Nostalgia da Infancia Perdida
A saudade é uma borboleta que pousa na flor do tempo em dias de nostalgia e nos traz memórias lindas.
A saudade de ser "locão" ou "locona" reflete uma nostalgia por momentos de desprendimento e liberdade, onde a espontaneidade e a alegria de viver eram as únicas bússolas. Essa sensação remete a tempos onde as preocupações eram menores e a disposição para se jogar nas aventuras da vida parecia inesgotável. Importante é reconhecer que a loucura boa, aquela que nos faz sentir vivos e conectados com o mundo de forma autêntica e vibrante, não tem prazo de validade. Ela pode se manifestar em diferentes formas e intensidades ao longo da vida, adaptando-se à nossa evolução pessoal e às circunstâncias. Permitir-se momentos de descompromisso, de riso fácil, de fazer algo inesperado ou simplesmente viver com menos rigidez, são formas de manter a chama dessa loucura boa acesa, independentemente do gênero ou da idade.
Não, o passado não era tão bom assim
Os tempos sempre foram difíceis
É a nostalgia que está distorcendo a sua visão da realidade
O mundo sempre foi um lugar complicado
Sabe do que você realmente sente falta? Da pessoa que você era
Da sua juventude
De quando você ainda não tinha passado por tantas decepções
De quanto você via tudo com um olhar mais otimista, focado no presente, sem tantas preocupações
Independentemente do que seja, talvez seja bom manter essa visão positiva do passado
As boas lembranças nos mostram que viver vale a pena.
Que apesar de tudo o que aconteceu, há muita coisa para aproveitar
Pessoas para amar
Lugares para conhecer
E uma vida inteira para viver com intensidade.
O delicioso sabor da Nostalgia
Num domingo preguiçoso, o aroma de bolo de cenoura invadiu a casa, despertando lembranças há muito adormecidas. O cheiro, doce e reconfortante, flutuava pelo ar, como uma canção suave que ecoava pelos corredores e reavivava memórias felizes.
"Ah, que cheirinho maravilhoso!" exclamou minha avó, com um sorriso de contentamento ao abrir o forno.
Aproximei-me, sentindo-me envolvido por uma onda de nostalgia. "Lembra quando fazíamos esse bolo juntos, vovó?" perguntei, me perdendo nos recantos do tempo.
Ela assentiu, os olhos brilhando com a lembrança. "Como poderia esquecer? Você sempre foi meu pequeno ajudante na cozinha."
Juntos, mergulhamos naquelas lembranças preciosas. Misturamos os ingredientes com cuidado, compartilhando histórias e risadas enquanto o aroma delicioso se espalhava pela casa, enchendo cada canto com promessas de conforto e alegria.
"É incrível como um simples cheiro pode nos transportar para o passado, não é?" comentei, sentindo-me aquecido por dentro.
Minha avó concordou, um brilho de saudade nos olhos. "Sim, querido. Os sabores e aromas têm esse poder mágico de despertar emoções e memórias que pareciam perdidas no tempo."
Enquanto mordíamos os pedaços macios de bolo, cada mastigação era acompanhada por um coro de lembranças. Recordamos os dias de verão na casa da avó, onde o aroma de delícias recém-saídas do forno era uma constante.
"Você sempre teve um talento especial para fazer esse bolo", elogiei, saboreando a textura macia e os pedaços de cenoura que derretiam na boca.
Ela riu, uma risada suave que parecia carregar consigo todo o peso dos anos de experiência. "Ah, meu querido, a receita é simples. Mas é o amor que torna tudo mais especial."
Enquanto conversávamos e nos deliciávamos com cada garfada, o tempo parecia desacelerar. É como se estivéssemos em um momento intemporal, onde o presente se misturava com o passado em uma dança harmoniosa de sabores e memórias.
Ao final da tarde, com os pratos vazios e os corações cheios, olhei para minha avó com gratidão. "Obrigado por compartilhar esses momentos comigo, vovó. E por me ensinar que a verdadeira magia está nos pequenos prazeres da vida."
Ela sorriu, um sorriso que iluminava todo o cômodo. "O prazer foi todo meu, querido. Sempre que quiser relembrar esses momentos, basta assar um bolo de cenoura e deixar que os aromas nos levem de volta ao passado."
E assim, com o coração cheio de lembranças doces como o bolo que compartilhamos, saí da casa da minha avó, sabendo que aquele dia se tornaria uma memória preciosa a ser guardada para sempre, como um tesouro escondido nas gavetas da minha mente.
Saudade, doce e amarga, que invade o peito,
Um eco silencioso de momentos já desfeitos,
Nostalgia que transcende o tempo e o espaço,
Um laço invisível que mantém vivo o abraço.
No pulsar do coração, a saudade se entrelaça,
Um suspiro que ecoa, trazendo memórias à tona,
Em cada ausência, um sopro de melancolia,
Um vazio preenchido pela saudade que arrepia.
É na saudade que o passado se faz presente,
A eterna dança entre o que foi e o que está ausente,
É o elo que une o que já foi e o que será,
Na saudade, encontramos a essência do amar.
Um sentimento que transcende a própria existência,
Na saudade, revivemos momentos com persistência,
É a ponte entre o que se foi e o que ainda está por vir,
Um elo eterno que nos faz sorrir e também sentir.
É na solidão que a desolação tem resposta, depois sentimos abandono, fastio, nostalgia, tantos sentimentos nos assolam, somos como flores efémeras, e no silêncio também é onde escutamos a morte que é tão velha como nós, vamos perdendo o ruma das palavras, fica a memória num labirinto, porém sempre a Poesia se impõe.
Há um tempo atrás, eu me lembrava de você com saudades, com uma nostalgia bonita do que foi sem nunca ter sido. Hoje, nas raras vezes que penso em você, eu sinto saudades de mim, da pureza que você levou, dos meus sonhos que você matou e do horizonte que se estendia à minha frente cada vez que eu abria as janelas da alma e olhava pra dentro de mim.
Sopro da saudade
Senti o vento
Que traz nostalgia
Sensações únicas
Preciosidade simples
Abraça um tempo que não volta.
Pureza e Nostalgia
Na música
Louvamos
Amamos
Esperamos
Recordamos
Toma forma
O espírito
Em vibrações
Capta
Transmite
De forma
Singular
O âmago
Da mente
Da alma
Vibra-se
Em voos
De fantasia
Depois veio
O verão e veio o medo
Desceu de seu castelo até o rochedo
Sobre a noite e do mar
Lhe veio a voz
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço
Meu tempo é quando
De onde a árvore do castigo
Dará madeira ao patíbulo
E de onde os frutos da paz
Tombarão no chão da guerra
Saudade x Nostalgia...
Nostalgia é o mal estar que se tem ao perceber a impossibilidade de reviver certos momentos da vida.
Diferente da saudade a nostalgia aumenta ao entrar em contato com sua causa.
Quando sentimos saudade de alguém ou algum lugar, este sentimento é aliviado ao reencontrarmos este alguém ou visitarmos este lugar.
A nostalgia, ao contrário, se agrava ao reencontrar alguém de quem sentimos falta de conviver da maneira que convivíamos antes...
No reencontro o sentimento nostálgico irá se alimentar e não diminuir como a saudade, pois lamentamos ainda mais a impossibilidade de reviver aqueles momentos naquele lugar ou com aquela pessoa...
Estou nostálgica dos meus avós...
Nostalgia e a Saudade
Ausência
Eternamente
Presente
Sabe
A nostalgia
Contagia
Saudade
Riqueza
Que se junta
Saudade
Não
Se mata
Não
Se cura
Saudade
Dádiva
Divina
É coisa boa
Quanto mais
Melhor que
Nostalgia
SAUDOSISMO, NOSTALGIA
O tempo passa para todos, e quem não morre cedo fica mais velho.
Muito se vê de pessoas com 70,80,90,100 e até mais.
Estou chegando aos setenta, lembrando de minha vó Zula que nos deixou já faz quase 30, de minha minha mãe que nos deixou a quase 40, de meus avós paternos que nos deixaram há quase 70.
Aos 90 dizia, não tem mais ninguém de minha era.
Estou só aos 70, mas já começo enxergar mais para traz do que para frente,
E ver que muitos que comigo viveram, já não estão mais aí.
Pensar Obsoleto -
A melancolia dos dias desviados
cheios de nostalgia,
cheios de amargura e de silêncio,
enchem-me a Alma de Poesia e
resiliência ...
Nem consigo respirar ...
Vejo-me sufocado ...
Sinto-me vazio...
Caminho indiferente - nem sei onde!
Ora vivo ora morto em meu pensar
obsoleto.
E sou tão pouco, eu que julgava ser
tanto ... debalde ... não sou nada!
Cheira-me a incenso ...
Óh Senhor ... envolve-me o corpo ...
veste-me a Alma ... purifica-me o
Espirito ... salva-me de mim mesmo
que me vejo morto e abandonado,
cheio de poesia e desenganos,
num leito glacial de moribundo!
Meu coração está desejoso de boas novas, de tudo que flutua no peito.
Sou feita de nostalgia, de captar coisas boas que já se passaram.
Eu não me importo de vez em quando destravar o cadeado e abrir aquela caixa de memória.
Muita coisa foi colocada à prova. Muita coisa eu não renovei. Mas acho que remocei, acho que aprendi a subtrair a dor e a dispor de mais calor humano.
Eu insisto nas coisas em que acredito, insisto em mim.
Não está tarde, não está cedo. Não sei qual o próximo sentimento, mas sei que aqui dentro é bom, ainda é algo que me faz crescer.
Por vezes, sou ingênua, insegura, inconstante.
Mas nada como dar um passo por vez. Vou aprendendo aos trancos e barrancos sem sucumbir.
A cada dia mais eu compreendo as coisas que coloco em meu amém.
@amiga100juizo✍️
Nas asas do tempo, a nostalgia suspira,
Momentos vividos, o coração ainda inspira.
Teu sorriso radiante, luz em noites escuras,
Nossas mãos entrelaçadas, memórias tão puras.
No eco suave do passado que ecoa,
O amor que vivemos, eterna pessoa.
Nostalgia que dança, como folhas ao vento,
Em meu peito, és o eterno sentimento.
Nostalgia
Passado é tudo o que ficou pra trás nas nossas vidas. Ele é o dono de todas nossas memórias, junto com suas sensações e sentimentos. É normal sentir falta de um pouco de passado no nosso presente.
Quando sentimos falta do que já passou, o passado pode emprestar ao presente uma lembrança ou outra e podemos reviver um momento dentro de nós.
Podemos ser inundados da mesma felicidade que sentimos enquanto tudo aquilo ainda era presente. Ou ser afogados pela tristeza de saber que nenhum desses momentos vão voltar. Não é algo voluntário, nem programado, simplesmente acontece.
São dias e dias. Dias que sentimos gratos por cada pequena lembrança. E Dias em que cada uma delas faz doer.
Espero um dia conseguir ser grata mesmo quando as lembranças doem.
05.08.18
Serenata
Horas altas da madrugada, a lua lá fora
Vertendo nostalgia, sussurrando agonia
Na imensidão do azul do céu, vem o dia
Que entre o silêncio, o rumor, faz a hora
Sinto a solidão que de cadência fantasia
Uma harmonia de recordação de outrora
Tal suspiros de violão que d’alma implora
E, que no amanhecer é prostrada poesia
Esta melodia, inquieta, enfada, peregrina
Cheia de sentimento e sensação em ruína
Aperta, invoca e, sufoca toda a suavidade
Então, passa a gemer o sossego, tão aflito
No espírito da noite, num cortante grito...
Numa serenata triste... chora a saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/10/2023, 04”48” – Araguari, MG
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