o passado e destruam o seu momento presente
Nos ocupamos com o que priorizamos, com aquilo que nos parece mais importante... Ora, a ocupação não existe em si mesma, somos nós quem a criamos. Assim, o que existe é o ocupar-se, e não a ocupação. Como a ocupação pode determinar onde iremos? Não, é nós quem escolhemos a ocupação, não o contrário!
Outro dia, quando não tinha nenhuma ocupação.Entrei a cogitar nas coisas e me perdi em mim mesmo.Quando dei por mim estava à observar uma criança que oa ser carregada pele mão de uma mãe distraída olhava-me e com um sorriso cortejava-me vagarosamente,entrei acogitar naquele sorriso e me perdi uma vez mais.Quando me encontrei a criança já ía ao longe.Após a mesma ter sumido no horizonte: sorri,(mas ela não pôde ver o meu sorriso)
pré-ocupação
É, eu me pergunto as vezes, ou eu me vejo pensando as vezes
Em se as coisas vão ser para sempre assim
Não que eu não esteja contente/satisfeito com as coisas que tenho
E eu nem sei se questionar isso ou falar assim é um modo bom de se dizer
Mas que nenhum erro neste caso, seja-me imputado (à mim)
Eu fico perdido as vezes neste mesmo raciocínio
E qual o proveito que isso traria (?)
Seria um passatempo maior, do dilema ao parque de diversões
O meu trabalho, as vezes me perco ligeiramente nesse pensar sobre o meu trabalho
Se um dia as pessoas deixarão de serem ingratas e darão algum sentido
Ao grande trabalho que tive até aqui
O trabalho de compor tantos textos em versos
Eu nunca quis ser superficial naquilo que me propus a relatar
Eu nunca quis, agradar a ninguém, e isso é errado (?)
Eu simplesmente quis ser fiel e íntegro a minha mensagem
Fiel e íntegro a minha verdade. E eu sei, um tanto questionável
Do ponto de sua razão, talvez, é que na verdade, na verdade
Eu falo como um poeta, com linguagens um pouco transponíveis a realidade
Eu tive uns sonhos, onde estrelas traziam, muitas vezes o seu calor frio
Para perto de mim
Em busca, em troca de uma palavra de sabedoria
E isso me fez talvez mais ainda pensar num tempo de reconhecimento
Um tempo onde a minha dedicação e o meu conhecimento
Tão meu e não meu
Que eu acumulei enquanto eles/elas só queriam acumular grana e bens
Eu acumulava luz dentro de mim pra não me perder num dia de escuridão
E assim, talvez eu estivesse com o rosto a refletir raios de luz
Oh Moisés contemporâneo, oh me levem os anjos
(edson cerqueira felix)
O que é impossível pra Você, para Deus é apenas uma simples ocupação. Confie n’Ele e verás circunstâncias supremas.
Há anos não tenho outra ocupação senão buscar vinte e quatro horas por dia a verdade da existência, até quando estou dormindo. Tudo o mais, para mim, é frescura e encheção de saco, inclusive aquelas coisas que as pessoas em geral consideram as mais interessantes e divertidas. Inclusive uns noventa por cento daquilo a que chamam 'filosofia' e 'religião'.
O trabalho é útil para alma, e a nação que se preocupa com o trabalho,dando ocupação para o homem, contrubui com seu desenvolvimento, com o seu bem-estar e tranquilidade.