O teu Rosto poema
Vivendo de saudades
Eu vivo cercado pela saudade,
em cada canto teu rosto é uma
lembrança, e uma verdade.
Eu vivo como se de crianças eu
vivesse cercado.
E seguindo as tuas idéias vivo
em um mundo de faz de conta,
esperando ansioso pelo teu recado.
O teu sorriso ri para mim como se
pena tivesse.
O seu olhar me parece distante,
eu tento lembrá-lo, mas não consigo.
Vivo das saudades daquilo que fomos
namorados, amigos, amantes.
E como uma criança, penso ser real
o que acontece comigo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
Quando nova luz da manhã chegar
e um sol dourado iluminar o teu rosto
sorria, agradeça e faça uma oração
a Deus que te concedeu mais um dia
Susto é o medo causado por um fato ameaçador súbito e inesperado, um ruído forte, uma visão terrível.
SUSTO
Sobressalto inesperado bateu forte e atormentou
Foi um choque que mãos trêmulas ficaram
O corpo inteiro estremeceu e empalideceu
O contexto do que se faz se perdeu ao vento, ficou ao léu
Caído no chão não é possível erguer
Tamanho susto levei
Abalo sísmico na química humana a sentir
Notícia repentina de forma alarmante se pronunciou
O espírito não preparou para receber, trágico se tornou
Tranquilidade sumiu, não houve um suspiro, o ar faltou
Perfeita inquietação transformou a minha consciência
Pânico presente e incontrolável surgiu
Tamanho susto levei
Aos poucos volta a si, estamos a pressentir
Respiração equilibra no meio da transição
Ameaça sofrida vai passando, que sensação
Pavor se afasta retoma atitude, entra a ação
Com firmeza, olhos fixos, rosto corado vem a reação
Que apenas um susto levei
Passou! Ufa! Que medo....
Cassia Guimarães
O céu parace maciço
O véu translúcido
Ambos me deixa confuso.
O céu quando está azulado
É a imensidão, que desnorteia-me
O véu quarto posto
Esconde em rosto...
Engana-me.
O céu e o véu
Não apenas rima...
Parecem que zomba
E sorrir de mim.
Régis L. Meireles
Enigma.....
Rosto que te foste
Olhar que se foi
Paira em mim um céu
Sem fundo
Sem linha de alcançar
Paladar que saboreio
O sabor de uma nuvem
Atracção
Que me devora
Em querer ficar
Aguardando o meu abrir de olhos
Para um silêncio que me levita a pele
O meu rosto
Precisa ser tocado
Olhado
Saboreado
Visionado
Para que seja escutado
(Adonis Silva)09-2018)
ROMA
Eu beijei seu rosto, beijei sua cabeça
Queria todas as diferentes maneiras
De fazer você brilhar
Por que você está tão distante?
Linda e complicada
Perdida e sozinha
Estranha como os anjos
Vinda de algum oceano profundo
Você é igual a um sonho
o sol nasce e me desperta
Eu abro meus olhos esta manhã
Eu me encontro sozinho.
Acima de um mar revolto
livre dentro de mim
Você... Suave e única
Você... Perdida e sozinha
O azul me faz enxergar
Faróis na beira do mar
O meu caminho só eu vou achar
Quando eu te encontrar.
Paulo Lima
Não Te Faltes De Mim!
Não te faltes de mim!
Porque secarias o meu mar
E o deserto seco e amargo
Invadiria o meu rosto
Espinharia meu corpo
Como um cacto solitário.
Não te faltes de mim!
Porque teu silêncio
Perturbaria o meu sol,
Queimaria meus sonhos,
Sufocar-me-ia de realidades
Estúpidas e cruéis.
Não te faltes de mim!
Porque vida sem ti não se vinga.
E quando da estrada percorrida,
Fria e abatida,
Teu vazio há de me corroer
Minha rota, minhas rosas,
Retrato de um porvir,
Numa triste desventura.
E mesmo assim,
Se assim tu me faltares,
Quando dos olhos por abrir
Não mais te encontrar,
Fecho-me para o mundo
Em cinzas gotas de dor
A me manchar as vestes da alma.
E de lá, um turvo sabor,
Em completo,
Há de me sempre tomar.
Céu nublado,
Os primeiros pingos de chuva
Já começam a cair,
O vento vem,
Atinge o meu rosto, e volta
Ele afronta,
Querendo mostrar que está ali,
Mas não adianta fingir
Sei que és mesmo um menino,
E não sabe amar,
Por isso, toca-me,
Toca-me levemente,
E volta.
O dia 1º de maio é o marco e a constatação de
que é o trabalho que se faz digno
e engradece o ser humano.
Não se enganem com o que se vê atualmente,
mas se deslumbre com o que é produzido
todos os dias com o suor do rosto.
Feliz dia...aos que trabalham!
Semblante tantas vezes repetido,
Já vi na infância um rosto parecido,
Me lembra de um tempo que nem conheço,
Lembrança de quem fui, lugar que nesse mundo nunca seria possível,
Acho que minha alma se lembra de sua casa eterna, de beleza mais pura e infinita,
Quando olho essa simetria, e a cor desses olhos tão lindos, a matemática do teu sorriso, com que construo os pilares que me dão à base, de com encanto contemplar à vida!
Acariciando teu rosto,
de pertinho te olhando,
degusto e cheiro,
escuto um tilintar de cores,
no sempre te sentir menina.
Vibro e vivo,
É maravilhoso viver de amor!
Facebook/Rosto/capa de um livro/interior
O nosso rosto é capa;
De livro, não interior;
Sendo uma forma abstracta;
Do nosso real valor.
Por isso vamos mostrar;
Nosso da idade passar;
Porque o dela já velh@ estar;
Poder-lhe-á, valor dar!
A tua capa amostrares;
Mas sem tua capa seres;
Será desconsiderares:
A ti, e a nós; os cá teus veres!
Estares aqui a mostrar;
Unicamente tal capa;
Nada a ninguém irás dar;
Por ela a ti, ser tão opaca!
Deverás é partilhar;
Para a tod@s ajudar;
Daí o tal perguntar:
Diz EM QUE ESTÁS A PENSAR?
Com carinho;
Esse Sol, que queima e arde o meu rosto?
Queima-me o celebro e me cega à esperança.
Esse deserto? essa sede?
Sou moribundo em terra de ninguém....
No seu rosto as marcas do tempo não tinham idade,
na leveza da sua alma, a melodia do amor edificava,
mas eram no seu olhar e em cada gesto que a felicidade fazia morada!
(Alice Barros)
Persona
..
Lavar o rosto, enxugar.
E pendurar de novo a imagem
- no mesmo lugar.
..
Eliana Mora, out/2003
As vezes dá uma vontade de se esconder num canto, chorar e não fazer mais nada.
Mas ai eu lembro que vivo mais para outros que para mim.
Passo uma água no rosto e sigo a vida.
Como é gostoso te amar
E como tu me faz sentir
Teu rosto colado
E o beijo calado
Pronto para me despir a alma
IRMÃOS DE SANGUE
Amados, ainda informes,
Ainda sem nomes,
Ainda sem rostos,
Ainda sem dias contados...
Amados esperados!
Amados sem risos,
Só choros...
De braços inquietos,
De pés ligeiros,
De beiços birrentos, sentidos...
E risos sem jeitos!
Amados das ruas,
Das disputas esquecidas,
Dos abraços de saudades...
Saudades sem ter partido,
Das brincadeiras diversas,
Das inocentes estripulias,
Das rixas instantâneas sem causas;
Amados, irmãos de sangue!
Passe com a sua dor no caminho, mas não olhe tanto para o chão , doutro modo deixa de ver o sol que acena no rosto de quem passa.
António Cunha Duarte Justo
in Poesia e aforismos de António Justo