Notas
Inveja é uma necessidade de evolução, energia dos ratos que insistem ser seu o lugar, notas de faltas angular, camuflando pegadas, comendo migalhas ultra-passadas pelo tempo.
Temperos transformam se em notas músicas em uma junção de aromas e sabores compõe se uma ópera gastronômica.
Notas de recepção aos graduados pela percepção, seja de bem emitida, embora bruta sejam guarnecidas.
Antídoto que confere sustento ao Ego, compaixão do cálice Anrita, derrame as notas de vossa frequência, na literalidade dos versos in-verbos, conferido nas estórias que dão vida em volta.
RIMA SEM FIM
Aquelas notas soltas
voando no amontoado falso
flutuam pelo mundo rasgado
pelos passos do grande brado
colorindo o nosso fim...
Notas fugida dos bolsos
levadas pelo arrogante esquema
se perdem por outros temas
marcando a falência daqui...
Fortificando o nossos faquir.
Aquela nota solta
pelo sereno d'aquele jardim
passo a passo marca o tango
de um tinido sustenido
em um timbre tom de querubim.
Vão gingando pelo espaço
da eternidade d'um salon...
em fandangos de vida breve
vão leve no pirim-pim-pim
no tic-tac, tic-tac... Tic-tac coração.
Passa breve pelos entregues
o restegui d'uma nota assim...
Marcam espaço no universo
pela pauta da musica e o confesso
nos versos da rima sem fim.
Antonio Montes
Fotografar é transformar notas musicais em imagens. É enxergar pelas frestas dos cílios as cores das palavras inaudíveis. É ver uma imobilidade emoldurada pela história dos dias e pela soma dos tempos. É desenhar uma emoção com a luz.
O RANCHO
Uma casa bem pequena
com janelas p'ro terreiro
orações sem ter novena
notas simples de um poema
banho de sol ventos inteiro.
A fumaça do seu café
cheiro do fogão de lenha
radio de mesa antena
interior da casa pequena
simplicidade ali é plena.
Uma casa, sim, pequena
calma chuva no oitão
reina a calma serena
poça d'água, vento pena
molhando o coração.
É lá no vale da serra
bem no centro do sertão
o natural por lá impera
o cheiro é como fera
espantando a solidão.
Antonio Montes
ACALANTO DA NOITE
Chover sem horas
adormecer aos sonhos...
Notas dedilham um violão
uma canção, de abandono.
Braços sobre a lua
suspiro a voar na rua
as luzes se fecham ao sol
a felicidade continua.
Orvalho ao alvorecer
as flores no jardim
o choro calou a noite
o silencio surgiu no fim.
Antonio Montes
Notas
Do Dó ao Ré, use a fé.
Do Ré ao Mi, nada pode te substituir.
Do Mi ao Fá, obrigado pela presença.
Do Fá ao Sol, te trouxe um Girassol.
Do Sol ao Lá, experimente amar.
Do Lá ao Si, vou dividir um pouco do que
eu aprendi.
Do Si ao Dó, voce não está só.
Conheço muitos amores platônicos escondidos em notas subjetivas que são mais verdadeiros que muitos namoros por aí.
Nos temos os ingredientes e a entonação harmoniosa, somos notas suaves e graves, que unidas combinam e formam uma canção de amor perfeita
Com teu nome faço notas.
A canção toca docemente em meu coração
com um canto suave e feliz.
A cada dia percebo o quanto sou sua e o
quanto anseio seu amor.
Desencontrada encontrei-te.
E o amor já não era meu, nem seu.
O amor misturou-se.
___ Lene Dantas
O último suspiro.
Tocava em altos acordes
Notas e sons intensos.
Fazia jogos, e ganhava todos.
Onde impossível se torna real,
E a lua só é um ponto.
Rios não correm mais
E águas dão sede.
Atrasando mais ainda o entendimento,
As nuvens se escondiam,
O brilho voraz do rosto já se extinguia.
Os lábios arroxeados de palavras não ditas.
Corpo inerte.
De repente se mexe.
Não mais acorda.
Servo absoluto de si mesmo.
O último barulho parece uma leve brisa,
daquelas que não ventam mais.
O outro som, é o silêncio eterno.
Notas de amor..
De uma forma inusitada penso em ti..
Lembro dos nosso momentos de amor..
Espalhando carmesin nos meus dias
Me refaço a cada novo dia..durmo!
E acordo em ti,com teu cheiro,com teu gosto!
penetrado em mim!
Que nem alma penada vagando pelas ruas,
escrevendo notas sobre coisas que ninguém escuta.
Morrendo a cada trago ou gole,
andando sozinho para que não me roubem a sorte,
de sozinho estar.
A cada palavra escrita é um demônio que se aquieta,
buracos e pedras, não tenho com quem reclamar,
me deixe sozinho ou me traga um taça de vinho e poderemos conversar.
Dedos sujos, vocabulário imundo,
vista grossa ao mundo, me deixe por cá,
não me juntarei ao grupo,
o dragão no escuro, só sai para se alimentar.
O vento leva, o vento traz,
segundos somam dias,
e ela me dizia,
que eu deveria me cuidar.
O que pensar?
Amigos desaparecem,
o copo esvaziou,
sozinho aqui estou e
sozinho irei ficar.