O Coração tem Razões
Meu Deus, o Senhor é rico em amor, seu coração é bondoso, seu nome é grandioso. São dez mil razões para meu coração amar-te mais.
Bendize minha alma!
Saudade é um sentimento impróprio que dilacera o coração transpondo as devidas razões.
As lembranças exclamativas lembravam-me os carinhos sinceros que compartilhávamos.
Magoas guardada dissipam um coração trancafiado á escuridão, pois o amor retalha a escuridão feito papel.
E restaura o coração rastejante para a felicidade na expansão da sinceridade real.
Coração apertado,
Ossos destrozados,
Pensamentos destroidos,
Ombros pesados,
Razões perdidas,
Olhos molhados,
Sentimentos atuais,
Que me econtro por não encontrar,
A solução da solidão.
Vascaíno com amor.
Eu teria muitas razões, argumentos para falar o que é ser vascaíno de coração. Sim, não sinto vergonha de ter visto meu time rebaixado várias vezes, ter sido vice campeão muitas vezes. Ter sofrido com tudo o que ele vivenciou ou ainda possa vivenciar. Vasco não foi uma escolha imposta por familiares ou parentes, mas uma opção minha aos 10anos de idade. Foi assistindo a uma partida com a minha família naquela sala onde todos eram flamenguista e tentavam ali que eu também fosse. Mas ao ver aqueles jogadores cansados por lutarem até o último em busca de conseguir vencer mesmo em desvantagem, àquilo mudou algo dentro de mim, fazendo com que um amor espontâneo e natural fosse gerado na mesma hora. Desapontei muitas pessoas por minha decisão e escolha em ser vascaíno numa família rodeada de flamenguistas. Mas me senti feliz pela primeira vez em ter feito a escolha certa, por ver o meu amor crescendo mesmo quando nada ia bem ou não dava certo. Escutei muito para deixar e torcer para outros times e abandonar o meu Vasco. E mesmo sendo chacota, piada e humilhação por tudo o que meu time enfrentou, permaneci firme por ter caráter e por saber que não errei em colocá-lo como um dos meus maiores amores e conquista que tenho na vida.
É como a frase descreve, o sentimento não pode parar... Como se impede ou faz parar de crescer o que é puro e verdadeiro como o amor. Não importa em que degrau ou patamar esteja, sempre terei dentro de meu peito a cruz de Malta por saber que não foi uma imposição, não foi forçado, foi simplesmente gerado, cresceu e produz até a atualidade o que se chama ser amor verdadeiro.
Ricardo Baeta.
Primeiro as razões e depois as emoções...Para não ferimos o coração...E nem adoecermos as coisas sadias da nossa vida.
Chorar
Não me pergunte as razões, mas preciso chorar. Isso não é coisa de um coração magoado ou dor de algum amor inacabado. Não, não é! É explosão dos guardados. Excesso de opção. É pó acumulado onde não deveria mais estar. Preciso chorar, isso é fato! Desenterrar algumas verdades. Semear alguma metáfora sobre ser gente sensível e repetir com as infalíveis lágrimas a limpeza da alma. Preciso chorar com a mesma força com que os colibris sugam as flores. Desmanchar todos os precipícios e aumentar a possibilidade de envelhecer por entre os olhos. Preciso chorar nem que seja um choro de paz, dando dicas de que ou virá primavera por aí, ou o outono aumentará sua força derrubando as folhas que ainda sobraram de minha sombra. Preciso chorar sem fazer nenhum barulho. Sem discurso explicativo e improvisado. Preciso desse mau costume. Milhares de vezes, preciso chorar. Ser silêncio engasgado. Palavra não dita. Seria até muito árduo explicar e eu não convenceria a humanidade, mas se consola saber, preciso chorar para aliviar, corrigir, respirar. Sem nenhum pesadelo que me inocente do ato, sem arrumar desculpas e sem sofrer de dúvidas; preciso chorar. Recolher as histórias indecentes, os pensamentos impróprios, a preguiça social e continuar com o incerto com a coragem apenas para chorar. Chorar uma inundação e nem sequer ficar marcas do vendaval. Nos próximos dias, sem muitas reações, sem abandono da vida, preciso chorar. Mastigar as lágrimas e soprar para o vento os últimos respingos. Esperar o choro tal como se espera uma ressaca de um porre e sobreviver sem nenhum efeito colateral. Feita terra fértil, preciso verter o choro e deixa-lo se desfazer devagar. Sem essa de pressa, preciso chorar lentamente. Devastar as flores mortas. Preciso chorar e ficar cinza. Me apossar dessa perturbável vontade que hoje é um luxo até que a missão do choro esteja cumprida e definitivamente traga uma satisfação intima.
Desde já, eu me autorizo a chorar.
Luciana Trintin
O coração e a razão parecem contraventores,
no entanto, nas razões para a razão,
conjugam motivos para o coração.
razões do meu coração
Ah, esse meu coração
É tão intenso, que sofro tanto
Por amar tanto
E me apegar tanto
E esse tanto, habitado em peito
Que arde tanto
Faz o meu pranto
Molhar meu manto