Ócio
As noites vividas do ócio e da poesia,
são agora lembranças distantes de quietude
Pelo tempo, todas foram consumidas
Quando ela surgiu e logo partiu em minha vida
Deixando um vazio imenso em meu peito
Hoje não viverei mais da noite
Hoje a noite há de me viver
Preencha-me dos mais profundos mistérios
Para que eu fique cego das estrelas
E não do amor que ainda sinto por ela
Jovens sustentados pelo ÓCIO, amadurecem fazendo absolutamente nada. Seu combate cruel oculta suas qualidades. Sentenciados por uma sociedade julgadora, são estatísticas em todo lugar que vivem.
Chegam a um ponto de suas vidas que, eles precisam escolher entre duas escolhas distintas...
Dinheiro FÁCIL, ou uma educação DEFEITUOSA.
Chá de ócio
Eu estou inútil.
A cada hora que passa torna meu dia inútil.
Chego a conclusão que a semana passou e não fiz coisa alguma.
Hoje é domingo à beira de mais uma semana na qual não acresci nada.
Da cama pro sofá, meu corpo vai se esvaindo.
Da TV ao celular minha mente cansou de ser ela.
Meus pensamentos se acumulam e se repetem.
Estou com fome das coisas que não tenho.
O vizinho recebe visitas e o breu me acompanha.
O sol já veio, a chuva e o vento também.
Descobri que os ponteiros do relógio estavam com preguiça.
Desliguei tudo e fui dormir e quando acordei ainda estava claro.
A noite não chega, a fome não passa, a visita ainda não foi embora.
Decido-me tomar banho pra tirar a lerdeza.
Voltei pro sofá e o sono e o ócio conversaram-se.
A noite chega e me conta como eu me saí.
Fico feliz por sentir que a segunda está mais próxima.
Ah não! Me dei conta que mudou o horário, agora eu tenho mais uma hora morosa.
O cheiro do churrasco veio me dar olá e a minha barriga cutucou-me.
Devo ir à cozinha, mas não sei o que preparar.
Puxa! Esqueci-me de lavar roupas, ir na casa da fulana, ir ao shopping pagar uma conta.
Agora é tarde e eu não tenho mais tempo.
Mas a culpa é da preguiça e não minha.
Que dia inútil!
Que se reutilizem intensamente os espaços que talvez EU pense não ter sido preenchido. Ora! O ócio. Escolhe-se ter pensamentos bons, imagina-se a positividade das relações conturbadas.
Viveu, bebeu e comeu do ócio... E quando se deu conta queria ter nele morrido e regurgitado: para aproveitar, só por mais alguns míseros instantes, as maravilhas da vida mundana.
O ócio é o sucesso perfeito na vida do preguiçoso, que busca todos os dias aquilo que não deseja produzir e ainda reclama da vida.
A sociedade degenera numa vida subterrânea onde as drogas, a prostituição e o ócio projetam os mais doentes no poder.
Praticar o "ócio criativo" é gostoso, mas tudo o que você precisa para despreocupar-se... está fora de você!
Ócio
Pra um sol bem quente
Eu uso um chapéu
Pra minha dor de dente
Eu olho pro céu
Pra meus amigos
Eu mando lembranças
Pra meu bem querer
Um pote de mel
Eu faço da vida
Uma linda resenha
E exponho tudo
Aqui no papel
Eu mostro a beleza
Do teu sorriso
E encontro a certeza
Do meu paraíso
Amar tudo ali
É muito mais que preciso
É quase sagrado por ser precioso
E se é pra correr apressado
Eu já nem saio do lugar
Minha vida é andar devagar
E sempre cheguei lá do outro lado
Onde a luta começa
E a glória termina
Onde implora a menina
E te faz promessa
Onde o campo é minado
E a virtude regressa.
Estou
Sempre preso nesse ócio vicioso
Tentando entender todas as pessoas como se elas fossem livros
Vivendo de chá e musica e solidão
Dormindo quando ao raiar do sol
Fugindo de casa e se hospedando em bibliotecas, cafeterias, praças vazias
Observando as pessoas, que parecem fantasmas
(não amam, não sentem)
Tentando parar com todos esses vícios
E se viciando mais...
Fugindo da verdade
Fugindo de mim mesmo
Deixando toda água cair no meu corpo, passando horas tentando sair debaixo daquele maldito banheiro
Minhas lagrimas caem junto com as ultimas gotas de água
Não adianta tentar enganar mais ninguém
Todos sabem que oque eu seco na toalha
é o meu choro
Mas tudo uma hora vai se acertar
Uma hora eu levanto essa cabeça
Uma hora eu vou sorrir tão forte
e vou manter meus olhos fixados no céu.
A Difícil Quietude no Ócio
Durante as longas viagens de recreação, vemos quão perniciosa é a ausência de atividade metódica ou trabalho. Em tais viagens nos sentimos miseráveis porque, privados de toda ocupação real, nos encontramos fora de nosso elemento natural. Os esforços e as lutas contra as dificuldades são naturais para o homem como cavar é natural para uma toupeira. A estagnação que resulta da satisfação completa de um prazer permanente lhe seria intolerável. O verdadeiro prazer de sua existência consiste em superar obstáculos, que podem ser de natureza material, como nos negócios e nos assuntos pessoais, ou de natureza espiritual, como nos estudos e nas investigações. A luta e a vitória fazem o homem feliz. Se lhe falta a oportunidade, esse a cria como puder; segundo o impulso de sua individualidade, caçará ou jogará boliche; ou, arrastado pela inclinação inconsciente de sua natureza, tecerá intrigas, maquinará enganos ou qualquer outra vileza, simplesmente para poder dar fim ao estado de imobilidade que não pode suportar. Difficilis in otio quies [difícil é a quietude no ócio].
Como o sol que desaparece durante a noite
Deixaste assim a escuridão em minha vida
Um ócio desgastante e um vazio na alma.
Não há saída amor... não há...
De ti só tristeza e de mim só saudade!
Infidelidade
Mistérios e enigmas rodeiam teu corpo.
Silencioso, vejo-te balbuciar.
Em meio ocioso fiz-me pairar,
Sob palavras melodiosas,
Tudo o que me restar.
Se vens como um anjo caído,
A noite escura convida a viajar.
Toque minha mão,
E faça este tal brilho durar.
Cada sensação nunca antes vista,
Cauteloso e perigoso te faço bastar.
Palavras divinas em meio a tormenta,
Vida tirana vem a desinteressar.
Pessoas comuns na falta do que conduz.
Tua vitalidade escassa,
Um tanto anti social,
Bipolaridade disfarçada.
É meu último suspiro frente ao que resta de tua amada.
Até então cheia de luz,
Retiro de tua mão a espada.
Encha-me com seus conselhos,
Serei eu tua aprendiz.
Como movimentos de teus cabelos.
Vertentes opostas de uma mesma diretriz,
Te guio por espelhos.
Passos descompassados,
Pela dor que esmaga.
Se como um golpe me conduz,
Serei eu desnecessária.
Em tua mão um fulgor reluz,
Tornando-me por total errada.
Idealizarei tua utopia,
Com um vigor que me afaga a alma.
Viva feliz e sorria,
Fiz do mundo tua morada.
Eu sou fiel meu bem.
Considero o que me é ensinado.
Te elevo e consagro,
Ainda que dentre todos,
Sejas tu, o meu maior pecado!