Nuvens
Pragmatismo
O Sol já escondido pelas nuvens da incerteza, desaparece no horizonte, mas continua brilhando no meu coração. Coração este que é tão sombrio para aqueles que me desconhecem, quanto as nuvens escuras que planam sobre minha cabeça, ocultando o sol e meus pensamentos. O pragmatismo me atinge, como uma gota anunciando uma possível tempestade chamada desespero, incapaciando-me da ação que necessito para conquistar o inconquistável. Em situações como essas, só tenho duas escolhas; Perdo, estando certo, ou Ganho, estando errado, ainda assim, só desta vez quebrarei meu paradigma, arriscando-me ao xeque-mate impiedoso da vida, com perdas talvez irreparáveis, perdas que virão para mim como um bem ou mau, pois, como já dizem; Nada acontece por acaso, tudo nessa vida acontece por uma razão. Cada escolha que fazemos, cada ação, modifica um pedacinho do futuro. E até mesmo o fato de não fazer tais ações interferem no futuro, porque não fazer nada já é fazer alguma coisa. Mesmo assim, nunca, tardes tão tristes foram tão alegres em conclusões para que eu descobrisse o que é e quem realmente me importa.
Há dias que amanhecem azuis
Com nuvens lilases
Tem dias que começam ainda de noite
Outros terminam de madrugada
Com outros dois ou três dias
Quase amanhecendo
E é só quando acontece
De correr os olhos pela paisagem
Talvez ... pela última vez
Então percebe que houve dias
Que não teve tempo de olhar o Sol
Nascer e nem se por
E por obra de algum acaso
Percebe que foi assim
Na maior parte dos dias
Chegando sempre
Bem antes do atraso
Durante toda uma vida
Chovia
E eu não vi
Que haviam nuvens alí.
Edson Ricardo Paiva.
INVERNO
Por Rita Coruripe
É inverno!
A estação fria, cinzenta, carregada de nuvens pesadas e ocasionais tempestades.
A estação climática que chega todos os anos e fica por alguns meses, mudando a nossa rotina e as vezes tirando coisas do lugar.
Com tudo isso, nós nos acostumamos a ela, e adaptamos as nossas necessidades ao clima, pois sabemos que serão somente alguns meses, e logo, o verão virá com seus dias quentes e iluminados, e pensando nesta perspectiva atravessamos os dias frios do inverno.
Mas e quando o"inverno" é dentro de nós?
Como proceder quando os nossos dias passam a ser causadores de caos, tumultos íntimos e pertubadores que nos transforma em alguém que não mais, sabe apreciar a vida pelo lado otimista e cheio de esperança, que não devemos jamais, deixar morrer em nós?
Quando intimamente perdemos o brilho, a cor, e permitimos que a desordem se Instale em nossa alma?
Diferente das estações do ano, nossos problemas não tem data marcada nem prazo para terminar, sabemos somente, que durante a vida, teremos que ser fortes para enfrentar as adversidades que surgirão quando não esperamos. Diferente do clima, que nós não podemos mudar ou interferir, durante uma crise pessoal, em desvio de rota dos nossos planos, nós temos sim, a capacidade de buscar alternativas que nos ajude a contornar a situação que nos aflige ,mas é essencial, que estejamos dispostos a lutar por isso.
Reclamar, se maldizer da sorte, se auto intitular vítima impiedosa do destino traiçoeiro,em nada mudará o que tira o nosso sono, temos que desejar que as mudanças ocorram e batalhar para torna-las reais.
Quando o inverno se instala dentro de nós, muitas vezes acabamos desprezando pessoas que se apresentam na tentativa de nos auxiliar, nos tornamos "tempestade" para aqueles que só tentam ser "primavera" em nossa vida.
Não sei se por revolta, impaciência, ou mesmo incapacidade de sair de uma zona de conforto, onde é muito mais cômodo pousar de coitado do que dar a cara a bater para alcançar o que se espera, passamos a ser frios, arrogantes, irônicos e mal educados, com quem está apenas, tentando nos ajudar a carregar um fardo que é só nosso. E assim, sem nem perceber, a gente afasta aqueles que nos querem bem.
Mas chega um dia em que o inverno da alma passa, sim, na vida, TUDO passa, nada dura para sempre, nem mesmo as nossas desditas, tão pouco o nosso caos.
Sem o peso das nuvens escuras e tenebrosas, voltamos a enxergar com clareza, e é neste momento, que sentimos falta daqueles que sempre se propuseram a ser o "sol" que iluminava nossos dias mais nublados.
Não importa se esses raios de luz vinham em forma de um preguiçoso "bom dia" as seis da manhã, ou de um "to morrendo de saudades" na hora do almoço. O que importa, é que somente agora, a gente percebe o quanto eles fazem falta.
A gente procura,mas não encontra ninguém. Os raios estão apagados, tal qual as árvores ficam no outono, em nossa volta há agora, uma nudez fria e distante.
A sensação de vazio é de partir o coração, o inverno pode até ter passado, mas não trouxera de imediato, as cores que nos abririam o coração.
Neste instante percebemos a importância de ter por perto aqueles que, independente da "estação" que estamos vivendo, fazem o que é possível para não nos deixar sozinhos.
Só então percebemos, que primaveras, verões,outonos e invernos sempre estarão presentes, sempre nos acometerão, nos trazendo e tomando, um turbilhão de sensações que nos proporcionará as mais diversas experiencias, uma enxurrada de sentimentos QUE NÃO PERMANCERÃO, o que permanecerá, independente da estação da nossa alma, são aqueles que verdadeiramente nos consideram, aqueles que, mesmo não estando presentes, escolheram não ficar ausentes, que não pretendem nos deixar sós
Portanto, é essencial praticarmos a reflexão, observar quem está ao nosso lado de fato, dinheiro, títulos, exposição fictícia de uma felicidade montada para dar satisfação a sociedade nos faz morrer um pouco a cada dia, e a vida é muito curta para que a gente permita que as expectativas dos outros, nos roube a alegria de viver.
Não seja o inverno da vida ninguém, não se acostume com o que te faz sofrer,as fases climáticas de nossa alma mudam, quando a gente decide se entregar, mergulhar na busca da nossa paz, porque nem sempre estar vivo, respirando e com saúde, é viver. .
INVERNO
Por Rita Coruripe
É inverno!
A estação fria, cinzenta, carregada de nuvens pesadas e ocasionais tempestades.
A estação climática que chega todos os anos e fica por alguns meses, mudando a nossa rotina e as vezes tirando coisas do lugar.
Com tudo isso, nós nos acostumamos a ela, e adaptamos as nossas necessidades ao clima, pois sabemos que serão somente alguns meses, e logo, o verão virá com seus dias quentes e iluminados, e pensando nesta perspectiva atravessamos os dias frios do inverno.
Mas e quando o"inverno" é dentro de nós?
Como proceder quando os nossos dias passam a ser causadores de caos, tumultos íntimos e pertubadores que nos transforma em alguém que não mais, sabe apreciar a vida pelo lado otimista e cheio de esperança, que não devemos jamais, deixar morrer em nós?
Quando intimamente perdemos o brilho, a cor, e permitimos que a desordem se Instale em nossa alma?
Diferente das estações do ano, nossos problemas não tem data marcada nem prazo para terminar, sabemos somente, que durante a vida, teremos que ser fortes para enfrentar as adversidades que surgirão quando não esperamos. Diferente do clima, que nós não podemos mudar ou interferir, durante uma crise pessoal, em desvio de rota dos nossos planos, nós temos sim, a capacidade de buscar alternativas que nos ajude a contornar a situação que nos aflige ,mas é essencial, que estejamos dispostos a lutar por isso.
Reclamar, se maldizer da sorte, se auto intitular vítima impiedosa do destino traiçoeiro,em nada mudará o que tira o nosso sono, temos que desejar que as mudanças ocorram e batalhar para torna-las reais.
Quando o inverno se instala dentro de nós, muitas vezes acabamos desprezando pessoas que se apresentam na tentativa de nos auxiliar, nos tornamos "tempestade" para aqueles que só tentam ser "primavera" em nossa vida.
Não sei se por revolta, impaciência, ou mesmo incapacidade de sair de uma zona de conforto, onde é muito mais cômodo pousar de coitado do que dar a cara a bater para alcançar o que se espera, passamos a ser frios, arrogantes, irônicos e mal educados, com quem está apenas, tentando nos ajudar a carregar um fardo que é só nosso. E assim, sem nem perceber, a gente afasta aqueles que nos querem bem.
Mas chega um dia em que o inverno da alma passa, sim, na vida, TUDO passa, nada dura para sempre, nem mesmo as nossas desditas, tão pouco o nosso caos.
Sem o peso das nuvens escuras e tenebrosas, voltamos a enxergar com clareza, e é neste momento, que sentimos falta daqueles que sempre se propuseram a ser o "sol" que iluminava nossos dias mais nublados.
Não importa se esses raios de luz vinham em forma de um preguiçoso "bom dia" as seis da manhã, ou de um "to morrendo de saudades" na hora do almoço. O que importa, é que somente agora, a gente percebe o quanto eles fazem falta.
A gente procura,mas não encontra ninguém. Os raios estão apagados, tal qual as árvores ficam no outono, em nossa volta há agora, uma nudez fria e distante.
A sensação de vazio é de partir o coração, o inverno pode até ter passado, mas não trouxera de imediato, as cores que nos abririam o coração.
Neste instante percebemos a importância de ter por perto aqueles que, independente da "estação" que estamos vivendo, fazem o que é possível para não nos deixar sozinhos.
Só então percebemos, que primaveras, verões,outonos e invernos sempre estarão presentes, sempre nos acometerão, nos trazendo e tomando, um turbilhão de sensações que nos proporcionará as mais diversas experiencias, uma enxurrada de sentimentos QUE NÃO PERMANCERÃO, o que permanecerá, independente da estação da nossa alma, são aqueles que verdadeiramente nos consideram, aqueles que, mesmo não estando presentes, escolheram não ficar ausentes, que não pretendem nos deixar sós
Portanto, é essencial praticarmos a reflexão, observar quem está ao nosso lado de fato, dinheiro, títulos, exposição fictícia de uma felicidade montada para dar satisfação a sociedade nos faz morrer um pouco a cada dia, e a vida é muito curta para que a gente permita que as expectativas dos outros, nos roube a alegria de viver.
Não seja o inverno da vida ninguém, não se acostume com o que te faz sofrer,as fases climáticas de nossa alma mudam, quando a gente decide se entregar, mergulhar na busca da nossa paz, porque nem sempre estar vivo, respirando e com saúde, é viver. .
Lua Iluminada. Atravessando nuvens, rios, estradas, pensamentos e lugares distantes na mesma noite. Serena...
Noite sem lua. Nuvens, relâmpagos e coisas q a gente não vê: O vento q passa entre os pingos da chuva...
Para os pássaros, o caminhar envolve asas.
Fez das nuvens seu caminho e do céu o seu lar,
Os homens tentam imitar,
E com metal hoje sabem voar,
Mas o sábio sabe em sua mente flutuar.
Quero aconchego
Braços envolventes
Calor do colo
Embalos na alma
Numa macia
Alcova de nuvens
Cheirinho de sonhos
Agasalha-me...
Quero aconchego
Frio lá fora
Quentinho aqui dentro
No teu seio
No teu colo
Cantando cantigas
Fazendo-me calma
Nos embalos do teu regaço...
Soneto in
Nuvens da saudade
Inquieto-me no silêncio da solidão
Às margens desse mar imenso de saudade
Os segundos vão passando lentos vestidos de ilusão
Numa alma penada afogada na fragilidade .
Pobre de mim! Moro no vagar do cansaço
Vivo aprisionada numa euforia quase calada
Em que os dias passam lentos faltando um pedaço
Vendo minha nuvem de sonhos sendo velada .
Acho que o vazio não desistiu de ficar
Nessa espera triste de um dia inda poder te encontrar
Assistindo de perto meus olhos flutuando .
Quem sabe um dia essa vontade cessa
E o alívio chegue depressa
Nesse meu coração tão cansado de chorar.
DO EUCALIPTO
vive com a cabeça nas nuvens
e nenhuma tempestade
por mais forte que seja
consegue abalar tua eminência
da tua copa é possível ver
do cantinho todo o céu
na memória centenária
deve guardar lembranças
de quando eu brincava na rua
quando era criança
e mesmo resistindo
por todo este tempo
receio que o ser humano
para provar sua imponência
te faça curvar sobre o chão
numa eterna reverência
VELEJO
Viajo em ti
Velejo in nuvens
só por te ver ...
Inda que distante .
Inda que errante .
Me faço navegante
em teu jeito de menino distraído
só para não me perder
desse amor tão puro e
tão bonito que pulsa anil
dentro de mim.
Quisera ser o instante
em que contemplas a natureza
e ser a realeza que te
extasia .
E ser teu versejo
teu desejo
nas tuas noites frias
e vazias .
Sim ,o teu sossego.
Me banho com teu jeito sereno
e me visto com tua asa ...
Só para quem sabe , voar no vento
Pousar por ai
em teu pensamento
a ser quem sabe um dia
tua e-terna morada.
As nuvens podem tampar o Sol, mas não têm o poder de tirá-lo do céu... uma hora elas passam... e o Sol vai estar lá, como sempre esteve.
Mire no céu, porque mesmo que você erre, acabará entre as nuvens.
Nota: Adaptação de outro pensamento.
A bruxa,
a rocha,
o rio,
as nuvens,
a tocha,
o coração de leão,
o espírito
que em meio aos espinhos
cresce,
floresce
e desabrocha.
Eu piso nas nuvens
Flutuo no ar
Corro, mas não saio do lugar
No ritmo frenético da cidade
Aqui é o meu lugar
Cortar, fatiar, ralar
Dor, queimaduras e suor!
Sinais nitidos na pele.
Fogo, frio, ar, terra
Elementos essenciais.
Bater, escalfar, trinchar, triturar
E ainda me sobra ar?
Ar, este não pode faltar.
E ainda tem muita coisa para fazer.
E você, irá se esconder?
Não, irei até o fim
Até o que restar de mim.
Vanessa Gonçalves.