O que eu sou

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Circunstâncias? O que são as circunstâncias? Eu sou as circunstâncias!

Eu sou bem boba, às vezes retardada, dou risada de coisas sem graça, tropeço em tudo, eu não sou normal.

Tu és cego e eu sou surdo mudo, toquemo-nos com as mãos e compreendamo-nos.

Eu sou sim a pessoa que (...) acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?

Tati Bernardi

Nota: Versão adaptada de trechos da crônica de Tati Bernardi "Assumindo o ET pirocudo"

Se eu sou uma geladeira de tão fria você deve ser um pinguim porque mesmo assim não sai de cima.

Eu sou um pouquinho desligada e não costumo tentar agradar a todos. Meu coração nunca doeu ao ponto de sentir sangrá-lo e eu não tenho medo de dar a cara à tapas. Chamar a atenção não é minha prioridade e não me incomodo com as críticas da mesma forma que não me sinto melhor do que ninguém pelos elogios. O problema é que as pessoas ainda não entendem que no meio de tanta mentira e falsidade, existem algumas pessoas que são sinceras e tentam ser, com muito esforço, um pouco delas mesmas.

"Eu sou um pouco mais estranha do que ser estranha permite. Sou estranha além do charme de ser estranha."

Eu sou um experimento, nada certo, nada definido, tudo em estado de transição.

Eu sou o corpo Raquítico que o teu olho desprezou sou a saliva das bocas que tua boca beijou sou o velho que pede esmola sou a criança que chora desprotegida de amor.

Eu nunca fui uma santa. Eu sou um ser humano e eu apronto às vezes.

Eu sou seu incesto; Sou perfeita porque; Igualzinha a você; Eu não presto

Eu te olho sim profundamente, eu sou sim indecifrável, sempre fui um enigma, sempre fui assim, mas daí vem você e descobre meus segredos, decifra meus pensamentos, entende o meu olhar, aprende meus gostos, entende minhas manias… e você ainda me pergunta se eu amo você.

Eu sou cabeça forte, o tempo prova quem é quem!

Eu me apaixono mesmo, eu sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo.

Eu sou tarada por poá branco e preto. Fundo preto, bolinhas brancas. Cada bolinha é um elemento, um tempero, uma parte do conjunto, uma peça, um passo, uma evolução, um aprendizado. Cada bolinha é um símbolo. Cada símbolo é uma conquista. Cada conquista é suada, batalhada. Porque o amor é não querer desistir, pelo contrário, é resistir, não arredar o pé, querer ficar, querer tentar. O amor é uma eterna tentativa. É a busca por mais uma bolinha. É querer preencher os espaços, o vazio, o fundo de uma só cor. O amor é poá. E a gente completa ele do jeito que quiser.

(...) nada te posso garantir – eu sou a única prova de mim (...)

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica A noite mais perigosa.

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Sou feliz sendo quem eu sou, e não o que os outros querem que eu seja.

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito.
Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba.

Tati Bernardi
BERNARDI, T. Tô com Vontade de uma Coisa que Eu Não Sei o que É. Panda Books, 2008.

Nota: Trecho da crônica "Assumindo o ET pirocudo"

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Eu sou o tipo de garota que se machuca fácil, mas não demonstra isso. Sou o tipo que prefere sorrir quando o que ela mais deseja é chorar. Eu vou estar sempre alegre perto das pessoas, eu vou fazer de tudo para o seu dia brilhar, mesmo quando eu não conseguir fazer o mesmo com o meu.

Todos pensam que eu sou delicada. Eles não me conhecem, pois por onde eu passo, eu derrubo alguma coisa.