O novo

Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele.

Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris.

O amor faz-nos viver no futuro quando se é novo, no passado quando se é velho; e no céu durante um dia.

Não jogue fora o balde velho até que você saiba se o novo segura água.

A experiência é aquilo que lhe permite reconhecer um erro quando você o comete de novo.

A cada manhã o mundo é novo para mim.

Dez Chamamentos ao Amigo

Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.

Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.

Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.

Se eu pudesse voltar à juventude, cometeria todos aqueles erros de novo. Só que mais cedo.

Faça piada velha para público novo e piada nova para público velho.

Não há prazer comparável ao de encontrar um velho amigo, a não ser o de fazer um novo.

Chuva no lago
cada gota
um lago novo.

Noite de Ano Novo:
Após a queima de fogos,
Estrelas silenciosas

Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.

O amor, como um rio, encontrará um novo caminho toda vez que encontrar um obstáculo.

A Viúva

Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo, ela não pôde resistir e exclamou: " Mas como, seu marido não morreu há cinco anos?" "Sim, é verdade" — respondeu então a outra, cheia daquela compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos — "mas eu não".

MORAL: Não morre a passarada quando morre um pássaro.

A pergunta idiota é o primeiro vislumbre de algum desenvolvimento totalmente novo.

Sou novo é verdade; mas, para os espíritos bem nascidos. O valor não fica à espera da soma dos anos vividos.

No Ciclo Eterno

No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.

O dia de ontem terminou na noite passada, e hoje é um novo dia.

Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé. Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica...