Nuvem
"A tristeza é como uma nuvem escura que encobre o sol da nossa vida, mas se soubermos esperar, ela eventualmente se dissipará e dará lugar a um céu claro e radiante."
Na minha mente cresce uma nuvem,dessa nuvem chove pensamentos
Tais pensamentos capazes de me afogar em solidão
Solidão tão profunda quanto oceano.
Porta do céu
Aquela nuvem - a mais bela,
Retocada com pincel!
Não seria, talvez, ela,
A porta que dá pro céu?
Ainda se fosse
Uma tarde doce
Nem precisava ser linda
Pelo menos perdurasse
E essa nuvem me dissesse
O que é que o Sol tá querendo
Escondido atrás dela
Ainda se fosse
Uma tarde ao menos bela
Nem carecia ser linda
A chuva descia de lá pra me contar
O que é que o luar pretende, homiziado
Lá do outro lado do mundo
Ainda se essa tarde
Que mais me parece um lamento
Esse céu mais cinza que cimento ressecado
Me deixasse a par de tudo que a rosa pretende
Essa rosa seca, com cara de veludo velho
E esse ar de quem viu tudo
Mas que finge que olhou pro outro lado
Ainda se eu soubesse
Ah, Deus meu, se eu soubesse!
Nem precisava a tarde ser doce
Não fazia questão que fosse linda
Mas então a chuva veio
Meio que chuviscada
E ela não me trouxe nada
Além de partículas de tristeza condensada
Que se encontravam suspensas
Sobre as nossas cabeças despreocupadas
Só que a tarde não perdura; escurece
Por que é que não foram chover lá no mar?
Edson Ricardo Paiva.
Quem dera poder encontrar
uma nuvem que levasse até a Lua
pra observar de perto as Estrelas,
Pra uns, talvez, seja loucura,
Pra outros, seria uma grande proeza.
Havia uma nuvem pintada
Numa parede da minha infância
Eu olhava pra tela e pensava
Que nuvens pintadas não chovem
Não se movem com o vento
Não matam a sede e nem fazem crescer as flores
Passa o tempo, isso arrepia!
As pessoas partem noutras nuvens frias
E as imagens que trazemos
Vivem à margem dessa nossa realidade
Mas, como eu disse, o tempo passa
Enquanto isso, nós passamos juntos
Apesar de juntos, sós
As nuvens de verdade, elas choveram todas
Num ciclo eternamente interminável
O mar arrebenta
Mas aquela velha amiga nuvenzinha
Ainda ostenta a mesma idade
Meu Deus, se ela me visse agora
Talvez fosse a vez dela, então, se perguntar
Por que é mesmo que as pessoas choram
Por que o tempo não demora um pouco mais
Mas, cada coisa tem o seu lugar
no espaço e no tempo
Hoje, logo cedo, os dois sairam pra brincar
Lembrança guardada
Se meus braços te alcançassem
Se hoje meus olhos te vissem
Como a vejo em meus olhares
Hoje eu te diria, minha amiga nuvem
Que é bem pouca a diferença
Nessa dimensão, cá onde estou
O tempo lento passa mais depressa
Chego mesmo a ter a impressão
Que ele, cruel, nos atravessa
Enquanto isso, você
No perene silêncio do seu céu de nuvem pintada
Atravessou comigo um universo e a vida
Choveu nos meus dias
Regou sim, muitas flores
Em cada poesia que eu lia, era ela
Soprando, nos ventos que as moviam
E foram muitas as sedes saciadas
Sim, de alguma maneira e apesar da distância
Também veio junta
Desde aquela vez, na infância
Pois não há nada na vida
Cuja função seja nada.
Edson Ricardo Paiva.
Em meio as águas calmas tudo flui na beira mar, mas de repente a nuvem condensa e urge precipitar.
A gota cai no chão e lá se vão um milhão de ondas inquietas que perturbavam teu mar.
A sombra da nuvem
Escondeu na verdade
A sombra do homem
Em castidade
Que por sua total impropriedade
Abdicou na pele da sua santidade
Deitou-se com outra por necessidade
Para esquecer a que ou trocou por maldade
Não era mais homem, nem santidade ...
Só era a sombra da nuvem que escondeu a verdade
E ele sentou olhando para o fim de tarde
Pensando naquela que era saudade ...
O mundo cruel de cinza faz novos castelos nos céus, a nuvem da glória, e no seu aroma é cheiro de vitória contra os teus irmãos.
NUVEM DE ALGODÃO
No suave fluir do tempo, me senti pairando,
O universo, em sua dança, me transformando.
Leve como pluma, encostei no céu distante,
Uma energia sutil me levou adiante.
Teu aroma, amadeirado, preencheu o ar,
Como nuvem de algodão, eu pude flutuar.
No compasso do teu coração, batendo suave,
Parecia um sonho, mas tão real se fez, eis a chave.
Seria um desdobramento, um laço do destino?
Ou simples ilusão em meu caminho?
Por um instante, vi-me através de teu olhar,
E o mundo, de repente, parecia desvendar.
Voltando à realidade, aos poucos, retornei,
Sem compreender o que experimentei.
Busquei-te, então, compreendendo o querer,
Descobri que vi, por um momento, teu jeito de viver.
Nuvem que passa devagar em céu azul, azulzinho... Aqui em baixo eu tenho um rio que corre também de mansinho.
Nuvem
A felicidade, está escondida por teus olhos. A névoa, de tuas certezas, encobrem a pura razão do destino. Somente quando o tempo se fizer, poderás vislumbrar o que não foi verdade. Porém, não deves se entristecer. Não foi por querer, foi por não saber.
A depressão é uma sombra escura,
Que paira sobre a mente cansada.
É uma nuvem negra que perdura,
E que deixa a alma amargurada.
É como um vazio que não se preenche,
Uma dor que não tem remédio.
É um labirinto sem saída,
Um abismo sem fundo, sem remédio.
A depressão nos afasta do mundo,
Nos deixa sem forças para lutar.
Ela nos faz sentir tão profundo,
Que é difícil até respirar.
Mas mesmo na escuridão mais densa,
Há uma luz que pode brilhar.
Há sempre uma chance, uma crença,
De que a vida possa se transformar.
Então, se você sente essa dor,
Saiba que não está sozinho.
Busque ajuda, peça socorro,
E encontre um caminho.
A depressão pode ser uma batalha,
Mas você pode vencê-la.
Acredite em si mesmo, tenha esperança,
E encontre sua própria estrela.
A verdade é como uma nuvem chuvosa que se acerca detrás da montanha, logo desaba por cima daqueles que a duvidaram.
Eu te vejo, Senhor, nesta nuvem que passa.
Eu te vejo, Senhor, na água que me hidrata.
Eu te vejo, Senhor, no sol que me aquece.
Eu te vejo, Senhor, na roupa que me vestes.
Eu te vejo, Senhor, no barco que pescas.
Eu te vejo, Senhor, na família que me destes.
Eu te vejo, Senhor, nos pássaros do céu.
Eu te vejo, Senhor, na brisa da manhã.
Pela chuva que cai,eu te vejo, Senhor.
Pelo vento que sopra, eu te vejo, Senhor.