Nuvens
As folhas caem, as árvores choram.
Acima disso, as nuvens estão de costas para a terra.
Elas dormem com a barrigona para o alto.
Sonham temporais.
agora que as nuvens
escuras se foram,
ouviremos os sentimentos
escondidos nas palavras,
o silêncio do azul no céu
gritando Amor em sussurros,
os olhos nos olhos,
dentro um do outro,
a essência do compreender..
Firmes
Entre montanhas e nuvens, um rio, no seu espelho eu e você,
barco a dentro em meio a correnteza fomos jogados rio abaixo,
depois de alguns redemoinhos e muitas pedras fomos abençoados com galhos aonde nos seguramos e seguimos descendo o fluxo do rio,
um tempo depois nossas roupas espalhadas pelas rochas tomando um banho de Sol,
no espelho d'água novamente eu e você, vencemos mais uma batalha.
Perdido nesta noite. Quem irá me encontrar? Onde estarei? Nas nuvens, no universo, num ônibus ou avião, no bar ou no chão? Onde a vida me levar irei com gratidão, um relógio no bolso e uma câmera, ou será que estou na brisa suave da noite ou de um charuto verde? Acho que fui caçar coelhos com a Alice.
Inspiração...
vem de gota d'água
pétalas de rosas
nuvens no azul sem fim
Inspiração é sentimento
vem do sangue, do rancor,
desalento
Minha poesia é pesada demais
para ser carregada por alguém
Possuo um coração de Poeta
que mais chora do que ri
Muitos foram os dias
de uma vida sem céu,
perdido e amargo.
Mas agora as nuvens
Viraram o mel,
que as abelhas tanto falam.
Digo com tal cuidado e respeito que, chegar perto das nuvens sozinho é perigoso, não escutamos mais nada por ali, nem ninguém, também não vemos mais ninguém, porém, vemos mais alto, e o silêncio se torna vivo, aos nossos olhos e nos nossos ouvidos e em todo redor de nós.
Contraditório
Triste, triste,
Confuso,
Feliz.
Uma hora,
Devaneio em pesadelo.
Outrora,
Em nuvens passo adiante.
De que forma instável
Poderia eu
Ser formado?
Caso você me perca de vista, olhe para o céu, estarei sentado nas nuvens colorindo as estrelas para que me encontre novamente.
Torpor Breu
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Quando paira a lua sobre sombrias nuvens e os homens, em dissimulado torpor, encontram-se sob a negra sombra do frio breu,
ascende-lhes o cego desejo do inerente prazer que os arrebata à [criminal] intrínseca loucura.
O PORQUÊ DO VOO
Vejo-me voando, teto alto
acima das nuvens pardas
e dos velhos sentimentos
mas percebo nos voos de meu ânimo
a degeneração, o peso das asas.
Ainda assim, sigo decolando
arremetendo-me no abismo
de meus intentos por quem
sempre arrebatou meus sonos.
Não obstante, sinto-me brando
no espaço vago, finjo-me quedo
a mente flutua em ar fresco
resfriando os frenesis inúteis.
Imagino-me planando, guiado
por uma águia, ave invejada
altiva que orienta-me o descortino
a alguém que tenho como fito.
Mesmo que não esteja por perto
ou no além do amanhã, no imponderável
que pode ser a plena existência ou o nada
o nada exterminador dos sentidos
que ainda me habitam, antes do fim.
São estes sentidos que me transmitem
a certeza, de que, diante do depois
nesta viajem paradoxal, nada dar-se-á
pois quem almejo, lá não estará
e se este for o destino que pressinto
estará longe de ser meu desiderato.
Nesta calorosa manhã de céu azul, em brancas nuvens,refaço-meao retornar a nós mesmos com mais calor, ardor, amor.