Nunca Confunda Amizade com Liberdade
Pela dinâmica que anda nossa amizade,
não lembro de ter lhe dado a liberdade
enquanto me distraio, me abraçar na maldade
ou debochar (babaca) daquilo que prezo de verdade.
Sabe, dançar não exige experiência!
Exige apenas uma grande liberdade
e a ausência do medo do ridículo.
O pior de todos os medos é o medo do ridículo.
As pessoas mais felizes que eu conheço
não dão a mínima pra isso.
Na verdade elas vivem!
Dançam samba no lugar de valsa,
fazem amor sem receio de gritar, morder, revirar
e não se importam com o que os outros pensam.
Então, levante e dance.
Não se limite ao que chamam de amizade; sentir-se livre, errante, frustrado e suportar a convivência consigo mesmo é a real liberdade existente no encontro de almas.
Talves seja pelo facto de fazer amizades cedo. Sempre desejei ser, o que muitos nao querem ser. Enquanto fazer o que os outros me desejam, não farei com aquele amor e gosto.
A verdadeira liberdade sempre remonta responsabilidades mas não ter, é ignorância, desrespeito e falta de formação moral. Principalmente a atual juventude midiática age assim perante os compromissos. Em contra ponto só se deve dar prioridade a quem nos tem como prioridade em liberdade distante disto é libertinagem selvagem.
''NÃO HÁ...'
Não há fases para predizer o presente.
Sequer liberdade para abraçar o infinito derramado sob a terra em avesso.
Nada cíclico!
Para quê infância,
mistérios,
míseros sonhos exalando pelas mãos...
Inerte cenário!
Não há fotografias antigas para matar a saudade!
Nem pinceladas atuais tratando um novo destino.
Sem fotoperíodos para o crescimento do caule na alma.
Só evidencias regressivas estilhaçando desígnios...
Não há imaginário,
fantasias.
Apenas corridas contra o tempo.
Tudo opaco e vazio,
tal qual o eco de um desconhecido falando de razão.
Suspirando um novo espírito nos órgãos.
Sob a janela amarroada,
amparando vaga-lumes,
ausentes de lumes nas seguidas noites sem canções...
'LIBERDADE'
E quando algum dia tudo findar,
não serei religião.
Sem razão ou princípios abstratos.
Não mais serei terra seca,
emoções,
essências ou buscas.
Tampouco punhado de areia [fragmentado],
deixado aos cantos,
felicidade exilada ou resignação...
Não serei saudade nas alcateias que compartilhei.
Tudo sempre será como fora um dia.
Sem matilha,
o mundo será o mesmo.
Agora deitado ao chão,
Não quero donzela reascendendo paixão fúnebre ou amores de outrora.
Quero algo maior!
Não o luxo de uma consciência sem lume...
Liberdade!
As portas do primeiro choro cumprirão suas promessas.
Deverias vir sorrindo,
brancacenta,
sem foice nas mãos.
Mais pessoas precisarão serem libertas.
Sentir a calmaria do teu bafo quando a dormência ficar o coração.
Pode vir sem dó,
aduzindo ventos [galhas] e palmeiras...
Algumas emoções e o sentimento de liberdade, podem até nos permitir transpor desafios. Mas, se não existir o equilíbrio emocional, as atitudes toscas, rígidas e a ansiedade, não irão deixar que as habilidades se distancie dos mesmos hábitos presos no próprio casulo.
A lamentação, pode ser uma forma de não querer reconhecer a própria normalopatia.
Só quem já aprendeu a recomeçar sabe como é a delícia de não ter medo quando se percebe a proximidade do fim. Quando o presente é turbulento, só aumenta o anseio por um futuro diferente. Até porque, quem aprendeu a recomeçar, não se prende a amores catastróficos, nem mesmo aquele emprego de açoite, nem amizades inautênticas. Tem em si a liberdade de reconciliação com seu futuro.
Eu quero apenas um amor livre, que não tenha mordaças e nem esteja amarrado em mim. Eu quero um amor livre. Um amor que me deixe olhar pela janela, mergulhar nos rios, andar pelas estradas e abraçar as pessoas.
Eu quero um amor que não me odeie quando o meu coração pousar em outro coração e que não seja ameaça à minha livre e infinita capacidade de amar...
Porque amor é atitude e sentimento é paixão...
Recado aos Amigos Distantes
Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.
Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.
Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.
Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.
Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.