Observar
Quanto mais tempo eu observo a vida, mais tenho a certeza que a felicidade está nos pequenos goles da bebida chamada sonho.
Embriago-me!
Quanto mais eu observo e analiso as pessoas, menos eu confio, a noite: ninguém é de ninguém. De dia: Santas e meigas.
...Por todo o ambiente eu levito, observo
O que não quero, evito, não levo
De ninguém sou servo
De brasilião ou de Audi
De buzão ou a pé pela cidade
Sempre na humildade...
Observo hoje uma falta de indignação coletiva. Os valores morais que alicerçavam a sociedade mudaram ou fomos nós que mudamos ao nos tornamos indiferentes ?
A sua timidez me torna tímido, a ponto de apenas te olhar...
E te observo de maneira incansável e intensa...
Ao anoitecer, deito-me sobre o gramado úmido... com o olhar atento, observo as estrelas, a lua... uma leve brisa acaricia meu corpo... A saudade me faz lembrar do amor e também da dor.
Costumo dizer que meu pensamento é minha morada, minha cidade particular, minhas digitais.
Admiro o silêncio, ele é sábio.
Ao fechar os olhos me conecto com meu passado e idealizo meu futuro. Ah, se a trava que o medo me impõe me encoraja-se, eu daria xeque mate à todo embaralho instável de meus pensamentos e seria seguro quanto o raio.
A esperança seria meu incentivo e não minha frustração, mas, o que posso fazer se até os quatros elementos da natureza tem suas convulsões ?
Carla Fernandes
Contemplando a natureza
Sentado à margem da cachoeira
à tardinha...
Observo a queda d'água
caindo e escorrendo por entre
as pedras...
Oiço o barulhinho mágico desse
elemento purificador e o canto
dos passarinhos vindo da mata verde...
Um encanto!
Contemplo como é divina a natureza!
Que incomensurável beleza?
Deixo fluir meus pensamentos
em direção ao céu.
Neste momento uma chuva fina passageira
cai, molhando meu corpo
regando a flor de minh'Alma.
Oh, quão lindo é o arco-íris colorido
com sua ponta reluzente cruzando
sobre o espelho d`água!
Surge o astro Rei após a chuva passageira.
Termino minha contemplação
vendo o pôr do sol, com a sensibilidade da
poesia pulsando em meu coração!
Copo d`água,
Observo um perfil e busco a medida do amor. Quanto devo adicionar para afogar a estupidez humana? Quanto os homens precisariam sorver por um palmo a frente de seus olhos? Dispondo, os homens, de matéria-prima para o destempero, recolhem-se perante sua sede.
Observo meus pensamentos e só alimento aqueles que me fortalecem.
Sou amante da beleza em seu contexto geral! Observo por natureza, cada detalhe, cada movimento! Recriando-me a cada instante!
Enfim: sou o que sou!!! Apenas eu!!
Cada vez que observo, meu encanto se apaga. É como regar uma semente morta, dali nada nasce, nada floresce.
E eu olho pra você e tenho tanto pra te falar que não falo nada. Apenas observo. Sinto você preencher cada espaço vazio que tinha em mim. E eu estou olhando pra você e me perguntando se eu mereço tanto.
Observo pessoas indiferentes aos sofrimentos dos outros o tempo inteiro... Fingem que não enxergam, ignoram, são cegos por conveniência, por interesse próprio.
Sei que a andorinha está no coqueiro,
e que o sabiá está na beira-mar.
Observo que a andorinha vai e volta,
mas não sei onde está meu amor que partiu e não quer voltar.
Às margens de mim, observo aturdida meu reflexo descendo a turbulenta corredeira da horas, na boca fúnebre do tempo.
Como uma tresloucada suicida arrisco o mergulho na tentativa desesperada de resgatar-me dessa força enexorárel que me arrasta para o remoinho da noite eterna.
A chuva cai, o homem do guarda-chuva passa;
Eu apenas observo seus passos;
Ele finge não me ver, mas eu o vejo com amor;
ele já não me pertence mais,
Muito bem acompanhado em sua vida ele está,
por alguém que também lhe quer com amor.
Eu com ciúmes não posso ficar,
porque ela me venceu, ela conseguiu;
Eu na minha vou ficar, e tentar esquecer
o homem do guarda-chuva;
Pois ele passa para agradar
quem o acompanha em sua vida;
e não quem o observa com amor.