Nublado
Céu nublado em um domingo à toa, eu e você no sofá de boa, vou te amar e não vou me cansar, você me faz acreditar que tudo podemos realizar. Se tiver eu e você, para mim vai ser o suficiente. Pra sempre eu e você!
Tenho caminhado procurando estrelas em um céu nublado que me acompanha.
A tempos não vejo a lua nem sinto mais o sol arde em minhas costas. toda essa escuridão que a tristeza habitou dentro de mim
Inebria meus olhos, mesmo que não veja a luz, contínuo procurando alguma beleza na sombra desses passos carregados de saudades e muita luta. Ainda vou sorrir.
Paulorockcesar
OLHEI
olhei para a porta
esperando você entrar
olhei pela janela
estava nublado
olhei o celular
não havia notificações
você se tornou passado
apenas uma memória...
E assim foi
E assim foi, em um dia nublado, envolto em neblinas, em que o cinza e o branco do céu pareciam refletir a minha alma. Era como se o mundo chorasse junto, despedindo-se de algo que jamais seria o mesmo. O ar carregava uma melancolia densa e cada passo ecoava como uma despedida silenciosa, não apenas de uma pessoa, mas de partes de mim mesmo.
O luto é um processo profundo, que toca camadas de nós mesmos que nem sabíamos que existiam. Ele é cruel na dor que traz, mas também brutalmente honesto naquilo que revela: nossas limitações, nossos anseios mais íntimos, os pedaços que precisamos deixar para trás para seguir em frente.
Essa dor que sinto, palpável e invisível ao mesmo tempo, é algo que não consigo explicar. É algo que não posso tocar, mas que, paradoxalmente, me toca em cada partícula do meu ser. Não desejo esse sentimento a ninguém, nem ao meu pior inimigo, nem àqueles que causaram mal a outros. Porque é uma dor que consome, que nos obriga a enfrentar o que não queremos ver, mas que é necessário enxergar.
Ainda assim, há algo profundamente transformador nela. Essa dor, que parece insuportável, me força a compreender que há um propósito, mesmo que cruel: desconstruir para reconstruir. Rasgar as raízes velhas, mesmo que os espinhos cortem nossas mãos e deixem cicatrizes, para abrir espaço para algo novo. Mesmo que o novo ainda seja um pedaço de papel em branco, ele nos dá a chance de escrever e ditar nossa própria história.
Foi assim que percebi que as lembranças do passado, por mais belas ou dolorosas, não podem mais ser o que me ancora. Elas foram importantes, únicas, mas não definem o que sou agora, nem o que preciso ser no futuro.
A despedida dói. A perda dói. Mas no espaço vazio que elas deixam, há também a possibilidade de algo novo florescer. Eu não sei o que virá, mas sei que não quero mais carregar o peso do ontem no presente que estou tentando renovar, sem substituí-lo, mas sim transformá-lo.
E assim foi. E assim será, pois essa é a nossa história.
Carregar a angústia do amanhã enquanto o presente pesa é como caminhar por um horizonte nublado, onde a esperança se esconde, mas nunca desaparece por completo. Mesmo nas lágrimas silenciosas, existe um pequeno sopro de força que me lembra: a tempestade passa, e o sol sempre volta a brilhar.
09 de Janeiro.
Bom dia.
Hoje, o céu amanheceu nublado e não há nada de errado com isso, mas, algumas pessoas reclamam desse clima. Será que nosso humor também fica cheio de nuvens com esse fato? Será que não podemos escolher não reclamar faça chuva ou faça sol?
Faça valer a pena.
A vida..
A vida é engraçada, quando pensamos que estar tudo nublado o sol da seu ar das graças para iluminar os seus pensamentos e dar seguimento para a sua vida.
E exatamente no dia 15/01 olhei para o céu e enxerguei somente nuvens e sem a certeza do ar da graça do sol, derepente surge no portão um lindo sol com um belo sorriso, sim ele apareceu radiante para trazer o brilho e a alegria.
Esse sol tem nome, endereço e um talento incrível.
Mas não consegui me aproximar desse sol, pois o seu brilho é reluzente e cativante.
Queria ser a Lua para ao menos 2 vezes ao dia ver o seu brilho acordar e adormecer.
Boraaa laaaaaa Sextouuu
Gilmar Bortoletti
Dilúvio
Olhei para o céu nublado
com os meus olhos também nublados.
O tempo fechado.
O coração machucado.
Tudo anunciado.
O meu dilúvio havia chegado.
Por vezes fui levado.
Caminhando triste, angustiado.
O dilúvio não cessava.
Os meus olhos, cansados ficavam.
Por dias e noites na chuva eu me vi.
Mergulhado em lágrimas que só eu via, só eu sentia.
Mergulhado na saudade que me invadia,
em medos e incertezas que não partiam.
Preso à angústia que me afligia.
E mesmo que eu tentasse sorrir
para afastar o que eu sentia,
no fundo eu sabia
que ainda sim dilúvio eu seria.
RECIFE NUBLADO
Fortes chuvas, mês de junho.
Na neblina, amanheceu.
Onde é que está o Sol?
Ele desapareceu.
O céu todo acinzentado
de um Recife nublado
que o tempo esqueceu.
Lembrem-se que mesmo não conseguindo enxergar o sol num dia nublado ele sempre estará ali nos aquecendo. Assim acontece com Deus para conosco.
Eu acredito
Eu acredito no seu sorriso, você sabe,
como quem encontra sol em dia nublado,
um brilho que surge, sereno, suave,
como flor que renasce num campo alagado.
É mais do que apenas um gesto ou sinal,
é força que acalma e resgata o meu ser.
Um riso que é puro, sincero, leal,
capaz de meu mundo inteiro aquecer.
Eu acredito no seu sorriso, sim,
como quem crê no amanhã que virá.
Ele é farol, guia e jardim,
a luz que em minha vida sempre estará.
SimoneCruvinel
Era época de verão
E o coração inverno
O sol raiava o dia
E a lua?
Acompanhava um céu nublado...
Era época de verão
E a alma primavera
E as nuvens carregadas
Em um solo fértil...
Era mês de março
O verão ainda presenciava
O nascer das rosas,
E o jardim acompanhará em si,
O nascer de suas...
O nascer do encanto
O nascer do sol
O nascer das rosas
Que em março florescem...
Era época de verão
E as flores outono
Observará a germinação das rosas
Acompanhará a primavera
Que no jardim florescem...
Era época de verão
Onde, o outono partilhava as rosas
De março,
O outono e o inverno?
são comumente associados a uma época de melancolia
Era época de verão
Com o fim do verão,
Hoje é o dia de dar oi ao outono,
Essas é uma ótima estação
Para a primavera,
Aproveitar o dia sem sentir o corpo cansado.
Apreciando as rosas
Colhidas por outono no verão de março.
Tô no sol, de repente entro na tempestade, passo pelo nublado, anoitece, volto pro sol de novo... a vida é louca.
SONETO SILENTE
Dia nublado no cerrado com ventania
Nostalgia nos olhos alumia o nebuloso
Tal como folha seca me sinto fragoso
Na brisa árida dum céu de monotonia
Range o peito num cântico escabroso
Apofântico, sem firmamento na poesia
Num par romântico de solidão e euforia
Tal chuva escassa no sertão sequioso
Alvorecer sem brilho e luz com alegria
Trazendo imenso sentimento saudoso
E na disposição uma tão nada ousadia
Caminho soturno neste vazio rigoroso
De chão cascalhado e de desarmonia
Que o silêncio comutou, vinho precioso
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
Em um dia nublado na cidade de São Paulo, eu estava em um prédio alto, parado, olhando pela janela.
Depois de um bom tempo observando, comecei a ter lembranças do meu passado e de uma garota que conheci. Uma garota por quem eu tinha muito carinho. Ela era minha amiga, não era muito bonita, mas tinha algo que me agradava e cativava desde o momento em que nos conhecemos.
Eu sempre a procurava, tentava agradá-la, e fazíamos de tudo juntos. Com o tempo, percebi que tudo o que eu fazia parecia não ter importância, era como se fosse algo não natural ou até insignificante para ela. Isso até o momento em que ela começou a me desprezar e a me evitar.
Doeu perceber que nossa amizade não era mais a mesma. E doeu ainda mais vê-la se entregando, fazendo de tudo para agradar outro alguém, um desconhecido.
Enquanto olhava a cidade e lembrava dessa garota, comecei a perceber uma semelhança entre ela e a cidade de São Paulo.
Eu a vi se entregando a alguém que tirava o seu melhor, sua essência, sua inteligência e não deixava nada em troca.
Ela se tornou feliz e pobre, bela e vazia, maquiada e feia, enérgica e autoritária, tanto por dentro quanto por fora. Ela se entregou a alguém que não a valorizava e nada lhe devolvia.
Quanto à garota, nunca mais a vi. E fui mais feliz assim.
Quanto a essa cidade... um dia ela foi a minha cidade.