Ocasião
Sou um cara durão...
Que, dependendo da ocasião...
Chora de montão...
Sem se importar com a multidão!
Pedro Marcos
Não espere aquela ocasião especial para abrir o vinho,
Amanhã você pode não estar mais aqui,
Ou talvez esteja, só que sozinho.
Brinda comigo!
Se não tiver motivo a gente brinda só por ser amigo.
Faz sentido.
Seco, suave ou tinto. Mas vinho bom é dividido.
Prefiro uma adega vazia, do que um dia esquecido.
Brinde com um desconhecido,
Com a esposa, marido,
Primo, vizinho ou quem for.
Só não deixa o vinho ficar mais velho
Que seus dias especiais.
Cabe a você a escolha!
- Por favor, alguém saca rolha?
Hoje não guardo mais nada para uma ocasião especial, faço uso de tudo que tenho, afinal, não sei se amanhã estarei viva, todos os dias para mim são ocasiões especiais.
Na verdade, a ocasião parece ter liberado algo dentro dela, um misto de amor e bravura, se é que os dois, não são, sob muitos aspectos, a mesma coisa.
Muitos são os que lhe apertam a mão por ocasião, esperando favores; eles são também os que buscarão ocasião de fugir à sua presença quando precisar deles.
Há flores que são especiais
Pelas suas formas e cores.
Mas, ainda assim, dependendo da ocasião, elas viram apenas um presente especial.
Transformam-se em codjuvante,
E a Especial passa ser quem as recebem.
Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião vou te explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já não me importa guardar segredo; depois desta desgraça não me importa já nada. Saberás pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler.
Trata-se de um romance, de um drama — cuidas que vamos estudar a história, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e situações do vivo na natureza, colori-los das cores verdadeiras da história... isso é trabalho difícil, longo, delicado, exige um estudo, um talento, e sobretudo um tato!...
Não senhor: a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico.
Todo o drama e todo o romance precisa de:
Uma ou duas damas.
Um pai.
Dois ou três filhos, de dezenove a trinta anos.
Um criado velho.
Um monstro, encarregado de fazer as maldades.
Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios.
AMANTES DE OCASIÃO E A HIPOCRISIA NOS CASAMENTOS...
È vergonhoso o que vem acontecendo em nossa sociedade, dita cristã.
Casamentos de faixada, sustentados por sorrisos falsos, fotos em colunas sociais e interesses escusos.
Claro que isso não acontece só nas altas rodas, é um câncer que está presente em todos os níveis sociais.
Não entendo como o ser humano chega a voar tão baixo, para manter-se em "Pé".
Como podemos nos sujeitar a participar de tamanho desatino, tanto como amante ou permanecendo em uma relação infeliz, sem amor, sem respeito?
De que forma é possível manter a auto-estima, a dignidade e poder ofertar um sentimento verdadeiro, sendo cúmplice de uma mentira, que com certeza, nunca terá um final feliz?
Estamos corrompendo nossa alma, nosso coração, atropelando nossos princípios e pulverizando o pouco do que ainda resta de mais sagrado na "família".
Filhos que fazem vista grossa aos "pecados" dos pais, para garantirem sua "segurança" e tranquilidade econômica, pais que fingem se preocupar com os filhos, lhes dando exemplos toscos, sem nenhum conteúdo moral ou cristão e muita, muita ausência.
Um preço muito alto a pagar, pois se não bastasse uma sociedade tomada pelo consumismo e totalmente individualista, sem amor próprio, ainda está carente de bons exemplos, de pais honestos e sentimentos nobres!
Tenho vergonha de mim, do que me tornei, pois todos nós, ativos ou passivos, estamos nos omitindo, não como patrulheiros da moral e dos bons costumes, que seria pura hipocrisia, mas do que estamos causando em nós mesmos, sendo tão permissivos e indiferentes diante desse massacre contra o sentimento mais lindo que a humanidade pode experimentar: O AMOR!