Nuvens
Algumas situações em nossas vidas deveriam ser como as nuvens mais densas, que desvanecem diante de nossos olhos!"
Que bom se as nuvens fossem de algodão,se as dores passassem num simples pensamento,se pudéssemos amar sem medos,se viver fosse confiável...que bom seria!
Enquanto nuvens rabiscavam o azul,
um avião riscou o céu sobre o monte.
Então, o entardecer entrou em cena
e foi tingindo de outono o horizonte.
E as nuvens tomaram o céu
invadiram o dia
mergulho na fugacidade e na beleza
das coisas simples da vida ...
Ei,
Não esquece nunca de lembrar todo dia, toda hora que as nuvens não afetam quem é feito de sol.
Viu!
Vai Verão, vem Outono mais uma vez,
Outras nuvens, nova estação
No ar aquela esperança do talvez
No peito um aperto, uma certa emoção.
Céu encoberto, respingos de melancolia
Sons, imagens, tanta recordação
Há pouco euforia, agora calmaria
Na sintonia fina do coração.
Ligeira, vem e vai a tempestade,
Voltando o radiante sol a brilhar
Em instantes se esvai a efêmera felicidade
A saudade é eterna, veio para ficar.
Aquelas sementes em breve germinarão
Muitas perfumadas flores no jardim
Há de florescer nova paixão
Nessa busca sem fim.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Escrever me faz fugir da maldade, fugir do tédio e realidade, da vida que esvaece quais as nuvens ante o firmamento.
Derrepente o céu sorri, as nuvens de esperanças me cercam, com doçura, com encanto, vejo desabrochar flores na minha emoção.
Me sinto viva, voando nos meus sonhos, alcançando meus propósitos, avistando meus méritos, sobrevoando a minha alegria, longe de todos os perigos.
Pois quem se põe nas mãos de Deus,
tão certo será protegido!
26-03-19
A meninice ficou longe,
mas não esquecida!
A rosa, as nuvens, o canto;
os campos, o riacho, as amoras.
Os sons, os aromas, os perfumes, o pranto...
Tudo o que vi e vivi, naquele tempo,
habita a memória
e ainda preserva em mim
o doce sabor das manhãs de sol
da minha aurora.
Esta madrugada, olhei para o Céu e vi o movimento gracioso das nuvens que passavam volumosamente sendo iluminadas pelo brilho da Lua, senti uma paz intensa e fiz meus pedidos e agradecimentos a Deus, não se preocupe! Eu não esqueci de pedir cada vez mais, você!
Andamos nus, apenas revestidos
Da música inocente dos sentidos.
Como nuvens ou pássaros passamos
Entre o arvoredo, sem tocar nos ramos.
No entanto, em nós, o canto é quase mudo.
Nada pedimos. Recusamos tudo.
Nunca para vingar as próprias dores
Tiramos sangue ao mundo ou vida às flores.
E a noite chega! Ao longe, morre o dia...
A Pátria é o Céu. E o Céu, a Poesia...
E há mãos que vêm poisar em nossos ombros
E somos o silêncio dos escombros.
Ó meus irmãos! em todos os países,
Rezai pelos amigos infelizes!
Olho no olhar, lágrimas a molhar, qual chuva torrencial, e densas nuvens, turva a vista, sem conceber a lucidez. Sem convergir a compreensão, em fugas contumazes da razão, sempre na injunção, a resultante da emoção.
Seus olhos são como um oásis no deserto
espelham as dunas, as nuvens e as palmeiras
e por onde olhas, reflete a natureza
posso quase que mergulhar em seu olhar
o brilho e a beleza que ele reluz
é mais vívido que o próprio reflexo das águas
Rabisco nas nuvens
pensamentos absortos
pequenos relâmpagos faíscam
e abraçam o imponderável.
Toda palavra é precipício e salvação
chuviscos dentro da alma
invadindo o porão de lembranças.
Era terça-feira, início da semana, quando as encontrei. O céu estava cheio de nuvens com desenho de animais imaginários que me fazia recordar uma infância bonita. Mas de nada me valia lembrar-se de coisas boas naquele momento, pois a notícia que eu carregava não tinha cores e nem sabores de infância feliz. Aqueles olhares serenos que me acolheram naquela porta feita de sacola preta escondiam toda a tristeza e dor que há alguns dias insistia em permanecer fazendo morada naquela casa. Aquelas mulheres tinham que se fazer de forte para a sociedade do julgamento. O choro, o luto e a tristeza eram sentimentos que não podiam ser sentidos por aquela família da periferia. Não se pode ou deve chorar por pessoas ditas “ruins”, “usuárias de drogas”, “almas sebosas”. Por aqui, o choro e o luto só são permitidos para pessoas ditas “de bem” e “de poder”. O choro bonito e comovente tem classe e cor. [...] A semana passou, as nuvens continuaram a aparecer pelo céu de Fortaleza, no entanto, a minha recordação não era mais de animais imaginários, mas das lágrimas evaporadas daquelas mulheres que não podiam sequer chorar por aquele familiar que tanto amava. O céu de Fortaleza, tão cheio de nuvens bonitas, esconde lágrimas de mães, irmãs, tias e avós. Lágrimas que ninguém enxerga, que ninguém sente, que ninguém enxuga... até quando?
Ode à chuva
Cavalgo com as nuvens em estradas de vento, trago boas novas à terras velhas, a frutos novos e a telha velha, centelha, um momento divino, como o sabor de bom vinho,
Quando menos se espera, apareço a espreita, pronto pra regar, curar, acalmar, refrescar, sou o orvalho, a chuva...