O Amor é como o Vento
Nas janelas abertas da vida o vento do amor e do prazer se infiltram e se fazem reais..(Sócrates Di Lima)
Diz-me duas palavras
(Amor: sentimento insano)
O vento o tocava, era algo que lhe incomodava: o vento assanhando os seus cabelos, amarrotando suas roupas já amassadas, jogando respingos d’água em seu All Star preto, mas se conformava com o vento, pois era algo que lhe recobrava o fôlego.
Só mais uma tarde vazia como todas as outras, tentando definir uma direção qualquer, foi quando os olhares se cruzando por dentro de todos os demais e vindo em sua direção o atingiram, como um rifle carregado com balas sem som, tocando toda estrutura móvel em sua direção. Um tremor repentino, algo o acertou e ele sentira tudo aquilo como se fosse verdade. Sentindo o fim de tudo, Mr. Jeck não sabia o que lhe impunha aquele ar goro, insolente, que o deixava em cárcere privado, com força abaixo de um, onde o padrão habitual é um milhão, não sabia o que era, mas queria se livrar de tudo aquilo e tentar voltar ao padrão.
Não sentia mais o mesmo sentimento insano que antes o tocava loucamente. Mr. Jeck estava anormal, louco para que aquela troca de olhares se findasse, queria ver logo o fim daquela guerra. Então virou a cabeça na direção oposta para tentar livrar-se dos tiros sem som aos quais olhara antes, causando à Sophia pequeno desconforto, pois ela não sabia o motivo do movimento logo após a troca tão intensa de tiros sem som. Mr. Jeck saiu em passos lentos ouvindo a musica que em seu ouvido dizia:
“THIS IS THE END OF THE WORLD TO ME...” (este é o fim do mundo para mim).
Passos eternos, quase intermináveis, em direção ao nada, tocando o chão, com pouca vegetação, que se colocava a sua frente. E a cada momento se afastava mais do seu rumo, deixando Sophia para trás e seguindo em direção ao nada.
O vento o tocava, era algo que lhe incomodava: o vento assanhando os seus cabelos lisos, amarrotando suas roupas já amassadas, jogando respingos d’água em seu All Star preto, mas se conformava com o vento, pois era algo que lhe recobrava o fôlego.
Parecia que tudo aquilo era para sempre. Queria chegar logo ao fim de tudo, não queria sentir pensamentos insanos, tentou apressar os passos, mas para Mr. Jeck aquilo parecia uma caminhada de vinte quilômetros.
Já cansado de todo aquele sentimento que o aprisionava, parou, pensou em voltar e olhar nos olhos verdes de Sophia e falar-lhe toda a verdade, tudo o que ele sentia e pensara naquele momento, só queria expor sua insanidade, mas se lembrava dos dois longos passos que tinha de voltar, e isso o deixava perplexo, imóvel, no mesmo estado que Sophia.
Virou lentamente a cabeça, via o vento derrubando as folhas já secas pelo tempo, via todas aquelas aves voando sem asas, viu os anjos contemplando a imensa beleza de Sophia, parados em qualquer lugar. Mr. Jeck sentia-se frustrado por ter iniciado toda aquela loucura, e nesse momento já tinha perdido todo o controle, não sabia o que fazer.
Com o corpo já todo virado em direção à Sophia, tentou falar, mas era em vão, estava sufocado pelos tiros que havia tomado há pouco.
Ficou parado observando e contemplando a imensa beleza perfeita de Sophia, que mais parecia esculpida à mão, podendo se perceber cada detalhe com nitidez.
Há supostos vinte quilômetros de distância podia descrever perfeitamente o que via em Sophia. Os olhos brilhavam como se fossem de vidro, como duas estrelas, solitárias e melancólicas, com toda a imensidão que as rodeavam num findar de tarde. Seus longos cabelos lisos mais pareciam uma queda d’água interminável e cristalina, as curvas de seu corpo perfeitamente corretas, como jamais vistas em um corpo feminino.
Os anjos que há todo momento observavam a solene beleza de Sophia, sem sequer sair um minuto de sua presença, faziam tudo parecer ainda mais belo e difícil de encarar, não era simples para ele.
Ao tentar dar o primeiro passo para trás, não conseguiu, estava preso ao sentimento insano, se encontrava sufocado pelos tiros do olhar solene de Sophia, então, se recordou de algo que poderia recobrar-lhe o fôlego, o ar em volta, que alguns segundos atrás o incomodava, respirou fundo, e, enfim, foi solto, conseguiu dar aquele primeiro longo passo, e lembrou-se de tudo que se passara até ali, como se fosse um filme reprisado em câmera lenta.
O vento tocando-o, os respingos d’água em seu velho All Star, já gasto por dois longos passos, tudo aquilo outra vez, mas agora será diferente, está destinado a expelir aquela bomba que tanto o incomodava. Mas o som era falho e ele não queria tentar refazer os destroços depois da explosão.
Olhou subitamente nos olhos dela e levou outro tiro sem som. Hesitou e decidiu voltar os dez quilômetros restantes, deixar explícito todo aquele sentimento insano, toda essa dor que comprime o seu peito ia ter que sair. Tentou reunir o resto da mísera força que ainda havia dentro de si.
Então, algo o tocou, fez-lhe ver que Sophia não era aquilo que achara ser. Olhou subitamente nos olhos de dela, enquanto tudo o que pensava passava em sua mente como um filme.
Não mas hesitou e, enfim, conseguiu expor o que estava sufocando-o, uma simples pergunta:
“Sophia, diz-me duas palavras?”
Ela imóvel como sempre, com todos aqueles anjos ao seu redor, pois sua beleza era tão sublime que os anjos rodeavam-na, docemente o respondeu:
“AMO-TE.”
Mr. Jeck imóvel com tal resposta pensou:
“Então isso que é um sentimento insano?”
Em seguida Sophia o fez a mesma pergunta:
“Mr. Jeck, diz-me duas palavras?”
Ele respondeu:
“DEIXA-ME!”
E como antes, Sophia está do mesmo jeito, imóvel, com todos aqueles anjos ao seu redor.
Mr. Jeck outra vez virou-se como quem fosse sair, e em seu ouvido ainda tocava a mesma musica:
“THIS IS THE END OF THE WORLD TO ME...” (este é o fim do mundo para mim).
Tirou o fone do ouvido, e o mundo ao seu redor correu outra vez normalmente, como antes, e todo aquele sentimento insano fugira de Mr. Jeck, como os anjos que estavam ao redor de Sophia. Virou-se e voltou à realidade, foi quando ao longe ouviu uma voz que dizia:
Ei Mr. Jeck, você esta ficando louco?
Deixa essa ESTÁTUA ai e vamos embora.
Autor: Kenny Anderson da Silva
Mr. Jeck
Revisão: Admilson Lins da Silva Júnior
Agosto de 2009
Muito além...no vento!
De repente
Nasceram em mim os sonhos... A poesia
O amor e a saudade!
Depois veio a dor... A mágoa...
Palavras escritas... Em cada nova madrugada de insônia...
Enquanto o sol nascia noutros amanheceres eu
Sobrevoava o mar qual fora apenas uma gaivota,..
E em delírios e sussurros muito além... No vento...
Persegue-me os passos do tempo... E segue-me silenciosamente
E vivem estrelas guardadas por anjos eternos... Onde há sorrisos e sonhos que não morrem...!
DE VEXAME
Ame e de vexame...
Escreva nas nuvens
pinte seu amor no arco-íris
ao vento...
Se molhena chuva
sem guarda-chuva,
viagem o tempo todo
em sentimento
sorri, sorria ao momento
grite alto ao palco da vida
sonhe pelos pensamentos.
Faça versos à janela
sinta não estar sozinho,
desencante aos braços d’ela
cante como passarinho,
encante com seu voar
no jardim todo orvalhado
semeie flor em seu amar
e desabroche de amor
e tenho o mundo
em seu sonhar.
Antonio Montes
Já quis ser flor ...
mas a ferida por um amor que se foi me despetalou.
Já quis ser vento...
mas o tormento da dor veio ferrenho e me derrubou.
Já quis ser céu ...
mas a nuvem da saudade e da tristeza me acinzentou.
Já quis ser sol ...
mas a vaidade foi tão cruel ,que me tirou o brio e me algemou .
Já quis ser oceano ...
mas a onda do vazio veio forte e me atordoou.
Já quis ser ave ...
mas minh'asa foi quebrada e me cansou.
Já quis ser lua ...
mas a escuridão da maldade lá fora me atormentou.
Já quis ser Tudo nessa vida .
Tudo ...
Hoje sei que Nada mais sou do que Semente
tentando florir por entre as pedras do caminho .
E tenho orgulho disso !
É que a vida me ensinou que é preciso
passar pelos espinhos,
ter humildade e
carregar na bagagem d'alma Simplicidade ,
para depois :
florir amor
ventar paz
ver o céu no estio
desfrutar do sol a brilhar
nadar nas profundezas do rio
ser livre a voar
ver a noite enluarar ...
Hoje ...
Dou valor as coisas mais simples
Desde uma gota d'agua a pingar nos meus olhos
até a brisa do vento a me abençoar .
Amo-os !
Agradeço de joelhos aos céus
Em prece
pelos segundos que passo ao alimentar-me
com o que me eleva o espírito e me traga
Paz n'alma .
Porque depois que Deus me mostrou o caminho
da Sabedoria ....
Ahh, já nem sei mais como voltar !
sois o vento,
sois o amor,
sois o calor e frio,
do meu coração,
sois o tudo e nada,
em momentos que desabam,
nesses dias até noite,
balbucia, em dias até madrugada,
no que o amor torna se esperança.
Além do sol
Sinto calor dos raios do seu amor
Sinto a luz fascinante do seu olhar
Além do vento
Sinto o ruido do seu desejo no entardecer
Sinto o frio da sua paixão na alvorecer
Além da chuva
Sinto a corrente das águas dos seus prantos
Sinto a frescura dos lagos das suas lembranças
Além do mundo
Sinto a presença do seu planeta maravilhoso
Sinto alegria da multidão do seu sentimento
Além do mar
Além do ar
Além das bípedes
Além dos planetas
Eu tenho você!...
Além das trevas
Sinto o abismo frígido da sua paixão
Além das leis
Sinto a presença dos decretos do seu amor
Além de tudo...
Sinto alegria do submundo
Porque eu e você, formamos outro mundo.
Em poesia não existe amarras, pois as palavras pertencem ao vento, já o amor é coisa inventiva da poesia.
E nós somos assim
chão e teto
mar e porto
vento e calmaria
amor e poesia.
É aconchego
e colo bonito
Nenhuma ventania
conseguirá nos afastar .
O nosso amor vai além de todo infinito !
- Para o meu filho Vitor Hugo Monteiro
Coisa boa é acordar
sem dor,
é esperar um amor,
correr ao vento,
contra o tempo,
ver o amar,
poder sonhar,
ter para onde ir
e poder sorrir,
sentir uma abraço
por fim ao cansaço,
poder beijar,
sem lamentar,
voltar viver
nao mais sofrer!
Sergio Fornasari
Hoje apenas vento a favor,
que venha com sorriso e um pouco de amor.
Chegue em forma de brisa,
mas traga a paz que o coração precisa.
Venha suave,
não deixando que a felicidade acabe.
Seja refrescante
e faça que a vida nos encante.
Passe com calma
e deixe um pouco de perfume na alma!
Sergio Fornasari