Nostalgia
Uma nostalgia, uma lembrança angustiante daqueles que um dia foram tão importantes na minha vida, mas a esse mundo, eles não pertencem mais...saudades também daqueles que ainda estão nesse mundo, mas que por algum motivo, eu acabei deixando para tras...saudade!! dos amigos que morreram, dos amigos que não tenho mais contato...mas a vida mostra que vale a pena seguir em frente.
A solidão causa uma forte sensação de nostalgia, ao mesmo tempo em que provoca uma reflexão sobre o passado.
Nos momentos em que me sinto sozinha, não tem jeito - volto a me apegar no passado. Eu volto a lembrar de coisas que aconteceram há tanto tempo...os momentos de festas, de experiências, das descobertas da juventude.
Eu realmente vivi intensamente esse momentos. Mas os tempos difíceis chegaram. E quando isso aconteceu, fiquei sozinha. E isso foi tudo o que me restou.
As lembranças de um passado bem vivido, embora tragam boas sensações, não passam de recordações vazias, de coisas que jamais vão acontecer novamente, de pessoas que nunca mais vou ver na vida.
Quanto tempo se passou...mas depois de todos esses anos, de certa forma, eu ainda consigo me identificar com a pessoa que eu era na adolescência e na juventude.
Talvez porque essa é minha essência. Porque apesar de tudo, não tem como eu mudar aquilo que eu estou destinada para ser. Por isso eu tenho certeza, que independentemente do que acontecer, eu tenho que estar lá por mim mesma.
Pois os momentos de festas, alegrias, experiências irão passar. E quando isso acontecer, todos irão embora. E eu vou precisar seguir em frente.
Lá no morro tem batuque e samba
Tem nostalgia,
Serena e seresteiros
Sobem e descem as favelas
Domingo: sol, praia...
Mulata, samba na rua
Muita gelada e conversa
Goles de alegria,
Roda de amigos
É festa.
Bate- papo, tem futebol
Maracanã lotado
Um só grito de gol
Garotada rola na areia
Empinam papagaio e pipas
Brincam em barracos
Garotos e meninas
De repente fogo
Balas perdidas nas vielas
Medo, terror
Homens de fardas
Reviram casas
Inocentes pagam a conta
De bandidos de paletó
Muita droga,
Muita dor
Juventude se acabam
Pais choram por seus filhos
Pedem paz, justiça
Amor.
Quem ainda não foi tomado de profunda nostalgia sem saber de que ou por quê. Certamente tem uma razão de ser e porquê. Algo que ficou num passado remoto que, para o nosso bem-estar, a inteligência suprema - DEUS - não permite que recordamos, nos poupando de um sofrimento maior.
Muitas vezes quando olho para o céu e contemplo uma estrela, sou tomado de profunda nostalgia e passo imaginar que na vastidão desse nosso mundo, em algum lugar distante, tem alguém fazendo a mesma coisa e sentindo a mesma saudade.
A lembrança, de algo não vivido, do Recife de muitos tempos idos, uma nostalgia de um passado que infelizmente conheci por fotos, matérias, e comentários daqueles mais experientes, em que demonstravam ar de boemia e harmonia social. Saudosa Recife!.
Quando os sonhos trazem momentos nostálgicos que se transfiguram em um aperto no peito, passando do inconsciente para a memória, isso se chama saudade.
"Querido diário, faz tempo que não te conto, mas a verdade é que não tenho o que contar.
De repente o tempo para e tudo é só nostalgia."
Cheiro de terra molhada, por onde passou a cigarra prevenida que a chuva anunciou. Gota por gota, a tocar o tapete da vida, mais parece uma sinfonia para o deleite do que as nossas almas estão a escutar. E como lágrimas do céu, a substituir as nossas, vem riscando os mais lindos quadros pintados pela natureza que, gentilmente, agradece retribuindo com o renascer de novas paisagens, perceptíveis até para os que anseiam por uma breve partida dessa água tão divina.
Por vezes perde-se espaço no silencio imposto pelo óbvio, é nessas horas que o ser coabita com a futilidade dos factos e a memória é somente; um baralho de cartas que as evidencias derrubam!
A nossa criança interior, verdadeiro eu, se manisfesta como sentimento nostálgico que, sentimos e não sabemos o que é.
Tem coisas na vida que as cores nunca vão conhecer ,e os poetas sempre vão apreciar, dias de luto , rascunhos de poesia , e tempos de nostalgia
Por vezes estou tão cansada, não é o corpo, porque, do cansaço do corpo dou conta com uma boa noite de sono. Tenho a alma cansada!
Nessas alturas apetecia-me correr campo fora, de encontro ao vento, pegar num punhado de terra e lambuzar a alma, mas... tinha que ser num dia de outono: num daqueles dias em que a chuva miudinha fustiga o coração com a suavidade de uma lágrima fugidia.
E dou por mim a pensar: a minha doidice tem calos nas mãos e o coração suspira pela planície, por isso mesmo:
Não me encaixo num tempo de encaixes passageiros!
Bateu saudade... Saudade de alguns amigos que eram presentes e agora nem tanto. Aposto que você pensou em “alguéns” quando leu isso...Talvez até tenha pensado em mim. O tempo passa e a rotina às vezes nos deixa sem tempo... Bateu saudade, mas foi uma saudade gostosa, do tempo juntos, das risadas, das longas conversas, das burrices compartilhadas, das cartas adivinhadas, dos pedidos de socorro para não “pegar fogo”... Bateu saudade de brincar de pique-esconde, de fazer poção, de cortar o cabelo da boneca e deixa-la careca, mas junto com a saudade veio a alegria... Alegria de ter momentos como esse para recordar. O tempo não volta, mas haverá sempre um momento, mesmo que breve para um “Como vão as coisas?”, “Lembrei disso...”... Ainda que não conversemos como antes, que não troquemos confidencia como antes, ainda que não seja exatamente como antes, amigos continuam sendo amigos... Atarefados, na correria, enfrentando seus leões, mas amigos. Eles ainda estarão lá quando a barra apertar e precisarmos de colo e nós também estaremos aqui. Ainda que não seja exatamente como antes, no fundo é exatamente como antes.
Foi só um toque sutil, mas com força suficiente para adentrar as frestas do tempo e se deitar na eternidade.
ARTIFICIAL
Nesse mundo tão vazio de toques na pele
Cheio de toques na tela
Olhares rasos
Conversas secas
Onde não há mais lugar para cartas escritas a mão
Nem se conhece o cheiro do amigo
Nesse mundo sem conversas na calçada
Onde não se olha mais o céu
Não se conta mais estrelas
E os pirilampos são apenas recordações
Temo que a primavera nos dê flores de plástico.
no balancear dos loureiros deixei a minha infância, hoje as memórias me chegam na corrente da brisa, num murmúrio de nostalgia...
Resolvi escrever uma carta
A quem quiser se endereçar.
Palavras tranquilas, sem destinatário
Pra qualquer um se identificar.
Você que tem um aperto no peito, daqueles que te fazem sentir dor em lugares que nem sabia que existiam; você que acorda todo dia nostálgico, com o estômago embrulhado e um nó na garganta; Você que sente que a culpa é sua quando, na verdade, sabe que não é; Você que deu tudo, se dedicou ao máximo e no final foi jogado no lixo; Você que sente vontade de chorar e não possui sequer uma lágrima...
Saiba que não está sozinho.