Nostalgia da Infancia Perdida
Quero esquecer...
Que me perdi
Que me magoei...
Perdida e confusa,
Sinto agora um profundo amargo...
Um gosto amargo mas, em nada desconhecido...
Deambulo por entre caminhos sem sentido.
Dou passadas largas envolta de pensamentos,
Em desejos que desejei
Em sonhos que sonhei,
Que sabia, não se poderem realizar...
Que esperava eu?!
Enfim, tonta
Sou ainda sonhadora num mundo de frieza.
Falo tanto em acreditar...
Que esqueci de acreditar em mim
De me precaver contra esta dor, a solidão
A desilusão...
Sou culpada sim,
Eu criei-te dentro de mim, somente.
Talvez, esteja procurando o que ainda não existe
Talvez, esteja desejando o que ainda não foi construido
Talvez, tenha pensado ter descoberto alguém que não existe
Talvez, seja ainda menina neste mundo de sentimentos crueis...
Somos responsáveis pela expectativa que criamos sobre alguém logo, também pela dor que ela nos causa.
Sinto-me perdida
Confusa
Perdedora
Frustada...por não saber reverter esta situação, este sentimento.
Tenho medo de uma vez mais, me perder
...no meio da multidão.
AME S2
Simplesmente ame. Ame a lembrança que se tem da infância, aqueles mil e um roxos nos joelhos e os primeiros passos de patins.
Ame quando você for criança e achar que seu pai é o maior homem desse mundo, mas ame mais quando você descobrir que ele é, sim, o mais importante. Ame o abraço de uma amiga verdadeira que você descobriu e que, juntas, vocês conquistaram o mundo apenas sentadas de baixo de uma árvore. Ame quando você descobrir que não existe só uma amizade assim, e que, no decorrer da vida, você descobre que cada pessoa passa por você na fase certa, fazendo dela única naquele momento. Ame um sorriso seu, mas ame mais um sorriso pra você. Ame a primeira flor e bombons que você ganhar, guarde a caixa e suspire inúmeras vezes quando olhá-la. Ame aquela ligação de madrugada das suas amigas berrando e dizendo que amam você. Ame mais ainda aquela outra ligação, no começo da noite pra te desejar um “dorme bem”. Ame o abraço da sua mãe depois de uma longa conversa sobre amores e amigos. Ame aquele domingo em família. Ame todos os seus aniversários. Ame as borboletas, mas ame mais quando elas voarem dentro de você e aí, sim, ame. Ame e ame demais seu pai e sua mãe em todo o momento. Ame suas primas. Ame aquelas férias de uma semana a qual você conheceu pessoas eternas. Ame aquela velha e boa amiga do tempo de criança que diz “eu sempre torci por você” a cada derrota ou vitória sua. Ame a saudade, mas ame mais ainda a hora de matar ela. Ame crianças e bagunça e cães é claro. Ame e festeje o pôr do sol, mas ame mais ele nascendo. Ame o primeiro amor, e encontre o segundo para amar ainda mais. Ame uma festa até às seis da manhã, mas ame mais o dez que você tirou na prova que vinha na manhã seguinte. Ame sua sorte, seu cabelo e seu perfume. Ame o sol. Ame as suas músicas. Ame seus medos, ame o que passou o que está acontecendo e o que está por vir, apenas ame... E depois de um tempo que você amar, se amar... comece tudo de novo, mas dessa vez, faça diferente, ensine alguém a amar... você! ;*
[As falsas Recordações]
Se a gente pudesse escolher a infância
que teria vivido, com enternecimento eu não
recordaria agora aquele velho tio de perna de pau,
que nunca existiu na familia, e aquele arroio que
nunca passou aos fundos do quintal,
e onde íamos pescar e sestear nas tardes de verão,
sob o zumbido inquietante dos besouros...
Numa cidadezinha perdida, dois malditos que se reconhecem nem que seja necessário sequer falar sobre isso. Uma cumplicidade muda, e tão secreta que, penso, talvez você nunca tenha percebido. Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.
Eu só estou perdida e não consigo mandar nenhum S.O.S., ninguém sabe onde estou, largaram meu corpo em cima dessa cama e ninguém me procura.
Nostalgia
Sei que em uma tarde ensolarada de terça-feira, daqui talvez uns 30 anos, sentirei saudades destas paredes tão silenciosas que assistem o meu adormecer há anos. Não minto quando afirmo que reclamarei a falta do aroma dos lençóis que agora me cobrem, lavados pelas mãos da minha mãe, assim como do travesseiro que a tanto tem sido feito de lenço de seda, nos momentos em que as lágrimas não podem ser contidas e caem como tempestades no final de um dia quente.
Não sou capaz de descrever o que despertou tal desejo de perceber o meu cotidiano, talvez no fundo, inconscientemente até o saiba, mas arrisco dizer que há uma grande chance que a causa deste olhar manso e amoroso pelo o que me cerca, por tudo o que está ao alcance das minhas mãos, esteja intrinsecamente relacionado ao tempo, pois ultimamente tenho pensado muito nele.
Às vezes, fico sentada na escada observando os cabelos brancos dos meus pais, que não me deixam esquecer que não sou mais aquela criança (por mais que deseje voltar a sê-la), e não posso negar que sinto medo do ponteiro do relógio que corre, dia após dia, noite após noite, sem parar por um único instante. È fato, todos nós estamos envelhecendo, dormimos mais novos e acordamos mais velhos, mas tenho a impressão que está passando tão rápido.
Parece que foi ontem que fiz dezoito anos, e agora, falta pouco para ter mais de um quarto de uma década; envelhecer não me assusta se de repente me olhar no espelho e ver uma linha riscando a minha face vou entender que são as marcas dos dias já vividos tomando forma, diante de mim; o que me apavora na realidade é o medo do que ficará para trás, do que poderá não seguir comigo, do que deverei deixar e de um dia acordar e ter certeza algumas coisas não voltaram jamais.
Dizem que não se deve pensar no futuro, mas talvez seja necessário, para podermos dar mais valor ao presente, e é isto o que estou fazendo, presto atenção a cada detalhe, não me canso de olhar as velhas paisagens, porque sei que hora ou outra, elas irão desaparecer, e só poderei as reconstruir nas entrelinhas da minha memória.
È de extrema importância valorizarmos todas as coisas, por mais simples que sejam, antes de perdê-las, como também não devemos viver no temor do que há de vir, e do que será, em detrimento do presente, nós só podemos optar por um dos verbos, o presente ou o passado.
E assim vou vivendo, nesta nostalgia, mergulhado nas incertezas do amor, refém de um amor platônico. Um homem apaixonado se torna um poeta, transforma o amor na sua fonte de inspiração, faz o seu amor se tornar o seu mundo, mas nunca transforma o mundo no seu amor.
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
Qualquer madrugada dessas você vai se sentar em algum lugar com completa nostalgia de ser feliz, daí é só dizer "Garçom, por favor, desce um champagne"
A nostalgia nos deixa triste porque nos faz lembrar de algo bom que aconteceu, e acaba criando em nós a expectativa de que aquilo aconteça de novo, mas no fundo temos consciência de que jamais voltará a acontecer.
Depois de tanto fazer tempestade estou branda novamente. É uma nostalgia maluca, que hora me deixa calma a pensar, e outrora desesperada a gritar socorro para quem tiver coragem de se aproximar. Hoje eu escolho o que é certo ao invés do que é fácil, hoje eu digo não pra tudo que não for de coração.
Sobre os velhos amigos
Muito mais que qualquer nostalgia barata de um reencontro despretensioso ou a simpatia de uma rápida conversa diplomática, são as lembranças que tenho a respeito de quem passou por minha vida: os velhos amigos. Eles são cicatrizes benignas feitas por pessoas que, usufruindo de toda a liberdade que têm, deixaram com que a intersecção de nossas histórias existisse.
E eu quero lhe chamar a atenção aqui porque, quando digo história, estou falando do acumulado de experiências, acúmulo de encontros e desencontros da vida colecionados em um indivíduo, de forma que seu caráter, personalidade, espiritualidade e ideologia se fazem frutos desta dita história.
As sobreposições que sofri pelos meus velhos amigos me permite ver, talvez só aqui na frente olhando para as fotos, que a vida foi boa de ser vivida com eles; me permite ver que, como diria Spinoza, o encontro fraterno de nossas almas gerou ganho potência, o que ele mesmo traduz como felicidade.
Aos meus antigos amigos dos enes lugares pelos quais passei, a cada um deles, eu sinto a falta de vocês. Obrigado por permitirem o nosso encontro. Com vocês eu ganhei potência, eu palpei a felicidade. Com vocês vivi momentos dos quais não queria que acabassem e compartilhei lugares dos quais não queria sair.
Não é Nostalgia ,
é apenas a realidade
de um sentimento incompleto
e falta de verdade.
Uma dor no coração
um desejo emocional
um sentimento dolorido
que no homem é fatal.
O passado se desfaz
o futuro se estende
o presente se acaba
mas não sei o que se entende.
O coração é um motor
q late sem parar
o freio é a mente
que arde a latejar.
ser sábio é ser louco
ser fraco é ser forte
não saber nada é dizer tudo
quem tem azar tem sorte.
o homem não é tolo
por mais que parece ser
pois a verdadeira sabedoria
esta no que se sabe dizer .
“A dor do amor pode demorar a passar “mas” um dia vai acabar
Fica a nostalgia “mas” você vai rir um dia quando desta dor lembrar.
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