O Homem se Apaixona uma Só vez
A solidão é o fundo último da condição humana. O homem é o único ser que se sente só e que procura um outro.
Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez.
O homem é a criatura que não pode sair de si, que só conhece os outros em si, e, dizendo o contrário, mente.
Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. O homem só vive de detalhes e as manias têm uma força enorme: são elas que nos sustentam.
Só um homem inexperiente faz uma declaração formal. Uma mulher convence-se de que é amada muito melhor pelo que adivinha do que pelo que se lhe diz.
A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.
Vendo a origem
“Quem me vê, vê o Pai”. João 14:9
Só quando um homem vê o seu Criador é que ele se torna verdadeiramente homem. Pois ao ver seu Criador o homem tem um vislumbre do que ele foi destinado a ser. Aquele que visse Deus, então, veria o motivo da morte e do fim dos tempos. Destino? Amanhã? Verdade? Todas são perguntas ao alcance do homem que conhece a sua origem. É ao ver Jesus que o homem vê a sua Origem.
Um homem só encontra a mulher ideal quando olhar no seu rosto e vir um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam.
Um homem só é nobre quando consegue sentir piedade por todas as criaturas.
Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...