Nuvens
Cabeça nas nuvens, voltando de mais uma viagem inesquecível, emoção nas alturas, sentindo um rica liberdade de espírito, depois mais uma aventura, trazendo uma mistura de cansaço com gratidão, nem as turbulências na volta foram um empecilho, meu coração se manteve sossegado, meu ânimo fortalecido, o máximo possível foi aproveitado, estou certo de que foi um presente divino imensamente necessário para mim, considerando que sou um aventureiro nato e que me fez um bem incrível, assim, um bom motivo para eu ser grato e continuar seguindo.
Seja como o sol: mesmo atrás das nuvens, você tem o poder de brilhar. Suas adversidades são temporárias, mas sua resiliência é eterna. Cultive a paciência, mantenha o foco e confie que, no final, a luz sempre prevalecerá sobre as sombras.
Da janela do meu quarto nuvens me sorriem e brincam de desenhar seus olhos que miram na minha direção,cuidando de mim.
"Sorriso nos lábios;
Cabeça nas nuvens;
Dramas no coração;
Silêncios que não param de falar..."
Eu!
Haredita Angel
25.01.23
Enquanto os homens bons se desnudam de suas nuvens boas de pensamentos e boas ações, os homens maus vestem o mundo com suas nuvens negras de domínio e destruição.
Se a vida passa tão rápida quanto às nuvens dos céus, peça a Deus para que a sua alma passe a eternidade nos Céus.
pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela
à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...
durmo neste ritual!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
Sussurro
Dê-me as sombras oh, cálido cerrado
Das que as poucas nuvens sombrinha
Chore árido orvalho mesmo que forçado
Em um cadinho de brisa, nesta tardinha
- olha que é um sussurro abafado
Dê-me alívio com o rústico vento
Que aspiram as poeiras dos galhos
Em suspiros e frescor em rebento
Foiçando o calor em brandos atalhos
- olha que é um sussurro de alento
Dê-me da tua sequiosa suavidade
Desafogando o peito deste mormaço
- olha que nem peço chuva - raridade
- olha que é um sussurro e cansaço
Nesta seca sufocação, por caridade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Abril, 2016
Cerrado goiano
Um anjo que brinca entre as nuvens,
Seduz, envolve,provoca e reluz,
É como um demônio que seduz,
Um anjo brincando entre as nuvens...
Sim, é nesse esconde-esconde o anjo
Segue furtivamente te surpreendendo
Entre poemas e beijos alados...
Batendo as asas e dando cambalhotas,
E escrevendo os desejos mais safados...
Destemidamente levando os teus beijos
Com as mãos, elevando aos recantos
Mais recônditos e cônscios...
Provocando mil miragens entre as nuvens...
Um anjo meio demônio, um demônio que é
Um anjo: sou eu ocupando os teus sonhos,
Ainda incógnito e suspenso nos jardins
Dos teus mais altos desejos
- sou o teu anjo -
O mais lindo e supremo encanto.
Decidi sacudir e tirar-te do teu canto,
Soprar no teu ouvido o desafio mais vadio...
Agora, o teu coração não será mais erradio;
O amor com destino certo, eu sou o teu caminho.
A despedida
da tarde soprou
as nuvens
com suavidade
e fez percussão
com as folhas
do sublime
bosque do deserto.
E pensando em ti
a todo instante,
não desistirei
custe o que custar
de ir em tua busca
nesta noite
de luar brilhante.
O interessante
é o quê sinto
e já é imenso,
e sei que ainda
não te conheço;
algo forte vem
me dizendo
que és todo meu
e a você pertenço.
As ondas vem, as ondas vão...
O céu é azul, com as nuvens de algodão.
E se amanhã chover, na chuva vou sapatear.
Porque tanto o sol, como a chuva, vão passar.
O sol é para todos, mas não adianta querer o sol se vive atraindo nuvens de tempestades. Faça bom uso das coisas que chegam para você. Faça das dificuldades uma oportunidade.
Estranho Inverso
Se o mundo estivesse
Virado ao inverso
A cabeça não estaria nas nuvens
E tu me escreverias versos
Quando a mahã chegasse
Com o pôr-do-sol
Correriámos abraçados
Com jatos de chuva
A regar os nossos pés
E lá em cima, o nosso céu,
Todo azulzinho
Ainda seria infindo
Coberto de mar e areia
E nós o observariamos deitados
Sobre um campo de estrelas...
Quando viajei o mar , o ceu , a areia , o sol , as nuvens e tudo me lembrava voce , andando pela areia achei uma estrela e puis teu nome nela , conversei com ela e de um certo jeito me respondia , no fim de tarde , eu me dei conta estava anoitecendo e me lembrei daquelas noites que saiamos e ficavamos abraçados olhando as estrelas , te apelidei de lua pois seu brilho era enorme , e encantava todos que passavam , seus olhos me lembra as estrelas pos eles estavam sempre brilhando , quando voutei eu vi que tudo nao passava de um sonho , mas posso dizer qe foi o melhor , mesmo sendo uma estrela do mar voce estava la , do meu lado voce nao pode ta mas pelo menos com voce eu posso sonhar e ver a vida que eu sempre quis lhe da
Vejo nuvens formando desenhos no céu e tento tocá-las com dedos ansiosos. Quem sabe no tocar elas se desfazem feito algodão doce no céu da boca. E me pergunto que sabor teriam. Se eu as tocasse, o que fariam?
Sempre que chove observo a água que se junta no chão. Vejo ondas do mar, o sossego da lagoa e a correnteza leve do rio, tudo ali.. junto. Por sermos feitos praticamente de água, será que ao me desfazer num futuro próximo virarei rio que passa, correnteza que leva o que se põe no seu caminho? Ou serei a lagoa calma, sempre ali, embelezando a paisagem de outro alguém? Não posso esquecer a possibilidade de virar mar, infinito. Seria tão bonito!
Quando o vento brinca com meus cabelos, vejo folhas e flores sendo levadas mundo afora. Me pergunto se as fadas se deixam levar ou se escondem-se dentro do oco das árvores esperando a hora certa de sair brincar. Mas se o vento brinca com meus cabelos, posto que de fato é brincalhão, porque não brincar com as fadas como amigos no verão? Confuso então...
Noite de inverno, fogo alto na lareira. Será que se eu focar a vista consigo ver salamandras brincando nas toras que ardem incansavelmente? Será que brincam ou se escondem? Chamas vão alto e logo se abaixam, salamandras brincalhonas, dançarinas exemplares num ballet incendiário. Mas se escondem-se, me pergunto do que têm medo.. posto que fogo só teme à água e mesmo ela nem sempre é capaz de contê-lo. Será que a natureza impõe limites ao ballet dos lagartos de fogo? Ou seria isso um jogo?
Abro álbuns de fotografia, vejo fotos da infância. Saudades de brincar com a terra, elemento primordial de tudo, o próprio pó, o chão, a base. Olhos de criança criam bolos, bonecos e brinquedos diretamente da Mãe. Imagino se ela briga com seus filhos, nós, crianças humanas, quando voltamos pra casa com a roupa suja da nossa brincadeira... mas veja só, a sujeira não recebe esse nome visto que é terra e é Mãe. O que fará ela então? Tornar-se-a brinquedo novamente ou se desfalecerá como castigo às crianças? Idéias aqui me passam.. e são tantas...