O Amor é Cego
O verdadeiro amor não é cego, mas sim perspicaz, enxergando além das aparências e reconhecendo a essência do outro.
(ver 1 Samuel 16:7, Provérbios 31:10-31 e João 1:47)
O que fazer com esse romantismo exacerbado?
Que não olha pro lado,
Está cego,
Olhos fitos no amor,
Até mesmo naquele que se acabou.
Não adianta outra pessoa me olhar
Se eu ando por aí querendo te encontrar
Já estou apelando para céus para te esquecer
Mas tudo, tudo me lembra você.
"O amor não é apenas uma ilustração eloquente! O amor é uma linguagem que o mudo pode emitir,que o surdo pode ouvir e que o cego pode ver!".
Amar quem não merece o seu amor, quem nunca? O amor devia ser proporcional às gentilezas, e não um mero sentimento que tende a emergir do nada, tornando cego aqueles que o possuem.
O que nos derrubaria da "Torre" chamada "Superior"?
Eu caí quando vi o amor lá em baixo.
Quando dei mais importância a pessoa do que aos meus critérios, certezas e argumentos.
Próxima de quem amo, pude ver o que sempre considerei inaceitável, tornar-se insignificante.
Meu ego subiu ao topo dessa torre, onde não podia ver ninguém além de mim.
Descobri que não pode ser cego, nem o amor próprio e nem o amor ao próximo.
De fato! O amor é imensamente mais importe que a beleza. Enquanto prevalece o amor sempre existirá a beleza, talvez seja por isso que dizem “o amor é cego”
A única explicação para todas as tolices que fazemos quando estamos apaixonados é que o amor é mesmo cego. Antes que o efeito da paixão passe, todos vêem, menos a gente.
Eu dei cem tentativas ao amor
Apenas a fugir dos demónios na minha mente
Abrigar-se num coração e ser feliz
Mas eu não vi no que me estava a meter
O meu amor é cego
O OUTRO EU
Estava quase cego,
Por conta deste meu ego.
Queria ser melhor que meu rival.
Pois vivíamos em um mundo surreal.
Fazia tantas coisas que não poderia fazer,
E só as fazia, para me satisfazer.
Gargalhadas saiam de minha boca, e minha voz rouca.
Escondia-me na aparência,
Fingindo ser o que jamais fui.
A brutalidade do meu outro, me destruía por dentro.
E o tempo se passava e eu estava da mesma forma,
Acho que ate pior.
Queria voltar a ser quem eu era mais já não o podia.
Queria fazer o que antes eu fazia.
Conheci um mundo que o meu mundo desconhecia,
E minha vida nunca imaginaria que existiria.
Vivia em conflitos comigo mesmo.
E uma voz absurda que nunca saia de minha cabeça.
O meu equilíbrio, me desequilibrava e só calibrava a minha arrogância.
Minhas palavras equilibradas pela minha ignorância.
O meu coração queimava, enquanto debruçado eu fumava as minhas próprias dores.
Respirava a poluição, das minhas decisões rudes e maldosas.
Já não podia mais viver do jeito que vivia.
O meu corpo pesado, me deixava cansado, estava sufocado por mim mesmo.
Então lutei e resisti, a o outro eu que queria me possuir.