O Pequeno Príncipe

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O Pequeno Príncipe é o título do livro do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), publicado em 1943. Narra a história do Pequeno Príncipe, herói de uma fábula, que sonhava um dia voar, virou piloto de avião e passou a reinar pelos céus, visitando os planetas e fazendo "amigos".

Então, eu me sinto feliz. E todas as estrelas riem docemente.

Pode ir, tudo bem, mas se for voltar, não espere que eu seja a mesma pessoa.

Era uma pessoa igual a cem mil outras pessoas. Mas, eu fiz dela um amigo, agora ela é única no mundo.

É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas.

Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

Ele era para mim como uma fonte no deserto.

A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.

Ela é sozinha, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela que eu escutei se queixar ou se gabar, ou mesmo calar-se algumas vezes, já que ela é a minha rosa.

As estrelas são belas por causa de uma flor que não se pode ver...

Quando olhares o céu à noite eu estarei habitante uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Dessa forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir.

Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.

Para nós, que compreendemos o significado da vida, os números não têm tanta importância.

Mas eu não estava seguro. Lembrava-me da raposa. A gente corre risco de chorar um pouco quando se deixa cativar...

A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa.

Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. (…) Mas eu era jovem demais para saber amar.

Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la.

Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras.

Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

O que quer dizer cativar? É uma coisa muito esquecida... Significa criar laços.

Claro que eu vou te machucar. Claro que você vai me machucar. É claro que vamos machucar uns aos outros. Mas esta é a própria condição de existência. Para se tornar primavera, significa aceitar o risco de inverno. Para tornar-se presença, significa aceitar o risco de ausência.