O Silêncio tem várias Interpretações
O silêncio é um texto fácil de ser interpretado errado, quando nos calamos diante do que nos magoa, damos carta branca para um erro maior no futuro.
"O silêncio descreve sentimentos que podem ser facilmente interpretados erroneamente por aqueles que não conhecem a sutileza das entrelinhas não ditas."
Sonho em esculpir o silêncio à ignorância que me rodeia
Da fala mal interpretada e da expressão que me anseia
Pelo mal discernimento ou ação do pensamento
Ouvindo uma palavra que destrói, nesta hora o silêncio é nossa voz...
O incrédulo pinta o seu mundo, com violência agindo em conjunto!
Mas o amor desperta o meu sorriso e só há amor enquanto existirmos;
O silêncio não é a privação das palavras, mas sim a interpretação e o entendimento sem nem dizer nada;
Palavras são fácil de escrever, difícil é interpretar pois o silencio toma conta, é fácil caminhar lado a lado, difícil é saber se encontrar,e fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração ,e fácil dizer palavras sentimentais, difícil é você saber amar, é fácil você fechar os olhos ,difícil é você enxergar a verdade ,e fácil você ouvir qualquer coisa e acreditar, difícil é você ouvir a verdade e aceitá las.
Quando aperta o coração, faço silêncio para falar com Deus.
Ele sabe interpretar meus sussurros em forma de oração.
Eu mil vezes prefiro o silêncio... do que palavras mal ditas ... mal interpretadas ... mal faladas ...lançadas ao vento .. prefiro o silêncio, prefiro mais ouvir , menos falar ..no silêncio eu aprendo ..eu viajo , eu sonho ... no silêncio eu medito mais... eu me polício mais.. eu me reservo de tudo, me guardo, me fecho , sim eu sei .. mais eu amo tanto o silêncio... porque o silêncio me faz ouvir lá dentro da minha alma , do meu eu .. o silêncio as vezes vale ouro ..vale a nossa paz ...
Cinema mudo
Ficarás emudecido e, se não falas,
terei que interpretar o silêncio,
investigando os trejeitos e o olhar.
Aguardarei, sui generis.
Ficarás quieto, desejando-me,
como o ramalhete de Astromélias
à espera da seda e do laço
Seguirás desejando-me,
como o mar à espera de torrentes flumes
e o solo à espera da mãe-d’água.
Seguirás desejando-me, como sementes
à espera da embriaguez dos céus,
como o campônio à espera da boa safra,
como um pobre garoto à espera da noite de Natal.
E nada mais importará.
Seremos ausência, o mortório que faz apagar,
momentaneamente, as tempestades
das evitáveis tragédias humanas:
o vírus, a fome, toda essa cólera, esse dia.
Não houvesse tantos medos,
resignadamente esperaria.
O breu taciturno findaria e a aurora carminada,
certamente, imperaria, e a sua voz terna,
finalmente, verteria como enxurrada
por todo o meu corpo,
mas não tenho tempo, o radicalismo,
o caos e o ódio imperam.
No ínfimo silêncio, fecundo ébria;
Ahh que bela coreografia...
Na coxia, a bela intérprete, envolta de espúria;
Mais uma vez, dançais no palco doente;
E o público aplaude, em olhar gélido e coração ausente;
Palhaços disfarçados, atletas moribundos;
Murmúrios ditam o insumo primário e facundo;
A psique distorcida, um teatro insano;
Que rejo-o, no centro do engano.
Pela janela eu só observo e vou seguindo, no silêncio da noite que se aproxima
Interpreto a desaprovação dos atos e atitudes diante dos fatos, que a mim me perseguem
Da janela eu vejo o tempo que vai para nunca mais voltar...
Ele me abraça e se despede do dia que finda, enquanto eu me envolvo como se quisesse agarrar eternamente, todos os momentos por mim já vividos
Da janela eu só observo, a criança que corre sem direção, porque ainda não tem propósitos definidos, então ela corre…
Da janela sopra um vento que me acorda daquele passatempo e vivência que me acolheram num instante
Da janela vejo as flores que perfumam o ar da redondeza,
Fica tão aconchegante sentir o perfume que as flores exalam, enquanto o vento penteia as suas pétalas.
Da janela eu fico reclusa e deixo o tempo passar bem debaixo do meu nariz
E ele passa…