Nunca Gostei do Morno do Meio Termo
Esmagada e gasto pelo Tempo ;as horas tiveram secado o meu sangue e coberto o cenho morno
Com linhas e rugas; quando a sua fresca manhã as regras da insonia me sugam
Ascender à alta noite senil,
Minguarem, ou sumirem de vista, a possibilidade de se rei
Roubaram o tesouro da minha primavera; hó princesa minha
Por esse tempo agora eu me oponho e me desfaleço
Contra a faca cruel da confusa mentalidade as vezes infantil
Sem o ponto final eles jamais ceifará da lembrança
Na suavidade do meu amor, embora lhe tire a vida
Nestas negras linhas ficará a sua beleza, estampada com meu sangue
à decadência da idade; e o medo do fogo as altas torres são destruídas, e eu ainda continuo aqui
E o eterno escravo do metal entregue à mortal ira; de estar só
Ao ver o oceano faminto ganhar as pedras da minha alma
Vantagem sobre os domínios das encostas;
E a terra firme avançar sobre o braço de água, gota gota me sacio do oceanos
Equilibrando-se tal mudança de condição,
Mesmo insuportável não ensino a pensar a ruína:
Que o tempo virá e levará o meu amor "lagrimas' ou as laminas fará-me ver a nirvana?
Este pensamento é mortal, sem outra escolha?
Senão lamentar ter o que se temer ou perder
Por Charlanes Oliveira Santos
“A zona do “morno” é o espaço onde a alma adormece, onde a chama da autenticidade se apaga. A escolha pela autenticidade é o despertar da vida que clama por ser vivida em toda a sua intensidade.”
A temperatura do corpo é estranha. A gente acha que todo mundo é igual, meio morno. Mas cada um é de um jeito.
Nem azul nem rosa. Lilás talvez, transparente. Quem sabe?
Nem quente nem frio. Ameno talvez, morno. Quem sabe?
Nem cheio nem vazio. Meio copo de nada. Quem sabe?
Nem aqui nem lá. Perdido no caminho. Quem sabe?
Nem medo nem coragem. Inútil na Terra. Quem sabe?
Não sabe, não vê, não sente, não age, não crê.
Alguém há de saber, mas não se importa. Ignorou.
Tudo nela é intenso.
Morno com ela não rola.
Nem no café, muito menos no amor.
Pois ela é fogo que queima.
E mar onde quero mergulhar
E virar imensidão de nós dois.
O morno cansa...
O em cima do muro cansa...
O talvez cansa ..
O segundo plano cansa ...
A falta de reciprocidade cansa...
E quando a gente cansa meu bem... Nem reza brava da jeito!!!!
Sobre a sexualidade...
O morno pode aquecer, o quente arde a valer, o frio estagna... Mas sempre se pode aprender!
Enigma lírico
Em seu sorriso melancólico,
vi um fatalismo tácito
seguido de um silêncio morno
incompreensível
Subitamente
revelo-se o crepúsculo de um mito,
o fim da ilusão dolorosa...
A resseca dionísica do um festejo
carnal, onde quase virou apoteose
de um carnaval em Veneza...
Encenamos um ato da tragédia goethiana
a morte do sonho mascarado
que fez do mendico de Fausto
um Rei Lear, em seu apogeu
glorioso de terna insanidade e lucidez
antes da traição lírica da musa
ao poeta da divina comédia
do amor platônico.
Eu nunca gostei de nada morno ... nem de café, nem de banho , nem almoço, muito menos relacionamento ...comigo é preto no branco ..ou tá frio ou tá quente ... ou vai ou racha.. decide ou desse do muro ...
Entre o frio e o quente haverá o morno, e, simetricamente aos extremos há um centro. Encontrar uma dosagem ideal é uma virtude.
O homem indeciso perde o entusiasmo e se torna medíocre (morno).
Ele não aceita a mediocridade, a metade e nem o morno. Como podemos então viver no meio, no muro, na indecisão?
Prefiro que nunca entendam minha paixão do que entendam perfeitamente uma pacionalidade disfaçada de pacificação.
sabe quando tudo está nela?
e sem ela é tanto faz
é morno, frio e garoa
tudo tem seu fim
e ela parece que não
parece minha ilusão
sim, ela é um equívoco
ela é meu equivoco
meu frio, morno, minha garoa
mas ela acha que não.
O Sol de inverno,
agorinha mesmo
lindo e morno,
já está se pondo...
Os dias se sucedem
e voam...
Se eu pudesse
seguraria as horas , os dias...
talvez por que eu ame viver
e me sinta feliz
com o que a vida me traz.
Cika Parolin
QUEBRANDO O ENCANTO
O encanto é quebrado quando somos morno no amar, no sentir e no falar.
Deixamos de amar verdadeiramente os familiares por que não corresponderam nossas expectativas...
Deixamos de amar os amigos por pensarem diferente de nós...
Deixamos de amar os amores por esperar momentos que nunca acontecerão...
E aí desorientados amamos sem sentir...
Sentimos sem amar...
Falamos sem escutar.
Com tempo o desencanto chega, a vida passa, o tempo corre e, temos pressa no amar sem amor...
Por isso acalma o coração, busca no íntimo o sentido verdadeiro da vida que nos permitirá perceber que fomos criados para felicidade e que nos está reservado o melhor.
Quando amamos sem esperar sermos amados, sentimos sem que o sentimento seja sublime, falamos mesmo que seja só ao vento...
Deus que nos ama, nos sente e nos ouve, sustentará nossas emoções e NUNCA QUEBRARÁ O ENCANTO...
Paz e bem
AGOSTO NO CERRADO ....
Não é sempre está melancolia
o morno mormaço, esta fereza
de agosto, a secura que tristeza
no cerrado, agridoce dura poesia
Bela diversidade a sua natureza
um vendaval de cores e de magia
devaneio, como é vária sua beleza
e seu renovo, insistente teimosia
Dia e noite, noite e dia, feitiça fonte
vencedor de borrasca e de empeço
e lá se tem o pôr do sol no horizonte
Tão inarrável, encarnado, inconfesso
o qual da glória doura-me a fronte
ao arrostá-lo, pasmo e fulvo excesso ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/08/2020, 18’01” – Triângulo Mineiro