O que Espera de Mim
É aquela velha história. Amor, pra mim, só dura em liberdade. Nasci pra ser livre e – quem quiser – que me aceite assim. Tenho um coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às vezes me cega. Sou guerreira. Sou druida. Sou filha da lua. Quero sempre o voo mais alto, a vista mais bonita, o beijo mais doce. Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer. Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela. Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?
Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem-vergonha, que é assim que eu costumo ser): se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me deixar tão solta. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil de ler, mas não tente descobrir por que o mesmo refrão insiste em tocar tanto. Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo. Quer me prender? Nem tente. Quer me adorar? A escolha é sua, meu amigo, vá em frente!
Sem muitas voltas.
Você é especial demais pra mim
é algo indescritível
é algo imensurável
Nunca pensei que pudesse amar alguém assim
Penso no que fazer pra retribuir
Nesse poema estão apenas pensamentos
Gostaria de retribuir tudo o que você tem feito
E sinto que retribuo com meus sentimentos.
Tudo fica tão mais fácil de superar
meus problemas, meu cansaço
quando me sinto em seus braços
E sei que ali seguramente eu posso descansar
Pouco tempo longe de você já dá saudade
Uma vontade absurda de te ver
não sei explicar de onde vem essa vontade
É uma vontade imensa de estar com você
Não sei bem onde isso vai parar
A minha vontade é que não pare jamais
Essa vontade louca de te amar
cada dia mais e mais
Eu sou assim... Duas de mim...
Às vezes três... Quatro... Cinco... Seis...
Sou uma por mês, me diversifico.
Tem horas que grito, vivo num conflito, mostro ao mundo minha dor;
Outras horas, só sei falar de amor, a mais romântica, melodramática, estática, chorosa e nervosa, carente e decadente, vingativa e inconsequente!
Aí, quando menos percebo, me transformo em mulher cheia de medo, cheia de reservas, coberta de sutilezas, séria ou sem defesa;
No minuto seguinte, no papel de mulher fatal viro logo a tal... Sou dona do mundo, segura e destemida, altiva e atrevida, rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro de poesia ou texto...
Agrido, inflamo, conto o que ninguém tem coragem de contar, explico detalhes que é bom nem lembrar...
Sou assim... Várias em mim, sorriso por fora, angústia toda hora, por dentro um tormento, no rosto algum sofrimento, no corpo uma explosão de prazer, nos olhos, meu desejo deixo perceber.
Melhor nem me conhecer, fique com minhas letras, com as minhas palavras, na vida real sou bem mais complicada.
Sou mil em mim e quem tentou, descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado...
Quem esteve nele... quis fugir...
E quem ficou... viu tudo explodir!
Passei pelo nascimento e pela morte, alegria e sofrimento, céu e inferno; e no final eu reconheci que estou em tudo e que tudo vive em mim.
Nada mais prazeroso do que ignorar gente fútil e com inveja. É como dizem: se falam mal de mim pelas costas, é sinal de que estou na frente.
Um suspiro profundo sai de dentro de mim quando a imagem do seu sorriso vem na mente. Uma lágrima atravessa meu rosto cansado, todas as madrugadas que passo pensando em você. Um grito de dor fica preso em minha garganta, quando vejo que você está bem sem mim. E o meu coração se parte à cada vez que vejo você, pois sei que nunca mais nos falaremos outra vez. Sei que nunca mais me procurará, nunca mais me olhará da mesma forma, sei que seu coração não vai bater acelerado quando me ver e que nunca mais irá transbordar. Por que eu sou orgulhoso demais para admitir que amo você. Mas por dentro eu grito as três palavras mais importantes da minha vida, só que elas ficam presas em mim e ouvem a si mesmas, no eco que insiste em se repetir dentro do meu coração, e ele diz: eu te amo. Sou orgulhoso demais pra admitir que sentirei sua falta, que sentirei falta das suas manias e daquele seu jeito de falar e outra vez mais uma lágrima vai escorrer do meu rosto cansado, mas sempre pensando em você, pensando no que poderíamos ter sido, no que não fomos. E com o coração partido e orgulhoso demais pra admitir que preciso de você, eu vou deixa-lá, esperando que ouça meus gritos silenciosos pedindo, implorando, que por favor, fique. E saiba que eu sempre irei amar você, a sua risada, seus olhos, sua pele. Eu sempre vou te amar por inteira, desde o pé até a cabeça. E mesmo que esse mundo se acabe e consequentemente, nós dois juntos com ele, eu nunca vou deixar de sentir amor por ti. Porque ele vai além de qualquer lei da física, nem Charles ou Darwin podem explicá-lo. E independente do que aconteça, eu sempre vou amar você pelo resto da minha existência, com todas as minhas forças. Para sempre.
- Além da Física
Você não sabe, Menino, mas eu machuco as pessoas. Eu faço com que elas se apaixonem por mim como um desafio, como uma criança testando seus limites. Então enjoo do meu jogo e não dou explicações. Destruo corações que se abrem pra mim com tanto esforço, na esperança de terem encontrado alguém legal.
Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.
Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe"
De hoje em diante
Sei que deixo, por onde passo,
partes de mim, um pedaço,
energias e sentimentos que respiro,
e por vezes, eu nem cuido, deixo estar.
No trânsito eu me perco em histeria,
nos relacionamentos sou doce, mas possessivo,
nas amizades sinceras, sou exigente,
quero sempre o melhor, e por vezes, exagero.
Sou todo o sentimento do mundo,
na pele, no rosto e em cada poro,
exalo a energia de quem quer vencer.
Mesmo assim, quando a noite cai,
um vazio se apodera de mim,
a solidão senta-se ao meu lado na cama,
e ainda que acompanhado,
ela segura na minha mão como amante cansada,
e faz vigília comigo, nas noites insones.
Quem sabe o vazio monstruoso,
seja resultado do não desligar,
do querer sempre agradar,
deixando de ser eu mesmo,
para ser o que esperam de mim.
Por isso resolvi, da solidão me separar,
e hoje, ainda com olheiras,
sai mais cedo para caminhar,
vou recomeçar, vou deixar me guiar,
pelo companheiro mais importante que Deus me deu,
de hoje em diante, meu melhor amigo, sou eu.
Existem tantas pessoas nesse mundo que se eu fosse ser o que cada um pensa de mim eu seria várias. Mas não, eu sou só uma. Só não sei qual delas.
Sou um mistério para mim.
Quero que você se lembre de mim. Se você, apenas você, se lembrar de mim, não me importo que o resto do mundo me esqueça.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.
Nota: Trecho de texto de Marla de Queiroz. Por vezes, é atribuído de forma errônea a Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector.
...MaisDane-se, tomara que você quebre a cara e venha tentar qualquer tipo de aproximação sobre mim. Aí sim, eu vou ser do mau.
Dentro do cartão, eu dizia a Sam que o presente que eu estava dando havia sido dado a mim por minha tia Helen. Era uma velha gravação em 45 rpm com "Something", dos Beatles. Eu costumava ouvir todo o tempo quando era pequeno e pensava em coisas de gente grande. Eu ia para a janela do meu quarto e olhava meu reflexo no vidro, e as árvores por trás, e ouvia a música por horas. Decidi na época que, quando conhecesse alguém que eu achasse tão bonita quanto a canção, eu daria o disco de presente a essa pessoa. E não quis dizer bonita por fora. Eu quis dizer bonita de todas as formas. E assim, eu estava dando para Sam.
Mas naquele silêncio solene, escuta-se o sopro do está adormecido. Olhe, olhe pra mim... venha acordar-me, pois estou aqui em vida.