O que Espera de Mim
Quanto a mim, o que me mantém vivo é o risco iminente da paixão e seus coadjuvantes, amor, ódio, gozo, misericórdia.
Se um dia na sua vida precisar de mim, não esquece que estarei sempre disposto a te ajudar. Caso você não precise, lembra que talvez eu já esteja te ajudando de onde eu estiver.
Sabe o mais irônico? Você me magoou, me iludiu, me ignorou, zombou e riu de mim. Você me fez pensar em desistir, você fingiu, não se importou, mentiu. Você via o quanto doía em mim e mesmo assim não parava, você me fez muito mal. E a parte irônica é que eu continuo te amando.
Vivo em busca de mim
Tentando descobrir quem sou
Em meu intimo oculto segredos
Tenho dores secretas
Sofrimentos escondidos
Meu ser busca uma razão para viver
Tenho como certeza
A infinita duvida sobre quem sou
Me descubro a cada dia
Sou um ser fragmentado
em busca de respostas
Em fase de reconstrução
E na busca por me encontrar
Acabo por me perder
Em sonhos e devaneios a procurar
Infinitamente Por você
Um dia você vai se lembrar de mim. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Talvez, até tente o meu, mas até lá posso não querer mais te atender ou talvez nem seja mais meu aquele número.
Você vai tentar chamar alguém, mas não vai haver ninguém pra sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundo, quando seus pés perderem o chão, você vai lembrar do meu carinho e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus beijos e abraços, da minha preocupação quando você saía e esquecia de pegar a blusa de frio...
E só terá uma música repetindo no seu rádio: a nossa doce sinfonia. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração, e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho de volta, mundinho difícil, mas cheio de amor e carinho. Vai ouvir a chuva cair e vai sentir um imenso vazio por não ter um grande amor pra compartilhar esse momento. Não terá alguém para brincar de se jogar na grama nos dias ensolarados, nem para adimirar o pôr-do-sol sobre a ponte da pequena cidade. Talvez, nem consiga mais sentir o frescor do vento. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você finalmente bater na minha porta, ela estará trancada, ou se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. E você vai lembrar dos carinhos nas costas pra você dormir, dos paninhos quentes pra aliviar sua dor de madrugada, da minha inocência que ria de tudo que você falava, do meu jeito bobo, do meu jeito de tentar te fazer feliz... O nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome será a tristeza, a mesma que eu senti por tanto tempo.
Um dia você irá se deitar, e quando olhar para o teto do quarto escuro, vai se lembrar que as estrelas poderiam estar lá, para iluminar todas as suas noites frias. Mas tudo o que você verá é a escuridão. Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com os meus olhos encantados... você encontrará a solidão. E você vai ver que diante de tudo isso, alguns dos meus defeitos poderiam ter sido perdoáveis. A partir daí, o que acontecerá chama-se surpresa. E provavelmente o remédio para todas essas sensações...
...é o tal do tempo em que você tanto falava!
O tempo de Deus
(22/12/2007)
Não sei do tempo
Vivo do momento que se estabelece em mim
Não sei do vento
Sigo o tempo que tenho que seguir
As coisas vêm e vão e vão e vem
Nem tudo que eu quero fica
E nem tudo que fica eu ainda quero
Nada é perfeito
Nada é normal
A loucura é um estado soberano
E todos têm direitos a ter suas prórprias loucuras
Tenho as minhas loucuras que alguns desconhecem
Loucuras que são gargalháveis e outras não
Mas são parte de mim
E quem me amar
Tem que amar tudo de mim
Porque eu não sou pedaço
Eu sou um misto assim
Uma mistura de problemas, felicidades e tentativas sem fim
Eu vou buscando, seguindo
Às vezes desisitindo, às vezes persistindo
Mas ainda estou aqui
Meio confusa, meio perdida
E me sentindo um pouco sozinha
Tentando entender o que Deus quer de mim
O que eu posso pedir a Deus?
Ele já sabe tudo o que quero
Mas digo assim mesmo, porque Ele gosta de ouvir
Ah, esse meu Deus!
Salvou a minha vida
E me trouxe de volta a realidade
Só Deus sabe de mim...
Cada pedacinho do meu olhar,
Cada sorriso disfarçado
Cada lágrima verdadeira
Deus sabe tudo de mim...
E eu preciso saber mais dEle
Porque Ele quer isso também de mim
Meu coração retalhado, despedaçado
Aos pouquinhos vai entrando em consenso com meu cérebro
Finalmente concordam com o ponto mais debatido neste ano dentro de mim
E que bom o consenso, o conforto de saber que essa agonia vai ter fim
O que fazer agora?
Deixar Deus fazer, no seu tempo, o seu trabalho que é perfeito
Pois eu só quero o que Deus quer para mim
Quero a aprovação dEle em tudo que eu fizer
Esse ano foi bom, apesar do que foi ruim
Aprendi muita coisa, chorei, mas também sorri
Esse ano foi bom para eu aprender um pouco mais de mim
Saber que tenho força, determinação e vontade de lutar mais por mim e pelos outros
Esse ano foi bom, mas não vou sentir falta dele
Quero um ano melhor que esse
Que Deus me perdoe por eu dizer isso assim
Mas é que há muitas feridas que precisam ser curadas
Que nesse ano abriu
E há coisas novas que precisam ser exploradas
E que só no próximo vou poder investir
Tenho esperanças em Deus
E Deus sei que também tem em mim
Então nos guarda e nos protege
E faz tua vontade soberana, perfeita
Dentro de nós e também dentro de mim.
As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa.
Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.
(A Menina que Roubava Livros)
Infinito Particular
Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Gosto de quem presta atenção em mim. De quem procura novidade mesmo me conhecendo do avesso. De quem não desiste de me descobrir. De quem não se cansa da rotina. De quem se entrega. Sempre.
Depois de passar por mim, fica muito dificil ser feliz ao lado de outra mulher!
Eu nunca encontrei alguém que pudesse aceitar o amor diário e demonstrativo que eu sinto em mim, e retribuí-lo tão bem quanto eu dou.
Felicidade é uma vibração intensa, um momento em que eu sinto a vida em plenitude dentro de mim, e quero que aquilo se eternize. Felicidade é a capacidade de você ser inundado por uma alegria imensa por aquele instante, por aquela situação. Aliás, felicidade não é um estado contínuo, felicidade é uma ocorrência eventual. A felicidade é sempre episódica. Você sentir a vida vibrando, seja num abraço, seja na realização de uma obra, seja numa situação, por exemplo, em que seu time vence, seja porque algo que você fez deu certo, seja porque você ouviu algo que você queria ouvir. É claro que aquilo não tem perenidade, aliás, a felicidade se marcada pela perenidade seria impossível. Afinal de contas nós só temos a noção de felicidade pela carência. Se eu tivesse a felicidade como algo contínuo, eu não a perceberia. Nós só sentimos a felicidade porque ela não é contínua. Isto é, ela não é o que acontece o tempo todo, de todos os modos. A ideia de felicidade sozinha ela teria que ter uma questão anterior: se é possível viver sozinho. Que como a felicidade pelo óbvio só acontece com alguém que viu ou está e viver é viver com outros e outras, como não é possível viver sozinho? A possibilidade da felicidade isolada, solitária é nenhuma. Pra que eu possa ser feliz sozinho eu teria que ser capaz de viver sozinho. Mesmo a literatura, como Robson Crusoé, por exemplo, que lida com um homem que está só, mas ele está só depois de ter vivido com outros. Ele trás as outras pessoas na sua memória, na sua história, no seu desejo, no seu horizonte. Não há, não há história de ser humano em que ele tenha sido sozinho da geração até o término. Se assim não há, não há possibilidade de se ser feliz sozinho. Nos últimos 50 anos do século XX, nós tivemos mais desenvolvimento tecnológico do que em toda história anterior da humanidade. Todos os 39.950 anos anteriores, desde que o homo sapiens era sapiens, sapiens sapiens na classificação científica, foram menos do que os 50 anos finais do século XX. Seria a redenção da humanidade. Uma questão: as questões centrais permaneceram. Quem sou eu?, pra que tudo isso?, porque eu não sou feliz apenas quando possuo objeto?, porque o mal existe?, porque que eu não tenho paz em meio a tanta convivência? Nesta hora, não só a religiosidade, ela sofreu um revival, como a filosofia passou, de novo, a ser interessante. E aí claro, a filosofia como autoajuda, a filosofia como autoconhecimento, a filosofia como auto capacidade, a filosofia como prática sistemática. E de repente a gente tem no final do século XX, em vários lugares do mundo e no Brasil também, casas pra estudar filosofia; procura de cursos de filosofia. Nós somos o único animal que é mortal. Todos os outros animais são imortais. Embora todos morram, nós somos o único que além de morrer, sabe que vai morrer. Teu cachorro tá dormindo sossegado a essa hora. Teu gato tá tranquilo. Você e eu sabemos que vamos morrer. Desse ponto de vista, não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, pra que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena. Nesta hora, eu preciso ser capaz de fazer falta. No dia que eu me for, e eu me vou, quero fazer falta. Fazer falta não significa ser famoso, significa ser importante. Há uma diferença entre ser famoso e importante. Muita gente não é famosa e é absolutamente importante. Importar; quando alguém me leva pra dentro, importa. Ele me porta pra dentro, ele me carrega. Eu quero ser importante. Por isso, pra ser importante, eu preciso não ter uma vida que seja pequena. E uma vida se torna pequena quando ela é uma vida que é apoiada só em si mesmo, fechada em si. Eu preciso transbordar, ir além da minha borda, preciso me comunicar, preciso me juntar, preciso me repartir. Nesta hora, minha vida que, sem dúvida, ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena.
No momento em que eu faço de mim e Cristo dois, eu estou totalmente errado. Mas quando eu vejo que nós somos um, tudo é tranquilidade e paz.
Se você fala mal de mim por trás, deve ser porque não consegue me acompanhar pra falar na minha frente!
Sei que algumas pessoas falam mal de mim. Outras falam bem. Não vim ao mundo para agradar ninguém, e também reconheço que não sou perfeita. Tenho muitos defeitos, mais as pessoas que me cercam superam meus defeitos, e essa qualidade é a que eu mais admiro neles.
Naquele tempo eu sempre dizia a mim mesmo “Já que vês a tolice alheia, porque não procuras te mostrar inteligente?”. Mais tarde compreendi que esperarmos que todos se tornem inteligentes é arriscar-nos a perder muito tempo. (Crime e Castigo)
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Deus tem cuidado de mim e de você! Não permita que a ansiedade no seu coração roube aquilo que Deus tem te dado!
Para mim viver é Cristo e exerço a cidadania de maneira digna de seu Evangelho.