Ocasião
Na vida em toda ocasião vale a pena tentar. A tentativa abre a possibilidade para o acerto, mesmo não acertando ganhamos no aprendizado. Tolo é aquele que não tenta.
"Seja você hoje,amanhã e os dias seguintes. Até mesmo na ocasião mais pressionada em você,ria e divirta-se fazendo o que sabe fazer de melhor,ser você mesmo."
Uma ocasião satisfatória,
ainda que seja breve,
Pode renovar as nossas forças
aliviando o estresse.
Venha, estás maravilhosa,
a noite está enluarada
e fará parte desta nossa ocasião
que será com taças de vinho,
doses de amor, trocas de carinho,
pra nós, terá muito valor,
sabes que aprecio a tua companhia
e sei que também aprecias a minha,
então, vamos aproveitar esta recíproca euforia.
Marcante composição, ocasião mágica, páginas emocionantes de trechos surpreendentes, cordas tocadas harmoniosamente com uma notória paixão, essencialidade expressiva de muitas camadas, três facetas da preciosa arte, representadas por letras, notas e vida, soma intensa de bastante profundidade, natureza cativante, genuína, beleza na sua integridade, digna de ser muito amada com toda sinceridade.
Taça de vinho ao chegar em casa, porção confortante, ocasião particular após um dia desgastante, dessarte, uma merecida compensação, um carinho salutar à alma, um calor agradável ao coração, o corpo em pouco tempo, relaxa, uma renovadora sensação.
Sensação acolhedora, tranquila, de uma ocasião chuvosa, movimentação suave dos ventos como se participassem de uma dança incomparável, no ritmo terno da linda sonoridade, proveniente das gotas da chuva,mudança propícia do tempo no início da madrugada, movimentos harmoniosos e contínuos, alívio inevitável para alma, oportunidade imprescindível, que restaura as forças da mente de um jeito simples bastante efetivo.
UM POUCO DE MIM
Certa ocasião escrevi sobre a morte e reportei que a mesma era uma questão de opção. Na mesma senda, nossa vida também é repleta de oportunidades. Hoje, dia que para mim é como qualquer outro, apesar de estar encerrando mais um de tantos ciclos, reflito o que consegui conquistar e, sem qualquer sombra de dúvidas, primeiramente, a dignidade de estabelecer objetivos: escolares, familiares, fraternais, amorosos, de trabalho, projetos, enfim, aquilo que dependa de mim. Não me entendam como uma “mônada” isolada, que se julga capaz de conquistar o universo tateando sozinho na sua escuridão. Bem certo de que a solidão nos remete à reflexão, entretanto, as ações que mais nos permitem a evolução são aquelas que envolvem objetivos e ensinamentos coletivos. Apesar de ter o rótulo do filho mais folgado, nem sempre as coisas foram fáceis, ao que agradeço às orientações deixadas por meus pais, exemplos de superação, sonhos e realizações. Comparadas às provações que a vida lhes apresentou, deveria dizer que não tive sequer um grão de areia como obstáculo, em face do deserto pelo qual os mesmos tiveram que superar. Para tanto, família, trabalho, obstinação e amor, auxiliaram a matar a sede para a travessia. Aliás, quem caminha sedento e, a conta-gotas, com paciência e obstinação, vai buscando energias para chegar ao oásis, bem sabe que este é um caminho sem fim. Ao longo desse intervalo terreno, muitas situações inusitadas já passei. Várias “picadas” foram abertas nesse andar, muitas, deixando “grosseiras” provocadas por alguma aroeira no caminho. “Enxertos” desafiando as relações da própria natureza, como dar uma mãe (“Vaca Chaleira”) a um terneiro órfão (Takamanakira). Outro dia conto mais sobre isso, com detalhes. A tarefa diária, antes do “colégio”, não era lá das mais admiradas para um guri de parcos anos de idade – nem se fale nos dias de geada -, contudo, ao mesmo tempo, mostrava avanços inexplicáveis naquela relação que nasceu resistente, usando-se, inicialmente, a força de “acessórios” como cordas (sogas), maneias e palanques, até que um simples acompanhar daquele ritual mágico, se transformava em uma bela cena de total adaptação e, porque não dizer, evolução.
Afinal evolução de quem?
Nesse caminho vi nascer flores dos braços de minha mãe que, a malho, ferro e fogo, cortava e moldava arranjos que, mais tarde, eu via desfilar em bailes nas cabeças e vestidos de muitas “moçoilas” de minha geração. De alguma forma, eram “essas flores” que garantiam a minha presença em alguns desses eventos festivos. Muitas outras flores e projetos vi enfeitarem a vida dessa “jardineira”, o que daria um livro que não me atrevo a, sequer, principiar. O meu pai, por sua vez, altivo, nunca, jamais, me deixou sem amparo nos momentos mais difíceis que a adolescência insistia em “me aprontar”, mesmo acidentes que envolviam alguma “remontagem” material. Sabe-se lá se eu teria ou terei com meus filhos a mesma tolerância. Caso eu falhe, certamente, não estarei seguindo as diretrizes que me foram confiadas.
Seguimos lutando para vencer cada obstáculo!
Aos meus amados irmãos, agradeço a conjunção de esforços, de todas as formas: física, espiritual, material, emocional etc. Até mesmo às acaloradas brigas, onde sempre levava a pior, pois os “cascudos” vinham em cascata, dos maiores até o menor - no caso - eu mesmo! Aprendi muito e, como já ouvi dizer, vivi na “folga” em relação a muitos percalços ou carências que talvez tenham tido mais do que eu. De qualquer sorte, mais “liso” ou não, tenho a convicção de que fui “curtido” nessa santa troca de cumplicidade, desde as “pescarias” capitaneadas pelo pai, onde eram transformadas em “engenharias de aramados” que acabaram “tramando” homens de verdade! Obrigado a todos vocês: Pai, Mãe e meus Irmãos!
A lição disso tudo: “cultura”! Tanto a do cultivo da terra quanto do campo das letras; em ambas a arte da semeadura, da plantação, do cuidado, do controle das pragas e das rezas elevadas ao alto.
Graças aos exemplos que tive, sempre traduzo cultura como forma de comunicação, não só através de um modo eloquente e rebuscado, mas aquele em que se adapta ao meio onde estejamos, permitindo que haja entendimento: desde um diálogo com um heroico peão de estância, até o mais refinado desembargador em algum tribunal desse país.
Com essa “grande bagagem”, tive o alicerce seguro para sair de casa aos 14 anos, morar “sozinho” com meus irmãos, saindo dos braços de um lar, buscando um horizonte que dependesse somente de mim. Saído de uma escola onde a religiosidade era o mote central para a realidade de uma escola pública que, logo em seguida, emendei com o sonho de uma faculdade de direito, também pública.
Os amigos: onde teriam estado? Em tudo que me move! Os verdadeiros! Os de ocasião, nem os contaria!
Claro que nominá-los seria um desrespeito! Entretanto, a força motivadora desse laço extenso e infinito que se chama amizade é uma das insuperáveis demonstrações da presença de um Ente Supremo.
O mais incrível de tudo isso é que olho para as décadas que passaram e tenho a alegria de registrar que muitos amigos, de longa data, permanecem no meu convívio diário, que distância ou tempo nenhum separam. Outros tantos, agregaram-se nesse rol com uma intensidade que os coloca como partícipes das amizades que parecem transpor nossa própria existência terrena.
Até mesmo aqueles que partiram para o oriente eterno, tenho sempre vivas as lembranças boas e até passagens tragicômicas, que me fazem rir da vida quando ela nos apronta!
Acadêmicos, colegas de aula, colegas de especialização, de mestrado, colegas de trabalho etc. Nossos rastros ficaram vivos em cada lugar que passamos.
Aqueles que, eventualmente, não consegui agradar, tenham em mente que nunca tive como desiderato de vida fragilizar a vida dos outros, nem mesmo em pensamento.
Toda discussão que envolve rotular as pessoas procuro passar ao longe, pois sou adepto da discussão de ideias e não de preconceitos!
Porém, na lição de Confúcio, em os Anacletos, um aprendiz indagava ao mestre: uma injúria se paga com uma boa ação? Ao que o mestre respondeu: uma injúria se paga com retidão, afinal, com o que se pagaria, então, uma boa ação?
Nesse contexto, faço breve conexão sobre o perdão, que é algo salutar, em certa medida. Todavia, o perdão reiterado pode significar conivência, acabando por ceifar uma oportunidade daquele que necessita alguma evolução.
Aos meus filhos, não vou dedicar muito do que aqui escrevo, pois espero registrar a cada dia minha gratidão em gestos de amor e de carinho, que nos fortalecem para seguir empreendendo nessa aplicação Divina, cuja rentabilidade pode não dar inveja aos economistas mas me tornam uma pessoa repleta e muito rica: riquíssima!
Enfim, já plantei árvores, já escrevi livros e tenho meus amados filhos!
Com franqueza e escusas pelo lugar comum, minha maior ambição é a velha máxima popular de continuar agregando vida aos anos e não anos à vida!
Certa ocasião, em algum tempo dessas “décadas”, escrevi:
“Meu único amor
é amar ter muitos amores
este é o meu jeito de ser
‘eta’ jeitinho danado
me arrumou mais você”.
Clamo que não me entendam mal sobre o sentido de amor acima referido, pois deve ser entendido na plenitude que o amor merece.
Faz tempo que escutamos - e acreditamos - em “tempos modernos”, bem decifrados pelo poeta Lulu Santos. Contudo, se faz necessário impulsionar, na realidade, “um novo começo de era, de gente fina elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não...”.
Assim, com o “tempo voando e escorrendo pelas mãos”, vou encerrando esse pensar comigo mesmo, que ouso dividir com todos que me acompanham ao longo desses anos.
Espero, sinceramente, tenham servido para abrandar as arestas e imperfeições que tenho, nessa luta diuturna para tentar mitigá-las, para me tornar, cada vez mais, digno de conviver com pessoas tão especiais como vocês.
Obrigado a todos, TODOS MESMO, que me permitiram refletir para um sentido e para um sentimento, que ele seja: EVOLUÇÃO!
Alfredo Bochi Brum
"A ocasião faz o ladrão", quer dizer então que, de uma hora pra outra, uma circunstânciazinha qualquer pode decidir todo o nosso caráter, é isso?!😏
LIBERDADE PERIGOSA
[…] não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. —Gálatas 5:13
A liberdade é perigosa nas mãos daqueles que não sabem usá-la. Por essa razão os criminosos são confinados em prisões cercadas com arame farpado, barras de aço, barreiras de concreto. Pense numa fogueira que se alastra numa floresta seca e rapidamente se transforma num inferno ardente. A liberdade sem controle pode criar o caos.
Em nenhum lugar isto é tão evidente como na vida cristã. Os crentes estão livres da maldição da lei, da sua punição e do seu poder de produzir culpa. O medo, a ansiedade e a culpa são substituídos por paz, perdão e liberdade. Quem poderia ser mais livre do que aquele que é livre nas profundezas da sua alma? Mas é aqui que geralmente falhamos. Usamos o luxo da liberdade para viver de maneira egoísta, ou reivindicamos a posse daquilo que Deus apenas nos confiou. Caímos em nossos padrões de tolerância, especialmente em sociedades com maior afluência.
O uso adequado da liberdade é “a fé que atua pelo amor” para servir uns aos outros (Gálatas 5:6, 13). Ao confiarmos no Espírito e gastarmos nossas energias amando a Deus e ajudando os outros, as obras destrutivas da carne serão refreadas por Deus. (Gálatas 5:16-21). Portanto, usemos sempre a nossa liberdade para edificar, não para destruir.
Como o fogo flamejante, a liberdade sem limites é perigosa. Mas quando controlada, é uma bênção para todos. —DJD
A liberdade não nos dá o direito de fazer o que desejamos, mas fazer o que agrada a Deus. Dennis J. DeHaan
Em cada ocasião que vivenciamos precisamos selecionar algo que apredemos, e deveremos guardar para nossas experiências de vida.
Madrugada, silêncio, solidão, papel, sonho e caneta. Ocasião perfeita para achar respostas da existência, basta refletir sobre oque se conhece do Monstro Transcende.
A eternidade é transpassada de ponta a ponta em um relance e em milésimos de um segundo.
Medos se vão e certezas fluem na mente incerta e pequena.
A mente no silêncio e poderosíssima, com olhar inerte, faz do intransponível transponível, do inaceitável acreditável.
Deus nos deixou a eternidade a preencher com o melhor de nosso tempo.
O vazio a ser edificado com bom convívio entre os semelhantes.
Um escuro a iluminar com a luz divina que jaz em nós.
Deixou o palor a colorir de amor.
Um papel em branco a escrever uma linda história de amor.
Em toda essa edificação da vida temos por base o amor.