Nunca Gostei do Morno do Meio Termo
Nascida do fogo,
é chama acesa,
não se contenta
com o que é morno,
é uma mulher intensa
que aprecia sentimentos vivos,
abraços que lhe aqueçam
inflamando suas brasas
em seus momentos de fraquezas,
Ela tem um amor sincero, não fingido
e se isso não for compreendido
é provável que a percam
e recebam cinzas, não suas labaredas.
"Não gosto de nada morno, ou a coisa é quente ou gelada. Gosto da lua, mas amo mesmo o sol, aquele que arde na pele, porque pra mim dia de chuva só é bom se for pra ficar na cama, de preferência acompanhada. E esse acompanhamento pode ser um livro, daquelas leituras que você não consegue parar de ler, ou pode ser um filme, mas filme bom tem que me fazer morrer de rir ou de chorar. Adoro ficar horas no telefone, mas prefiro pessoa que fala e olha nos olhos. Gente com expressão, que dá risada alta, que gesticula para falar e sabe ser charmosa até quando chora. Gosto de viajar e conhecer lugares, mas odeio museus, pois adoro o ar livre. Sentar no banco da praça, piquenique, praia, modernidade, gente de hoje, roupa da moda, gírias do momento. Não me apego mais no passado e não tenho me importado com o futuro, como se não houvesse começo nem fim. Não perco meu tempo pra pensar ou achar explicação pra vida, só quero mesmo viver o hoje e ser feliz como se deve ser."
Não gosto de nada morno, mais ou menos, talvez, quem sabe... Sou intensa, mulher inteira, não me venha oferecer metades.
(...)"O sol morno de outono
clareia minha manhã amarelada.
E mais uma semana se inicia
ausente de tua presença.
Distante em horas,
querer perdido em pensamentos...
Escolho a cor da camisa
para o trabalho.
Destino atrasado
nessa minha pressa de você..."
Tenho fome de amor
Não um amor frio ou morno…
Fome de um amor quente
Que queima a língua
De lamber os dentes
Que não me faz rir
E sim que me dá gargalhadas
Que não me julga
Me entende e desabafa
Não quero um amor mudo
Quero ouvir seu corpo
Sentindo sua respiração
Olho no olho
Dormir acolhido por sua voz
Assistindo o tempo passar
Dia, tarde e noite
Em seus braços quero estar
Em frente à minha janela
Tem um gavião voando
Faz um voo tão morno
e voa muito mais bonito
que o avião mais moderno
Sei que é rapinagem pura
mas tudo que Deus Criou
Tem se portado muito bem
eu acho que o gavião tem
é todo direito de estar
voando e rapinar e planar
e voar de novo se quiser
mais bonito que seu jeito
Só existe no Mundo alguém
Que quero ver e não vejo
Eu Só alimento nesta vida
Um desejo
Voar como um Gavião
E voando a procurar
Te encontrar andando
no chão desprotegida
te carregar pro ninho
depois vou te mastigar
Com todo amor e carinho
Cotidiano
Quente, morno, frio
Preto, branco, cheio e vazio
Claro, escuro, fim do mundo
Sentido, amigo, eterno abrigo
Sorrir, brigar, deitar e sonhar
Contar, chorar, extravasar
Noite, céu, calor do dia
Nuvens brancas, chuva, agonia
Liberdade, linda felicidade
Paixão, amor, caridade
Criança, menino e menina
A paz, a bela, saudade antiga
Porta e janela a alma da Vida!
Eu sei que não há explicação, mas não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrelas. Me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar que sempre há uma explicação pra vida. Explicação de verdade nunca haverá, mas quem sabe o café quente, a boa conversa e a noite estrelada possam acalmar minhas reticências.
Melhor morto que morno. Uma vez findo ressuscita-se, renasce de novo. Uma vez morno, eterniza-se amorfo, quase sem vida, mais ou menos vivo, com certeza morto.
Amor de fato é fogo.
Esvaziei meus pensamentos nesse sábado morno,
Mas a intrépida imaginação não quis nem saber,
Sozinha em casa e alheia ao entorno,
Pensar em fazer loucuras com você me fazia arder.
As doces lembranças
Que te trazem o morno vento da tarde
Com a cara sorridente do Sol
As tranças nos cabelos
das meninas que passam apressadas
As taciturnas caras dos homens velhos
Parecem dizer que mais nada tem graça
Mas a palavra certa no momento preciso
Transforma tudo isso em sorriso
O voar dos pássaros
que hoje o vento trouxe
Enquanto secava a roupa no varal
A ideia nova que tudo isso lhe inspirou
Afinal, isso tudo não parece
Ser assim, de todo mal
E, se hoje ainda não o é
Te resta então, o amanhã
Aquilo que agora
o passado não mais esconde
Se torna um novo desafio
Naquilo que ainda não se desdobrou
Mas eu creio que já escolheste
A direção que desejais seguir
Não deixeis a tarde te atrasar ainda mais
Nem tropece na pressa que te invade
Tudo isso estava escrito
Acredite, então, em sonhos
Não importa nada a direção dos ventos
Siga tu, teu campo magnético
E corra devagar
Vá viver teu momento.
sabe quando tudo está nela?
e sem ela é tanto faz
é morno, frio e garoa
tudo tem seu fim
e ela parece que não
parece minha ilusão
sim, ela é um equívoco
ela é meu equivoco
meu frio, morno, minha garoa
mas ela acha que não.
Sou assim, o morno nunca me fascinou. Só quero ser feliz ao meu modo e ver o clássico “Eu te amo” materializado em gestos impensados, imprevisíveis, insanos e verdadeiros.
Enigma lírico
Em seu sorriso melancólico,
vi um fatalismo tácito
seguido de um silêncio morno
incompreensível
Subitamente
revelo-se o crepúsculo de um mito,
o fim da ilusão dolorosa...
A resseca dionísica do um festejo
carnal, onde quase virou apoteose
de um carnaval em Veneza...
Encenamos um ato da tragédia goethiana
a morte do sonho mascarado
que fez do mendico de Fausto
um Rei Lear, em seu apogeu
glorioso de terna insanidade e lucidez
antes da traição lírica da musa
ao poeta da divina comédia
do amor platônico.
Flutuam sensações...
O cheiro da maresia.
o céu anil,
o voo da gaivota,
o sol morno,
a brisa nos cabelos...
Seria coisa dos sentidos ou o coração
que se finge de lembranças
para brincar comigo?
Cika Parolin
No que posso me a pega? Meu mundo é diferente,as veses morno e as vezes friu. Adequa com que a balança que sou. Secretamente,exageradamente afogado pelo que me faz viver. Você!
Enquanto chove lá fora,
cá dentro de mim céu de outono,
de um azul de doer os olhos, sol morno
e o perfume das folhas caídas pelo caminho...
Cika Parolin
A utopia representa o medo do homem de residir no morno, de ficar sem o seu tão doméstico drama, a sua cômoda tragédia.
Viver em cima do muro não é serventia para mim. O morno apavora-me. Sou profunda e o que não nasce devagar e naturalmente, intensificando-se em cada rebento, não deve entrar no meu mundo. Quero diluir-me em cada ponto intenso da vida e infiltrar-me em cada película infinita do Universo.