O Poeta e a poesia
O desabafo do poeta
Sempre gostei de poemas, poesias e prosas, até que eu começasse a escrever as minhas próprias, de repente, tudo mudou, ganhei até um site de presente para publicação, onde não houvera uma só, pois nesse dia parei. 8 anos depois, e esses mesmos poemas, poesias e prosas vem até mim como um suspiro do meu coração, para lembrar do quão forte ele é capaz de bater, remetendo-se ao primeiro poema... E ao segundo, terceiro, quarto...todos aqueles que se perderam no tempo. Hoje, eu sou poesia, e isso me basta, cercado pela minha timidez, minha fidelidade às palavras, até pelo que chamo de dom, e sobretudo, o amor (e todas as suas traduções)
Eita poeta sensacional!
Gaba bom nas poesias,
Cada rima é um "carinho na alma"
No coração de quem as aprecia.
Um excelente cordelista
Que encanta por todo canto,
Alegrando quem está em pranto,
Acalmando quem se estressa
Como admiro Bráulio Bessa,
O Nordestino de Alto Santo!❣️
Era uma vez um sonho
(O poeta e um anjo)
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Um sonho de amor que eu sonhei
O poeta e um anjo
Uma história de amor que imaginei
Ela parecia uma princesa
Seu coração eu amei
Ela tinha a voz de uma sereia
Uma vez sonhei que a beijei
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Um conto de fadas
Uma poesia de amor
Um anjo com suas asas
Que tocava uma linda melodia
Com o doce toque da harpa e da lira
No paraíso e em seus campos floridos
Eu olhava o brilho de seu lindo sorriso
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Um poeta que se apaixonou
Por um lindo anjo
O coração do poeta amou
E sonhou com um doce beijo
Daquela que era sua amada
Com o brilho de seus olhos ele sonhou
Mas foi tão triste quando acordou
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Uma estrela que brilhava no céu
Uma rosa orvalhava amor
Uma noiva rumo ao altar, e seu véu
Do branco mais puro tinha a cor
Um doce sonho de amor o poeta sonhou
Mais doce que o mel era seu amor
Mas chorou quando seu anjo para longe voou
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
O poeta e um anjo
Era uma vez um sonho
O poeta e um anjo
Era uma vez um sonho
O poeta e um anjo
Era uma vez um sonho
Era uma vez um sonho...
Quisera o poeta abandonar o seu ofício
Sofrer difícil foi sentir
Transmitir lhe doeu e deu
Rompeu a aurora de sorrisos fáceis
Vulgarizaram suas faces
Transfiguraram seus dizeres
Que seres, seus seres
De infelizes compreenderes
Ofereceu-se esmola em sua arte
E parte a parte
Feneceu a honestidade da esperança
Que outrora velho moço
Hoje é o velho no poço
Silenciar é o presente que o presente traz
Aquele que é capaz de aguardar
A sinfonia certa
De certa sonoridade
Da sonora idade de sua liberdade
(sem título)
"Eu amo ser poeta, brincar com as palavras, poder voar sem ao menos sair do chão...sentir a liberdade como um abraço, carinhoso e quente, um abraço daqueles dos bons"
Christian. S
SEMEADOR
O poeta semeia palavras
Como quem joga cinzas ao vento
Colhendo seus poemas
Nas entrelinhas do pensamento.
POSIÇÃO
A posição do poeta nunca é estática.
porque o poeta nunca pára.
Ama desama ri e chora , nada amarra,
a sua inspiração temática.
No caminho da poesia , viaja sempre à vontade :
sonetostrovasquadrasalexandrinos,
(e o moderno que nunca teve idade ..)
O poeta é sempre um menino ;
brincando com as palavras. De verdade.
Soube que Sois poeta.
Escrevo poemas.
Não sei como se é poeta.
Li alguns. Agradam-me.
Alteza, não sei que dizer.
Apreciai o banquete.
Sois tão bem vindo aqui como o anjo Gabriel.
Alguns acham que devíamos ir para o paraíso em colchões de pena e taças da realeza cheias de vinho.
Mas não é assim.
Excelentes notícias!
Temos de comemorar!
Poeta
Um mar estrelado, seus olhos olham abismado.
É tanta luz, é tanta beleza...
Quer colocar tudo em versos, com certeza.
Um murmúrio de águas cristalinas.
Perfeição da vida.
Caminhos que se cruzam.
Vida que encontra vida.
O poeta olha com seus olhos sensíveis...
Coração a tudo perscrutar.
Quantas maravilhas pra ele em versos colocar.
Um mar imenso de água tão salgada.
Um infinito que se perde... parece no nada.
As ondas que não param um instante sequer... a areia vem molhar... depois voltam pro infinito mar...
Vem e vão num bailado cuja música a brisa está sempre a tocar.
Poeta que tudo vê.
Toca com os olhos do coração.
A perfeita natureza a florescer,
O dia que morre na noite... que vê todo dia nascer,
Que se passa na alma do poeta?
Quanta sensibilidade nela há...
Em poucos versos toda a maravilha do mundo consegue ele poetar.
No seu âmago busca esperança.
Vê dias maus... vê sim...
Aceita a dor e cada uma do seu jeito.
Dentro do peito ajeita cada uma de um jeito.
Sem Documento
O poeta passeia na cidade
sem lenço, documento, pente ou meia,
levando só, debaixo das melenas,
pensamentos, idéias e poemas.
Como podem os homens do sistema
compreender um poeta que percorre
a selva de automóveis e neuroses,
conversando com fadas e duendes,
colhendo flores no cimento armado,
ao sol da tarde que cansado morre ?
Como podem os homens do dinheiro
compreender um poeta que carrega,
na mochila esmaecida e já sem cor,
uma esperança do amanhã de paz,
a antevéspera de um mundo melhor ?
Como podem os homens da polícia,
de farda, cassetete, autoridade
- os donos da Moral e da Verdade-
compreender um poeta vagabundo,
que distraído vai chutando o mundo
e brincando de ciranda com o vento?
O Pintor de poesias
Assemelha-se o poeta,
A um jeitoso pintor,
Que após desenhar a reta,
Faz um quadro de valor.
Enquanto o dotado artista
Pinta as cores de uma flor,
O hábil e audaz lirista
Acha a alegria na dor.
Imagens a tinta escreve
E a palavra pinta rima;
Mesmo um feito muito breve
Torna-se única obra-prima.
Risca, pincela, sombreia
Às letras mortas, aviva.
Zela, contenta, anima
Ao bom descanso convida.
Pensa, avalia, medita,
Às cores mortas, alegra.
Rima, argumenta, versa
À bela arte invita.
É o pintor de poesias
E o poeta de afrescos.
O feitor das alegrias
E dos autos principescos.
Vinde à agradável arte
Do espírito eloquente.
E pintai seu estandarte
Adornado belamente.
Como diz o poeta
Carlos Drummond de Andrade
Mãe, na sua graça, é eternidade
Eternidade do bolinho
Sentado no sofá
Assistindo desenho
Também daquele colo
De se esparramar
Que faz todo sentido
A doce fofura no olhar
Mais sério e derretido
Que toda filiação
Possa ser cuidada
Com preocupação
Amada e ensinada
Com todo coração
O eterno laço maternal
De um jeito, cada qual
Sempre merecerá
Todo cuidado
Todo respeito, igual
Seja quem for
Mãe nem sempre será
Quem gerou
Mas quem dá o amor
E com carinho amou
Obrigado por existir
Sem você
O que de mim seria?
Ainda bem
Eu poder sempre lembrar
Da sua companhia
Aonde quer que esteja
Sentimento abençoado
Para sempre me fará
Ao seu amor destinado
Feliz dia das mães!
De Coração Menino —
Ouvi dizer que,
lá pras bandas do sertão
da Bahia,
um Poeta (de coração
menino),
explodiu o peito de tanto
sentimento reprimido.
"Do que são feitos os sonhos?
Perguntou o pensador.
Atento, o poeta lhe respondeu:
da matéria prima dos desejos contidos,
dos sorrisos aparados,
dos beijos não dados,
enfim,
de todas as coisas que guardamos no bolso da alma,
próximo do pulsar do coração."
Espelho quebrado
Sou um poeta
perdido, partido
em pedaços diversos,
disperso em mil
sentimentos e tintas
que a caneta pinta
indistinta, a molhar
febril o pensamento!
Sento, a olhar
para todos os cacos
que aqui acomodo
e que me compõem,
que mal se dispõem
tais, fracos e opacos,
com espanto e desencanto
tal, os seus tantos reflexos
espectrais e complexos!
E quanto mais
me descobrir tento,
me perguntando:
Alguém sou, quem?
Que sem tormento
no momento pensei,
a sentir se pondo,
mais me respondo
me expondo, supondo
e suspirando: ― Não sei…
Dualidade
Queria o poeta ser um só,
mas não podendo ser um só, é dois.
Queria o poeta clamar e pedir como um só, mas dois, é o fardo que o poeta leva.
Queria o poeta agir uma só vez no impulso,
queria o poeta pensar duas vezes antes de executar.
Queria o poeta ter um coração.
Queria o poeta ter uma mente.
Mas os dois, é oque o poeta carrega por ter aprendido a amar.
Além de preto e poeta, eu sou revolução
Eu ia escrever...
E juro que de início iria escrever um rap
Mas minha caneta era preta
Se eu continuasse daria treta
Por que toda história que preto escreve com uma preta, é porreta.
Seria uma história sobre o próximo 20 de novembro.
Mas até onde me lembro, não tem muito o que comemorar
Se tudo que fazem com pretos e pretas no mundo, é matar.
Eu já cansei de ver no jornal, mais um preto foi baleado foi parar no hospital
E começa-se uma grande divulgação,
Por que parece ser entretenimento ver preto sofrendo na televisão
E não importa o quanto o mundo envolua, o preto sempre vai parar em um caixão.
O racismo se tornou uma coisa tão rotineira
Que ninguém se importa mais em falar "lista negra ou a coisa tá preta". Mas, como dizia Mídria, "ainda bem que os pretos e pretas estão se amando, se armando contra o racismo o colorismo. Haa o colorismo, o colorismo é uma política de embranquecimento do estado
Que faz com que os pretos e pretas queiram odiar os traços genéticos dos seus pais herdados".
Olha ali o negrinho cabelo bombril, que saliente
Então já que meu cabelo é bombril, eu vou lavar essa vergonha na sua cara, hô demente.
Tá, qual é Edgi, isso não foi nenhum pouco de improviso.
Mas tudo bem, pelo menos cada dia que passa eu vejo menos pretos e pretas andando com cabelo liso e se assumindo com são, sem essa de colorismo.
E se depender de mim, o futuro será sem racismo, colorismo, discriminação
E será uma outra história contanda na televisão
Por que além de preto e poeta, eu sou revolução.
Poeta e guerreiro
Igual a Davi, nem bom demais para não ser usado, nem agressivo demais para não ser considerado opressor!
Um poeta nem sempre escreve o que vive.
Vivemos buscando mais e mais emoção que sejam o bastante para nós suprir de inspiração.
Um poeta sofre sem sofrer pois é o sofrimento que alimenta nossa ânsia por escrever.
Minha dor e paixão está em um filme que eu nunca vou viver ou em um livro que eu posso apenas ler.