Nuvem
ESPERANÇA
Um tempo fechado,
Um dia nublado,
O vento gelado,
Vem me encontrar.
A nuvem tão pura,
Que agora, escura,
Me lembra a amargura
Que em mim está.
O dia é tristonho,
E nada encontro
Parece um sonho
Que não posso acordar.
Feito uma criança
Fico na lembrança
Desperto a esperança
E volto a pensar.
Pra lua, eu vejo
Pra ela, almejo
Reforço o desejo
De te encontrar.
Por mal ou por bem
Eu penso em alguém
Será que também
Está a pensar?
Previsão do tempo:
Dos dias em que senti saudade
Dois foram de ti
Sumiste feito nuvem
[que o vento carrega
Errando a previsão
De que o dia estava para amor.
Estou tecendo a espera,
feitio de orvalho silenciosamente entregue a nuvem.
No futuro do presente, dia virá:
Tornar-me-ei a desaguar em tua pele.
O ser humano é uma nuvem que se perdeu do céu, sem encontrar o caminho de volta hoje segue destilando o seu fel!
Caçados e acorrentados, homens e mulheres, por um povo diferente, tribo de brancos como as nuvem do céu, traídos pelos nossos ao léu!
No barco um balanço tonteante, e o barulho do chicote constante, e eu sem saber, sem entender, escutava o choro e gemido de um povo que estava ali sem querer, o povo tirado de sua terra natal para servir como animal,
Pés e as mãos acorrentados, mulheres seguravam ali os seus filhos adoentados e desmaiados.
Só se escutava os grito e o barulho daqueles que nos fazia mal!.
O meu povo é guerreiro mas naquele momento, só choro e gritos de medo.
Gritos que perpetuaram por tal ação, longos dias afim com tanta trucidação, meus irmão irmãs sendo jogados ao mar, pois já escasso com que alimentar.
É sangue, sangue de preto, no chão aonde a noite me deito
Na calada da noite murmúrio, Meu Deus, Meu Deus, Por Que nos Abandonastes!
Criaturas Desalmadas, que além de tudo isso ainda fazia agente assiste a nossas mulheres serem violentadas.
É sangue, sangue de preto, no chão aonde a noite, me deito.
Preto sem eira nem beira forçados a dormir, sobre nossa própria sujeira
É sangue, sangue de preto, no chão aonde a noite, me deito!
De longe consigo ver terra firme!, uma ponta de esperança em meu coração, chegando, sou chamado de preto João!
Sinto a arreia entre meus dedos, e com o resto das minhas forças tento escapar, escuto um estrondo, e meu peito começa a sangrar!
Meu Deus, meu Deus porque me abandonastes, é sangue, sangue de preto na areia aonde por fim me deito!
Rumo
Às vezes ergo os olhos, interrogo
o seco céu sem urubu, sem nódoa
de nuvem: Deus,
que queres?
Que eu me atropele
com minha própria sombra, que embranqueça
meu dorso e voe?
A nuvem de Deus no deserto,estava de contínuo movimento,se você está de baixo dela, por que então parou,não é hora de parar contínua caminhando.
Um dia a pequena criança viu a nuvem e nela quis voar. Como doida pulava e obvio- jamais alcançaria . Resolveu formar com elas mil imagens que surgiam de sua fértil imaginação. Lá na amplidão azul mesclada de branco apareciam então mil carneirinhos, flores, dragões, barcos e monstros sem braços ...Depois esquecia de tudo e voltava a atenção aos pássaros que em revoadas passavam sobre sua cabeça no imenso jardim ou trilhas por onde andava. Com eles queria voar também e lógico não era possível, resolveu então vestir asas imaginárias e aos solavancos, descia rampas de gramados, achando-se uma sabiá. Até que rolou por uma ribanceira e feriu-se muito. Não desanimou, seus pés não se contentavam em andar apenas sobre o chão e vestiu asas de borboleta. Pelos prados sem fim, voava e ruflava, indo de flor em flor. Sabia todos os perfumes e texturas delas, mas um dia uma vespa predadora a quis pegar, ela perdeu uma das asas e caiu. Nunca mais voou e aos poucos morreu no jardim que amava. Não se deu por vencida, largou a fantasia de borboleta e virou vespa. Como essa, voava sem receio, apavorando borboletas, até que veio um pássaro e a comeu. A garotinha resolveu ser um pássaro e foi voando pertinho das nuvens e ali conseguiu por um instante tocá-las. Imaginou junto à nuvenzinha uma varinha de condão e como fada do faz de conta virou poeta para sempre.
O vento leva a nuvem e a desmancha
e muitas vezes a chuva cai,
a vida leva a gente e deslancha,
mesmo sem querer a gente vai...
Os mortos ouvem
o farfalhar das lágrimas,
sentimentos colidindo,
Nessa terrível nuvem
Me virei contra as expectativas,
Me rebelei contra os inimigos ricos,
Me distanciei da calmaria,
Me transformei em uma cruel melodia...
Agora, há morte apenas,
Se espalha pelas partes da minha vida,
Matando aquilo que toca
Amor, Dor, Tristeza, Sofredor
Sofri dor
Busco mudar, me encontrar,
Mas sou sozinho,
Nesse longo caminho
de dor
Tantas possibilidades e eu escolhi
Justo a vingança
Justa vingança,
Mas perdi tudo...
Mesmo que a salvasse das maldades
daquele que derrotei.
Morri
Na dor sucumbi
perdi...
Eu não sei de nada
Queria entender
O que existe pra ser eterno
Nunca é maior que uma nuvem
Que a paisagem na lembrança
Não, não entendo esta vida
A alegria fingida de dia
Da alma que acorda rasgada
O olhar que se fecha e divaga
Veneno cortante
De flecha zunindo
Esse ar que se rarefaz
Senta, sente assim
Cada gargalhada, cada passo
O sereno cansaço
Só pressa é quem cumpre a promessa
Aquilo que destoa
É coisa à toa que não vale a pena
Resta a alma ensimesmada
O chorar só pra si
Seu sorriso às avessas
A colheita da escolha fria
Plena, pequena, perfeita, vazia.
Edson Ricardo Paiva.
Sempre serei o sol.
Você é uma nuvem carregada, de um dia nublado, que me impede de iluminar e ver as pessoas, a cidade, a água do mar. O que me conforta, é saber que nem todo dia, é dia de chuva. E que eu sempre irei arder na pele daqueles que me procuram para sentir-se vivos.
Olhei para os céus e estrelas não conseguia ver
Uma nuvem densa impedia essa visualização, que ficou até entardecer
A minha volta cercado de pessoas, mas sozinho por dentro
No fim das contas só existe nós em nossos pensamentos
Um barulho estridente ouvi, no contexto, mal me senti
Por outro lado tive um objetivo, que foi concretizado
Ver meus estudantes (alguns), sendo premiados
Multidões me deslocam, sons estranhos me desagradam, talvez seja porque entre 4 paredes fui criado
Mais no fim, é que o mais importante foi legal
As coisas não são como pensamos, mas essa que é a graça do final
Final? Quem disse isso?
O único ser que sabe é o Criador Bendito
Continuarei a me esforçar para assim proceder: "as pessoas podem esquecer o que foi dito, mas nunca o que sentiram".
A presença de uma pessoa negativa é como uma nuvem negra e tempestuosa a encobrir a alegria de qualquer lugar. Faz acelerar o coração de quem está por perto e o desejo de encontrar um buraco para se esconder.