Nostalgia
FERA SEDUTORA
Solidão, essa ferra genial
Faculta-me companhia
Delegando-me nostalgia
Uma inspiração colossal.
Sob o pátrio Juazeiro
Nesta tarde mórbida e fria
Em verso e prosa lhe faria
Juras de amor em segredo.
Ó! Minha magistral parceira
Dama de minha inspiração
No Juazeiro ou na ribeira
Essa pantera me conduz
Caminha comigo ao lado
Em inspiração me seduz.
"Outono
na natureza
ventania
espalhando folhas
na vida
nostalgia
escolhas
viver o momento
ou a melancolia."
Gosto dos filmes e fotos em preto e branco.
São atemporais e, ao mesmo tempo, nostalgia de um tempo cheio de cores.
Nas fotos em preto e branco a vida parecia ser bem mais simples.
Será que posso definir nostalgia por incompletude causada pela palavra saudade de épocas, lugares e pessoas afastadas pelo tempo?
Será que são mágoas, intuições, pressentimentos e percepções de conhecimentos de tantas experiência em lutas para conseguir uma vida feliz?
Ou será apenas lembranças inesquecíveis que se vislumbraram meus encantados momentos da Vida. Somente isso!
Há nostalgia que não se refere à saudade do passado, mas sim à carência do que não se tem no presente.
Quando os sonhos trazem momentos nostálgicos que se transfiguram em um aperto no peito, passando do inconsciente para a memória, isso se chama saudade.
"Querido diário, faz tempo que não te conto, mas a verdade é que não tenho o que contar.
De repente o tempo para e tudo é só nostalgia."
Cheiro de terra molhada, por onde passou a cigarra prevenida que a chuva anunciou. Gota por gota, a tocar o tapete da vida, mais parece uma sinfonia para o deleite do que as nossas almas estão a escutar. E como lágrimas do céu, a substituir as nossas, vem riscando os mais lindos quadros pintados pela natureza que, gentilmente, agradece retribuindo com o renascer de novas paisagens, perceptíveis até para os que anseiam por uma breve partida dessa água tão divina.
Por vezes perde-se espaço no silencio imposto pelo óbvio, é nessas horas que o ser coabita com a futilidade dos factos e a memória é somente; um baralho de cartas que as evidencias derrubam!
A nossa criança interior, verdadeiro eu, se manisfesta como sentimento nostálgico que, sentimos e não sabemos o que é.
Tem coisas na vida que as cores nunca vão conhecer ,e os poetas sempre vão apreciar, dias de luto , rascunhos de poesia , e tempos de nostalgia
Por vezes estou tão cansada, não é o corpo, porque, do cansaço do corpo dou conta com uma boa noite de sono. Tenho a alma cansada!
Nessas alturas apetecia-me correr campo fora, de encontro ao vento, pegar num punhado de terra e lambuzar a alma, mas... tinha que ser num dia de outono: num daqueles dias em que a chuva miudinha fustiga o coração com a suavidade de uma lágrima fugidia.
E dou por mim a pensar: a minha doidice tem calos nas mãos e o coração suspira pela planície, por isso mesmo:
Não me encaixo num tempo de encaixes passageiros!
Bateu saudade... Saudade de alguns amigos que eram presentes e agora nem tanto. Aposto que você pensou em “alguéns” quando leu isso...Talvez até tenha pensado em mim. O tempo passa e a rotina às vezes nos deixa sem tempo... Bateu saudade, mas foi uma saudade gostosa, do tempo juntos, das risadas, das longas conversas, das burrices compartilhadas, das cartas adivinhadas, dos pedidos de socorro para não “pegar fogo”... Bateu saudade de brincar de pique-esconde, de fazer poção, de cortar o cabelo da boneca e deixa-la careca, mas junto com a saudade veio a alegria... Alegria de ter momentos como esse para recordar. O tempo não volta, mas haverá sempre um momento, mesmo que breve para um “Como vão as coisas?”, “Lembrei disso...”... Ainda que não conversemos como antes, que não troquemos confidencia como antes, ainda que não seja exatamente como antes, amigos continuam sendo amigos... Atarefados, na correria, enfrentando seus leões, mas amigos. Eles ainda estarão lá quando a barra apertar e precisarmos de colo e nós também estaremos aqui. Ainda que não seja exatamente como antes, no fundo é exatamente como antes.
Foi só um toque sutil, mas com força suficiente para adentrar as frestas do tempo e se deitar na eternidade.
ARTIFICIAL
Nesse mundo tão vazio de toques na pele
Cheio de toques na tela
Olhares rasos
Conversas secas
Onde não há mais lugar para cartas escritas a mão
Nem se conhece o cheiro do amigo
Nesse mundo sem conversas na calçada
Onde não se olha mais o céu
Não se conta mais estrelas
E os pirilampos são apenas recordações
Temo que a primavera nos dê flores de plástico.
no balancear dos loureiros deixei a minha infância, hoje as memórias me chegam na corrente da brisa, num murmúrio de nostalgia...
Resolvi escrever uma carta
A quem quiser se endereçar.
Palavras tranquilas, sem destinatário
Pra qualquer um se identificar.
Você que tem um aperto no peito, daqueles que te fazem sentir dor em lugares que nem sabia que existiam; você que acorda todo dia nostálgico, com o estômago embrulhado e um nó na garganta; Você que sente que a culpa é sua quando, na verdade, sabe que não é; Você que deu tudo, se dedicou ao máximo e no final foi jogado no lixo; Você que sente vontade de chorar e não possui sequer uma lágrima...
Saiba que não está sozinho.
A linha tênue que separa a vontade de correr para chuva e lavar a alma, do desejo de mergulhar na nostalgia e me esconder dessa realidade complexa embaixo do edredon. O frio e meus desejos meio complexos, com seus prós e contras. #nandaribeiro