O Tempo e o Vento
Uma brisa outonal, que por aqui passeia, traz um perfume de saudade do que foi, do que não foi e do que poderia ter sido. Ela deixa também o coração com um gostinho de quero mais, mas nem ele sabe do quê. Apenas a percebemos quando nos envolve em carícias, perpassa os ramos, dança entre as flores e rompe qualquer espaço, fazendo um brinde à poesia dela mesma, pois é a própria.
É a vida acontecendo no crepuscular outono de todos nós. O tempo promete a virada, o calor forte arrefece aos poucos e pela paisagem já sente-se o ar de boas vindas à alguma chuva e frio.
Marcas do tempo
O tempo nos faz reféns do seu existir
Lembranças são levadas com o vento
Saudade fica sobre o lamento
Por tudo aquilo que não foi possível conseguir
Mediante as dificuldades provenientes do fracasso
Que a primeira queda nos faz sentir;
Quem dera se o tempo fosse uma passagem repentina
E que seu legado nos servisse apenas para lembrar
Que aquilo que ficou no passado nada mais serve ainda
Mesmo que as cicatrizes no corpo nos fizesse pensar
Que o pulo antes calculado inúmeras vezes
Precisava novamente ter que revisar
Defendo que amar pode ser o mesmo que embarcar em uma desafiante aventura em alto mar, tendo que enfrentar muitas vezes a força abrupta do vento e a chuva, já que o clima pode mudar a qualquer momento, assim, o tempo em certo ponto é relativo, ignorado, imprescindível, aproveitado, instantes tranquilos, prazerosos, outros são cansativos, perigosos, amando com sentido, um propósito, rumo de um amor recíproco, navegando sem perder o foco e ainda assim correr alguns riscos.
Os ventos nem sempre serão favoráveis, são fortemente expressivos ou calmos como brisas suaves, o desfecho é imprevisível, um desafio diferente do outro, por conseguinte, para navegar é necessário bem mais do que vontade, requer uma entrega de corpo e espírito para suportar as instabilidades, os possíveis empecilhos, amando de verdade, honrando com o seu compromisso, demonstrando coragem, experiência inconfundível, seguindo um norte de felicidade num empenho contínuo de reciprocidade.
Embarcados, terão que lidar com fortes chuvas, poderosas e inoportunas tempestades, as quais os deixarão mais fortalecidos, experientes, unidos vivazmente, assim, haverá certos momentos que choverá e poderão dançar debaixo de um banho de esperança com direito a algumas risadas, terão uma perspectiva esperançosa contrariando as más circunstâncias, orientados pela aprendizagem de suas vivências e principalmente por uma bússola de Fé no Deus grandioso que uniu seus destinos que os fazem ancorar em lugares seguros e zarpar se for preciso.
Atingindo este nível de companheirismo, serão navegantes aventureiros, amantes genuínos, sentimentos sinceros, uma relação harmônica poderosa à semelhança da que existe entre o vento e a chuva durante uma expressiva tempestade, altos e baixos das ondas, fases distintas e marcantes, eventos memoráveis, emocionantes, um frescor partilhado de vitalidade, parceria muito significante em um somatório de valorosos detalhes, amáveis e alegres, superando as dificuldades com uma determinação veemente.
A resposta segue no vento, segue no vento, flutua, gira, vai e volta, faz piruetas.
A resposta nem existe, tudo flui, tudo se transforma, o vento chega e o vento vai. O vento que traz é o mesmo que leva embora. Nossa passagem é como o vento, e nele está a metáfora para as respostas. Elas não existem porque fluem, se transformam em outras e outras e o sentido de tudo é o amor que damos, o amor que sentimos, o bem que fazemos e a nossa breve passagem, tal como o vento, tal como um perfume, que se lança, e que dura o tempo de se sentir.
Adriana Carvalho Adam
25.08.2023
O homem esforçado no produzir, deve se manter firme quando vem o tempo desfavorável, no mínimo deve se curvar, como faz o bambú ao chegar o vendaval.
Incontestável viveza de um lugar primoroso, oriundo de um sonho, expressado numa tela, traços amáveis, formas singelas, uma ilha particular de cores românticas, nuvens formando uma bela pintura celeste, um mar intenso, movimentos contínuos, banhando algumas rochas, lindos coqueiros na parte alta, o vento agitando suas folhas, um manto gracioso das belas pétalas das flores rosas, o sol um pouco discreto, já se pondo, mesmo o tempo aparentando não passar, dessarte, o amor foi aplicado calmamente em cada canto, proporcionando uma arte singular, indício de uma rica essencialidade, paisagem que consegue inspirar, esbanjando a indispensável vitalidade do que é artisticamente amar.
Como o vento, a vida vai passando. Sentimos, mas nem vemos direito. É uma espécie de sonho acordado que, para resumir nosso passado, leva bem pouco tempo!
Mas estamos sendo presenteados com o presente, que é a única coisa que, na real, temos. É muito bom refletirmos.
Que Deus nos ajude!
A infância é a fase
de viver numa festança,
acordar sem a pressão,
o estresse e a cobrança.
Queria voltar no tempo,
rápido como o vento,
para ser uma criança.
Há sentimentos que desafiam o tempo, sobrevivem ao vento impiedoso dos anos e se escondem nas sombras do inconsciente, florescendo inesperadamente em um suspiro ou em uma lembrança fugaz. O amor que carrego por ela é assim: uma chama que arde, mesmo sem combustível aparente, alimentada por memórias que já não sei se são reais ou apenas fragmentos embaçados pela saudade.
Não sei mais por que a amo, mas a verdade é que essa pergunta já perdeu o sentido. Amo porque é inevitável, porque está tatuado na minha alma, como um eco que ressoa mesmo quando o mundo silencia. Ela vive em mim, entre as palavras que não foram ditas, entre os gestos interrompidos e as promessas que ficaram suspensas no ar.
Há dias em que esse amor me aquece, envolvendo-me com um calor suave, quase nostálgico. Mas há outros em que ele me corta, trazendo uma dor sutil e persistente — a dor da ausência, da impossibilidade, daquilo que o tempo levou, mas jamais apagou. A saudade é uma presença constante, um fio invisível que me puxa para o passado, mesmo quando tento avançar.
Quase vinte anos se passaram, mas o coração não entende de calendários. Ele apenas sente. E eu sinto — o amor, a dor, e a saudade entrelaçados em um nó que me mantém vivo, lembrando-me de que algumas histórias não precisam de um final, porque continuam a ser escritas dentro de nós.
O tempo, como o vento, leva tudo o que não é essencial,
A honra, porém, permanece, como uma rocha que resiste à tempestade.
Cultive a honra, pois ela é o legado que você deixa,
E o tempo se encarregará de mostrar o valor de suas ações.
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre 🙏🏾
Tenhamos fé!
A vida é como um breve pensamento
Aproveite cada minuto, hora ou dia da vida
O tempo passa como um vento
Que possamos nos alegrar em cada amanhecer de um novo dia ou com uma noite de céu estrelado
No final de tudo restará apenas lembranças de momentos felizes.
Isaías Ribeiro
Pedi ao vento para me levar através do tempo no passado para rever ela, em cada lugar por onde passei, encontrava apenas seu rastro, durante décadas viajei em sua busca, um sorriso estampado em minhas lembranças me fazia ter forças para continuar...
Uma música sempre me alertava que estava chegando perto de encontra-la...
O vento me dizia que ela não estava muito longe...
Depois de visitar o passado o vento me conduziu ao ponto da partida e me disse: Olha aquele pôr-do-sol, espere um pouco mais para ver as estrelas brilhando no firmamento e, a lua que ilumina seus caminhos durante a noite e, o amanhecer que vem chegando trazendo um novo dia cheio de esperança e luz, é aqui no presente que está a felicidade.
As estações do tempo estão sempre mostrando um sinal que a gente insiste em não enxergar, que a felicidade está nos detalhes da vida, é só ouvir o vento, o mar, o barulho das cachoeiras e os cantos dos pássaros para começar a compreender estes sinais.
O tempo passa como um vento
Que possamos nos alegrar em cada amanhecer de um novo dia ou com uma noite de céu estrelado.
Não existe hora e nem dia para ser feliz
Qualquer dia e qualquer hora é o momento
Para ser feliz.
O tempo passa como um vento
Que possamos nos alegrar em cada amanhecer de um novo dia ou com uma noite de céu estrelado!
Aproveite a vida em toda a plenitude.
O tempo passa mais rápido do que um vento.
Seja feliz hoje, porque amanhã ninguém poderá prever como será...
A "POSSE" DOS LIVROS
De nada vale a inteligência adquirida pelos livros?
Quando eu desmereço a leitura aos "deslivrados",
Quando os impeço ou os escondo da História escrita,
Quando lhes impeço do protagonismo da escura cor.
Não aprender a compartilhar as fontes da construção
É não abstrair da evolução o intelecto, a real lição.
É ilusão pensar-se como sábio, intelectual ou mestre,
Comprimido pela avareza e a condição da ignorância.
Sabedoria é abstratismo, depósito, mas não é refúgio!
É verbo, mergulho, navegação, não culto a si mesmo.
Por vezes, inversa, desobedecendo as normas de ser,
Voa livre das folhas, para além, nem sempre escritas.
Ah se os meus livros saíssem todos voando por aí!
Ah se viesse um tempestuoso vento forte, a tempo.
Um vento desses que com descaso causam o caos!
Que açoita o ego, ou as folhas do limoeiro ácido.
Ah se visse um vento intruso, rabugento e mal criado,
Capaz de "livrar" os "meus livros" do pueril cativeiro!
Prisões, "minhas posses", insanidades, "meu apego",
Levando-os aos lugarejos "desmerecidos e opacos".
Ah se esse vento me deixasse, sem "ter meus livros"!
Jogando-os todos sobre as minhas carrancas tristes!
Dando-me lições abstratas, inversas, desconhecidas,
Mostrando-me as faces atrofiadas pelo meu egoísmo.
Ah se esse vento viesse sem avisar-me de seu tempo!
"Livrando-me" ante as crenças, os apegos e os muros.
Entulhos que aprisionaram-me ao abismo da ilusão,
Impedindo-me a refrigeração dos mundos externos.
Ah se esse tempo chegar e causar o caos nos livros!
Isso seria literalmente um atentado, um "livramento"!
Seria como uma recomposição, uma composição!
Talvez eu saberia lutar, mas não faria o contra-tempo.
Talvez eu sentiria prazer, por uma estranha liberdade...
A "minha liberdade"; por não ver "meus livros presos".
Talvez a liberdade dos livros me causaria inveja, dor!
Libertando-se, libertam outros seres, outros livros.
Alguns contos ou poesias não existiriam à revelia,
Sem que o vento causasse um caos nos incipientes.
Os livros vêm com o caos, a sabedoria vem depois!
Os livros sopram o vento, o tempo cristaliza os livros.
(Pedro Alexandre).