Obsessão
Podemos partir do ponto de que escutar o outro é despir-se de nós mesmos, é largar a obsessão com nossa identidade, suspender quem somos e quem é o outro. É claro que quando fazemos isso, podemos escutar desse outro coisas que não admitimos em nós. Ângulos que não conseguimos ver, perspectivas que queremos evitar, lembranças que a fala do outro evocam. Ou seja, para escutar o outro é preciso sair de nós mesmos, sair de "si". Esse "si" é tanto nosso material mais precioso quanto nossas defesas. É tudo aquilo que nos ensurdece.
Uma frase predileta e que marcou o fim, talvez, de uma obsessão ou de algo impossível:
Não é necessário que compreenda isto. Basta que me conserve com carinho na sua lembrança, como eu, inalteravelmente, a conservarei na minha
Carta a Ophélia Queiroz, Fernando Pessoa, 1920.
Já passou de obsessão a minha busca por te querer
Já passou de tudo
Já virou insensatez a tentativa de se entender
Falamos língua de absurdo
É sol, é dó, é nó sustenido
Futuro que sei lá por quê, cai de imaturo
E eu que já perdi a conta de contar às vezes que você
Deu com fé no escuro
Bisbilhotar o que se passa com o vizinho é inútil obsessão, supérfluo anseio e a mais cruel perda de tempo.
Aprendi a fazer da dor que sentia por ela uma parte da minha vida, uma obsessão com a qual eu podia viver com uma intensidade tolerável.
Com o passar dos anos também percebi que não é bom deixar o desejo virar uma obsessão, pois a pressão aumenta e as chances de torná-lo realidade costumam diminuir.
"Agir com equilíbrio é necessário para vencer na vida. Agir com obsessão pode trazer conseqüências desagradáveis para nós e nossa família"
As vezes estamos, mas não somos por que a maldade se esconde na obsessão (Mandela foi preso tachado como terrorista; grupos evangélico do governo desvia dinheiro da educação).
Pois é na arte
Nas curvas das palavras
Fome obsessão requintada
Que a minha morte se veste de veludo
Às vezes me soa estranho o gostar das pessoas. É uma obsessão ou algo parecido com posse. Alguém se acha o dono de outro alguém. E a relação se perde o poder da escolha, do querer, do sentir e do ser livre para simplesmente amar. E esse amor se torna feio, pois as pessoas já nem sabem mais se ele existe ou se apenas há uma necessidade de se prenderem ali. E se permitem e acostumam a ser presos e não felizes!
Eis que ser aceito é o desejo mais latente da alma humana.Porém,enquanto essa foruma obsessão,a libertação do ser não acontece,pois a aceitação tão sonhada é indubitavelmente de si mesmo.
A sombra da insegurança e do medo, traz consigo o ciúme, a desconfiança e a obsessão. Aprenda a observar cada detalhe do seu relacionamento, do seu cotidiano. Só porque se tem um ex no Facebook, WhatsApp ou se curte algo interessante, não é obrigado a querer voltar ao passado ou querer errar outra vez.
Um relacionamento pode terminar, mas a amizade pode continuar... Solte a gaivota e fique observando até onde ela vai.
Saudade, mas tanta saudade que dói. Não é tristeza, não é ansiedade, obsessão, angústia e muito menos mera inquietação. Não é dor poética. É dor! Como se algo crescesse dentro dos ossos. As vezes é tanto que me perco. Paro de pensar, para de ver e sentir o que está ao meu redor. Saudades.
A obsessão da paixão leva ao descontrole mental fazendo com que o apaixonado se torne completamente irracional a ponto de fazer coisas imbecis pelo outro. Já o amor comete a grande loucura de perdoar muitas vezes aquela pessoa que não merece, mesmo que em um certo momento do relacionamento este provou que não ama.
Somente aqueles que se entregam à loucura chamada amor conseguem perdoar aqueles que não merecem. A obsessão da paixão não consegue perdoar, pelo contrário, procura obter todos os benefícios possíveis daquele que corresponde a essa paixão.
A paixão é uma obsessão e o amor é uma loucura!
ALMEIDA, Bruno de Souza. "Reflexões". Resende, 27 de Novembro de 2015.