Nostalgia
Nostalgia
Como alguns cheiros e sabores nos são vivos na memória. E como eles fazem nossa memória viver. A memória é como um músculo involuntário que tem espasmos quando ativada - ela não tem controle. Ela simplesmente reage quando um de nossos sentidos a ativa.
Aromas, sons, sabores, frases, dores... vamos colecionando momentos e sensações pela vida e é mágico quando inesperadamente aquela lufada de sentimento vem à tona.
O cheiro do encontro do alho refogado com cebola tem o aroma de uma tia querida que já se foi. Hoje senti essa saudade ao cozinhar. A sinto sempre que refogo alho e cebola. Mas tem que ser na sequência certa: primeiro o alho e depois a cebola. E ela me vem à mente. Me sinto em sua casa, perto da hora do almoço, sentindo aquele cheiro que vinha de lindas panelas de inox enquanto estava sentada na mesa conversando, jogando videogame ou lendo um livro. Consigo ver e sentir o sabor do arroz que vinha depois desse cheiro.
O sabor de torrada com requeijão e queijo, acompanhada de suco de uva com leite de soja tem o gosto de um amor que tive. Por muito tempo esse foi o nosso café da manhã. É inconfundível. E mesmo que eu coma apenas a torrada com queijo e requeijão, o sabor do suco de uva com leite de soja vem à boca. Incrível. Tem gosto de tranquilidade. De dormir escondido. De companheirismo. Tem gosto de saudade. Saudade de ser compreendida com um olhar.
Kaiak e Horus me lembram alguns homens com quem me relacionei. Amava o primeiro. Era um perfume que adorava cheirar no pescoço deles. Meu primeiro namorado tinha esse cheiro. E hoje esse cheiro me lembra de uma época quando meu mundo era limitado e eu estava apenas começando a viver.
As melhores memórias são ligadas a felicidade, a amor. Seja de uma tia, de uma mãe, de um homem ou de uma mulher. Colecionamos sensações com passar dos anos e das pessoas. Nos relacionamos com o tempo. E sempre esperamos que ele passe. Ou não.
Crepúsculo
Caminho ao encontro do crepúsculo
busco na nostalgia o acalento
um toque sem escrúpulo
melancolia do tempo
Na trilha trem descarrilado
coração compassado
imaculado ultrajado
A dor? Insistente
O tempo arca no aroma da tarde
lembranças desfilam a afrontar
coragem insiste em ficar
crepúsculo frio arde
Clamo por teu nome ausente
percebo-te mais distante
passo segue insolente
Vida? Poente...
(Bia Pardini)
Nostalgia.
Mar,
Quando ouço tua voz,
Sinto teu cheiro,
O barulho do silêncio,
Imensidão,
Vasto azul,
Oceano,
Nuvens rabiscadas,
Pincel rebuscado do Criador,
Aliás,
Lá não existe dor,
Prazer e brisa são comparsas,
Presença que marca,
Os pelos arrepiam ao calor como um abraço,
Sinto-me Tua,
Nada sou,,
Embora seja Tua,
Partícula,
Particularidade,
Tua.
Universo.
1 ago.21
Saudade.
Essa tristeza e nostalgia
Porque aquela guria
Do rancho foi se embora
Essa angústia do meu dia a dia
Também essa agonia
Que me devora
Quando morava aqui tudo mais belo era
Não tem mais quem me espera
Como outrora
No rancho agora é só melancolia
Não tem mais alegria
E isso me apavora.
Vibração...
Neste silêncio absoluto
o espírito da nostalgia
soçobra em sílabas de pó!
A melancolia é profunda, e
acorda sentimentos copiosos!...
-- josecerejeirafontes
O berço da passagem pela Páscoa, nos leva a nascer no interior da nossa nostalgia e, sensíveis por um amanhã feliz, acreditamos que o amor nos transforma em estrelas candentes.
Se for sedentário mude
não se entregue a nostalgia
viver bem é uma virtude
pra quem tem sabedoria
e pedalar faz da saúde
a sua fonte de energia.
Fiz um balanço do tempo que um dia se foi embora, sobre a nostalgia do suor que embalou o teu corpo no sono do meu amor, dooei parte do meu coração ao teu profundo suspiro.
Uma alma que volita entre o prazer e a nostalgia silenciosa da entrega ao destino majestoso do corpo pecaminoso, sem medo de viver sobre o templo do desejo, sacrifico o meu sentimneto em nome do bem-estar e da felicidade.
Brasil: transformação, construção e destruição
Nosso estado é uma nostalgia ímpar, beleza e riqueza singular, também é um flagelo, um drama caótico na estrutura social, ciclo de desigualdade, uma feroz crueldade na ambição da elite política, a camada proletária também sofre, coloca o brio no cofre e joga nas esquinas da vida fragmentos de lamentação, complicado todo mecanismo entre estado, cultura, estrutura e o povo, acho que somos duzentos milhões de ovelhas desgarradas, cegas, que não consegue enxergar a condição do bom pastor, que preferem sucatear os pastos e buscar a merenda no lixo, pois ainda que nosso Brasil se apresente como árvore frondoso e recheada de alimentos, a colheita é desproporcional, imoral, muita gente sem provar do fruto da terra, mas aí de nascer, aí de surgir solução, na esperança, no semblante vivo como no passado, do mar a se abrir, do maná que caiu do céu, da água da rocha, venha surgir dos corações brasileiros a sanidade, a persuasão, a radical coragem de loucamente aderir, construir uma identidade honesta e capaz, onde sim, pode se sonhar com uma construção, fazermos partes de um processo de transformação, muito se foi construído, é verdade, mas o legado que vem prevalecendo é uma peleja que se alastra para uma destruição, mais que cantar o hino, que respeitar a bandeira, fazer da ordem e progresso um verdadeiro processo de gratidão, a uma terra, a um Deus que nos premiou com abundância, embora seja salientado todo uma escravidão, massacre das mulheres, a destruição das famílias, é isso, que não seja ainda mais estuprada essa sociedade, que a pureza não seja tomada a força, se é que se pode chamar Brasil de pureza, pois os coronéis da ambição, poder e muita corrupção, junto com a desestruturação e rebeldia do povo vem manchando a imagem, a vida do Brasil.
Giovane Silva Santos
Outono
É puro estado de nostalgia
É estado latente da alma
É estado de introspecção
É estado de reflexão
Estado de meditação
E eu tenho estado pensativa
Emotiva
Sensitiva
Ativa
Em meus sentimentos
Perdendo a razão
Ganhando paixão
Alimentando as esperanças
Curando o coração
Limpando a aura
Observando o céu em negrito
E a lua cintilante
Aquietando o prazer
Realizando os desejos
Procurando sonhar
O resto é viver
As demais estações
Cada qual com as suas particularidades
E eu com as afinidades
E é por isso que eu escolho
Me recolher
Apesar de sempre
Espalhar amor ao universo!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
O amor é uma melodia suave que invade a nossa mente, mesmo quando a dor da nostalgia sufoca a nossa crença.
E canto a nostalgia de uma vez
inebriado por teu olhar em fantasia
que timidamente ousava, talvez
O brio insano dos olhares em demasia.
E o teu corpo salpicado de ilusões
que os meus sonhos salteavam
Poetizando mil corações
que ao redor do seu se despedaçavam.
E do teu olhar, daqueles breves olhares
que o tempo cintilava junto aos meus
Se vai as visões inebriadas e desesperadas,
Do meu olhar procurando o seu.
E eu canto a poesia das invenções
que encenou as suas melhores versões
De um amor que meu amor viveu
E já dizia as vagabundas desalmadas,
Que saíam gritando pelas ruas abandonadas:
- as estrelas brilham, ainda brilham,
ainda brilham essas ruas desoladas,
Aos céus elevo o meu canto
ao encanto dos anjos, oferenda a Zeus,
De um amor que meu amor viveu.
Porque será, que os relacionamentos nos trazem essa nostalgia dentro da nossa existência podendo voltar para o passado em lembranças?
Isso é um mistério pra min.
O prazer
Satisfação.
De te-la como amiga.
Prazer em ter um coração sem intriga.
A nostalgia do perfume.
Andar até o cume e recitar uma poesia.
Cheia de satisfação.
O prazer da ocasião.
De ganhar uma vida.
E novamente o esplendor nostálgico de um momento mágico que rompe a barreira.
Meu amor.
Prazer sobremaneira.
Existir.
Participar.
Sofrer.
Cair.
Reagir.
Queria me aprofundar, mas não vou conseguir.
Minha satisfação pela família.
Pelo desafio social.
O prazer de contracenar com a febre do preconceito.
Pois é deitado nesse leito.
Que mato, morro e vivo todos os dias.
No prazer de conhecer a mais profunda paixão.
Em cada desastre a nostalgia que se planta a fantasia.
A satisfação de viver.
Prazer que faz morrer a cada dia.
Giovane Silva Santos
Na falta em que o toque nos faz, há nostalgia no dia a dia do "olho no olho", que tanto diz, tanto fala e jamais cala!
DIÁRIO DE UM ALMIRANTE
Da nostalgia do último sopro
vive as apagadas velas
dessa pobre embarcação
Veste luto na bandeira
e pelas águas que vagueia
traz pesar em seu timão
Por ironia do destino
viu a frota naufragar
Por que só os meu amigos
falta água nesse mar?
Não restaram dias de glória
navegando essa memória
até Netuno apagar