O Homem e seus Instintos
Nada é menos digno de honra do que um homem idoso que não tenha outra evidência de ter vivido muito exceto a sua idade.
Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto.
Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.
As mulheres não podem amar um homem em quem os olhares da mais afectuosa simpatia não insinuam calor ao coração.
Há dois momentos na vida de um homem em que não se deve especular: quando não tem os meios e quando os tem.
Pois a mulher é a grande educadora do homem: ensina-lhe as virtudes encantadoras, a polidez, a discrição e essa altivez que teme ser importuna. Ela mostra a alguns a arte de agradar, a todos a arte útil de não desagradar.
O homem que consagra suas horas com infatigável empenho a honrosos objetivos, traça luminosamente o seu destino.
Quando, neste mundo, um homem tem qualquer coisa para dizer, o mais difícil não é fazer-lho dizer, mas impedi-lo de o dizer vezes de mais.
A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.
O homem em tempo de guerra chama-se herói. Pode não ser mais corajoso e fugir a toda pressa. Mas, ao menos, é um herói que bate em retirada.
O maior pensar da criatura humana é comer; desde que o homem nasce até que morre anda a procurar o pão para a boca.