Objetos
MACHISMO CONSENTIDO
Machucadas pelas sutilezas de séculos, as mulheres brasileiras são objetos sem embrulho. Os homens que não "pegam" ninguém são um bando de frouxos. E os gays não passam de "veados".
Nesta nação, demasiadamente ortodoxa, as mulheres não são dominadas com a submissão insolente, mas com o estímulo a promoverem-se à vaidade. O "estilo panicat" domina a Pátria.
Saradas que vivem postando fotos de suas curvas artificiais no Instagram, e noutras redes sociais, são contrariadas pelas pessoas de bom senso, não passam de frutos podres da má implementação da civilidade; são enfermas.
As meninas são estimuladas desde cedo a serem submissas com suas bonecas bonitas e magras. Enquanto que os meninos se enriquecem com seus carrinhos eletrônicos e super-heróis.
Os homens que não se encaixam à corja "pegadora" são jogados em cantos. Os homossexuais são espancados em esquinas. O Brasil patriarcal grita "veado"! Os homens de bom sangue gritam "socorro, não quero me envolver"!
Vendo a barbárie islâmica, servos desinformados de outras religiões cogitam: "Ainda bem que não sou muçulmano(a)". Mas qual é a diferença da mulher cristã para a mulher muçulmana? A mulher cristã é um objeto desembrulhado. E do homem cristão para o homem muçulmano? O homem cristão é um cavalo não castrado.
Os bons são uma minoria em todo o globo, mas sabem pensar de uma forma sensata, pouco se importam com os olhares da ignorância, buscam o seu ser natural.
Sabendo usar da razão, as mulheres e os homens que não aceitam a covardia, inerentemente, vivem a ser o que são. O ódio sadio domina o coração dos que dizem não.
Nossos medos não deve está fundamentado em pessoas ou objetos mais fortes, mais sim naqueles que não desistem mesmo quando todos dizem não dá.
Uma comunidade que se concentra em amontoar objetos jamais alcançará o progresso. O mundo não foi feito para cultuarmos a matéria e sim aquilo que magistralmente a gerou.
"Se as coisas estão virando de ponta cabeça tem algo de errado, em nosso mundo objetos não gravitam. Mude seu ângulo de visão pois é para o alto, no alvo do Criador que se encontra esperança."
Talismã são conhecidos como objetos gravados em símbolos cabalísticos aos quais atribuem-nos a virtude e a plenitude da felicidade vinda de um poder sobrenatural que nos une a Deus... o que no sentido figurado é por muitos conhecido como amuleto, eu o reconheço como família e grandes amigos até porque, estou convencido que Deus antes de me enviá-los, escreveu no coração deles todo o nome meu e no coração meu o nome de todos eles.
No final das contas, dos que partem
ficam apenas os laços de afeto...
Parei de guardar objetos,
cartas, bilhetes, flores secas dentro de livros...
Guardo apenas o que me foi deixado na alma.
Cika Parolin
Sonhar, conteúdo dos sonhos e a sua interpretação sempre foram objetos do meu interesse de modo que, desde garota sempre li sobre este tema e tentei interpretar os meus sonhos. Acertei em algumas vezes; errei noutras. A princípio, ficava curiosa com o(s) significado(s) do sonho a partir da(s) imagem(ns) que o marcavam, e recorria a “manuais” que trazem exemplos como:
- sonhar com arco íris é sinal de sorte e êxito em tudo que desejamos realizar porque entramos em contato com energias superiores, que nos permitem tirar o máximo de proveito de nossas capacidades e habilidades pessoais;
- sonhar com animais ferozes: vê-los - deveremos guardar-nos da inveja dos demais; se nos ameaçam - nossa vida está em perigo. Em geral, os animais ferozes nos anunciam dificuldades profissionais.
Nesta linha, há muitos livros mas citarei dois deles: “O grande livro dos sonhos”, de Emílio Salas; “Os segredos dos sonhos”, de Roman Cano.
Este tipo de leitura não foi suficiente e passei a ler sobre a história dos sonhos, quando me deparei com algumas obras, inclusive o “Livro dos sonhos” de Jorge Luis Borges (1899-1986).
Nesta obra pode-se “viajar” até os primórdios das civilizações e se aproximar um pouco das interpretações dos sonhos sob diferentes óticas: místicas, filosóficas, religiosas etc. Ela é, assim, apresentada: “Este livro de sonhos que os leitores tornarão a sonhar abarca os sonhos da noite – os que eu assino, por exemplo – sonhos do dia, que são um exercício voluntário da nossa mente, e outros de raízes perdidas: digamos, o Sonho (anglo-saxão) da Cruz.”
Daí, tentei me aproximar um pouco da teoria dos sonhos de Sigmund Freud (1856-1939), aquele que, no dealbar do século XX, revigorou a antiga concepção de que:
“Os sonhos são, simultaneamente, significativos e importantes: não sonhamos nada que não seja uma expressão relevante de nossa vida interior e todos os sonhos podem ser entendidos se dispusermos da chave; a interpretação é a ´via regia´, o principal caminho para a compreensão do inconsciente e, por conseguinte, a mais poderosa força motivadora tanto do comportamento patológico quanto do normal. [...] o sonho é a consumação das paixões irracionais, reprimidas quando estamos acordados.”
A interpretação freudiana dos sonhos baseia-se no mesmo princípio subjacente a toda a sua teoria psicológica: o conceito de que podemos ter anelos (inconscientes), sentimentos e desejos motivadores de nossas ações dos quais, todavia, não tomamos conhecimento por razões diversas, incluindo o medo de perdermos a aprovação de pais, amigos; a necessidade de não nos sentirmos culpados; entre outros.
Coloquei a mão mais acima e alcancei um jovem contemporâneo de Freud, Carl Gustav Jung (1875-1961) que o encontrou pessoalmente em 1907, quando o visitou, em Viena e, logo, Freud reconheceu o valor de Jung vendo neste um filho mais velho.
Mas, em 1912, o Livro de Jung “Metamorfose e símbolos da libido” marcou as diferenças doutrinárias profundas que o separaram de Freud porque, enquanto para Freud, a única interpretação possível de um sonho está na teoria da realização de um desejo, Jung foi dispensando a livre associação e, de forma igualmente dogmática, tendeu a interpretar o sonho como a manifestação da sabedoria do inconsciente e a afirmar que a voz em nossos sonhos não é nossa, mas provém de uma fonte que nos transcende.
Um parêntese:
São inúmeros os livros de Jung. Gosto muito de “Memórias, sonhos e reflexões” e, também, de “Vida e obra”, escrito por Nise da Silveira.
Neste caminhar, conheci Erich Fromm (1900-1980) e me detive mais em “A linguagem esquecida”, obra que consegui no Sebo, em Salvador, que faz um paralelo entre as teorias do sonho de Freud e de Jung.
Ao retomar essas teorias, Erich Fromm demonstra maior aproximação com a Teoria de Jung, embora ressalte:
“A diferença entre a interpretação de Jung e a minha pode ser resumida nesta afirmação: Concordamos que muitas vezes somos mais sábios e dignos dormindo do que acordados. Jung explica o fenômeno com a hipótese de uma fonte de revelação que nos transcende, ao passo que eu creio ser nosso o que pensamos durante o sono e haver boas razões para o fato das influências a que estamos sujeitos em nossa vida de vigília terem um efeito sob muitos aspectos estupidificador sobre nossas realizações morais e intelectuais.”
Avidaéuma escola de escultura. Ela nos ensinaaesculpir objetos e seres humanos. Alguns aprendem e esculpem verdadeiras obras de arte, com todo esmero e zelo. Alguns tratamaescola como uma brincadeira e esculpem verdadeiras atrocidades e aberrações neles mesmos e nos que eles criam.
Melania Ludwig
19 de fevereiro de 2011 ·
Vou dar uma geral:
recolher objetos espalhados,
toalhas molhadas,
migalhas de pão
caídas no chão,
copos da pia.
Vestígios de um feliz dia...
mel
As ciências não são espaços nos quais os objetos se encontram, mas sim as janelas pelas quais olhamos para dentro da sala em que eles estão.
“A sugestão que nos vem da Psicanálise é de que o homem faz cultura a fim de criar os objetos do seu desejo. O projeto inconsciente do ego, não importa o seu tempo e o seu lugar é encontrar um mundo que possa ser amado”.
( em "O que é religião?".)
Vivemos em um mundo onde pessoas dão mais valor em objetos do que em pessoas..
Triste Realidade.. :(
Tem gente que guarda gente como guarda objetos em caixinhas, como lembrancinha...quando dá, pega e dá uma olhadinha, quando precisa pega e dá uma faladinha...que bonito, se não fosse medíocre!
Não guardo objetos,não coleciona nada pra não sentir saudades do passado.Guardo as amizades sinceras,que vivenciei que até hoje carrego no meu coração aonde eu for.
Dar nomes a objetos, criaturas, atitudes e sentimentos equivale a suprimir boa parte da poesia, que é feita gradativamente por dedução, sugestão e sensação. Eis a magia.
"Os sonhos são como objetos valiosos por trás de uma vitrine. A maioria das pessoas olham e desejam tê-los, mas poucos são os que pagam por eles."
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