O Dom de cada Pessoa
A nossa mente pode ser comparada a uma terra fértil. É preciso prepará-la para receber as sementes (informações) que almejamos ver os frutos.
A maioria das pessoas responde errado aos desafios da Vida, pois nem ao menos ouvem suas perguntas. E sem compreendê-las, é impossível dar as respostas corretas.
Podemos viver numa bolha mental, fantasiando uma vida perfeita como se fôssemos personagens de novelas; ou podemos nos mexer em direção ao que desejamos, buscando aprender diariamente as lições necessárias para alcançarmos tudo que merecemos.
Que você carregue a leveza dos sentimentos bons, que seja simples e verdadeiro.
Seja essência e não aparência!
Liberte-se do passado que não existe mais.
Viva o momento do agora, para que possa construir um maravilhoso futuro.
Enquanto houver um ombro amigo.
Nem tudo está perdido.
Ele sempre estará contigo.
Quem tem amigo tem tudo.
Caso encontre sua versão do passado, esqueça.
Deixa-a ir embora.
A vida é uma constante mudança e você mudou.
Que toda tristeza que chegar, com a fé mande embora.
E com a felicidade que chega, guarde-a em seu coração.
Que o salgado do mar permita renovar.
Que o doce do rio faça com que você lembre que tudo passa.
A vida é para ser muito bem vivida.
Se você não consegue se conectar consigo mesmo e nem com os outros, certamente você possui debilidades emocionais a serem trabalhados.
Viveremos a vida inteira entre Picos e Vales. A forma como você reage e lida com eles, vai determinar o tempo que ficará em cada um.
Você pode não ter controle sobre os impactos emocionais que sofreu, mas está no seu controle como reagir a eles.
" ... Na vida há tantos descaminhos que nos faz sentir que estamos perdidos porque não conseguimos compreender que são apenas desvios que o Amor nos oferece para que encontremos o que sempre buscamos ..."
CAUSOS PÓS CORONAVÍRUS 2020
Uma vizinha do meu condomínio interfonou: “-Alô, é o Dr. Jota? Me desculpe, aqui é a Leda do apartamento 122, a gente nunca se falou antes, mas me disseram que o senhor é uma pessoa muito legal. Preciso falar com alguém. Ouvir vozes, pelo menos, já que não podemos nos abraçar.” Pasmo, quedei mudo, por instantes. “Doutor, o senhor está me ouvindo?” Mesmo sabendo do risco, decidi Compartilhar: “-Sim estou ouvindo sim Dona Leda. Fique à vontade para conversar. No que eu posso ser útil?” Mal falei e me arrependi. Soou igual aos atendentes das lojas. Dona Leda prosseguiu: “Posso te chamar de Jota? É mais íntimo...” Vixe. Agora que ela ouviu minha voz (grave, envolvente), vai ser difícil administrar. Mas vamos lá, a causa é humanitária. A solidão é atroz para muitos idosos. Mesmo tendo familiares não muito distantes, a maioria é ignorada pelos parentes. Não é por maldade, apenas cada um tem suas próprias preocupações e prioridades. Poucas pessoas (Anjos de Luz) dedicam algum tempo àqueles mais frágeis, mais vulneráveis. Interessante notar que muita gente faz doações (em espécie ou em dinheiro) para instituições e causas diversas, mas nunca pensaram em saber como vivem alguns familiares menos afortunados. Duvido que vocês não tenham pessoas próximas que se comportam assim. É rápido e confortável fazer doações pelas redes sociais e ou transferências bancárias, sem necessidade de “encarar a realidade”. Tudo bem, sem críticas, somos imperfeitos e cada um faz o que pode. “-Como o senhor está enfrentando esse confinamento? Eu sempre fui “rueira”, desde que me aposentei na Rede de Ensino Pública passei a sair com as amigas, ir aos shoppings quase diariamente, aos cinemas e teatros pelo menos uma vez por semana...” Pensei bem antes de responder, esse tipo de papo é o ideal para profissionais que cobram “por hora”, com pacientes confortavelmente deitados no divã, o que não é o meu caso. Decidi encurtar a conversa: “Dona Leda, foi prazer conversar com a senhora, mas estou com duas panelas no fogão que exigem minha atenção. Podemos falar em outro horário? Legal. Muito obrigado por ter me ligado. Saúde e boa sorte.” Ela foi compreensiva e se despediu, agradecida. E lá fui eu cuidar dos afazeres domésticos, afinal, há muitos anos moro sozinho e é preciso “se virar”.
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)