Nostalgia
Amor romântico é quase uma utopia
É sentir nostalgia
Do que nunca se sentiu.
Amor romântico é a insensatez mais sensata
É a fórmula exata, do querer sofrer.
Uns preferem se reprimir,
Para não se sentir assim
Outros preferem amar,
Se machucar, mas amar.
Os dois males que estragam nossa existência são a nostalgia de um passado que não existe mais e a espera de um futuro que ainda não existe.
Na amnésia dos últimos dias, percorro meu itinerário vagando pelos labirintos da mente. Nos espaços vazios dos territórios ulteriores mergulho, me perco. E quanto mais me perco mais me encontro livre. Na vertigem da infinidade de novos mundos conhecidos a amnésia me liberta dos preconceitos passados. A memória é paralisia. Lanço minha âncora ao vento, sem ponto de partida ou chegada. Clandestino, passageiro, minha história é o presente.
Tanto tempo faz que a gente não se via, a saudade me enganou e deu lugar a nostalgia. E já não me interessa onde estivemos sem saber, sobrou em pensamentos a vontade de te ter…
Nostalgia
Sei que em uma tarde ensolarada de terça-feira, daqui talvez uns 30 anos, sentirei saudades destas paredes tão silenciosas que assistem o meu adormecer há anos. Não minto quando afirmo que reclamarei a falta do aroma dos lençóis que agora me cobrem, lavados pelas mãos da minha mãe, assim como do travesseiro que a tanto tem sido feito de lenço de seda, nos momentos em que as lágrimas não podem ser contidas e caem como tempestades no final de um dia quente.
Não sou capaz de descrever o que despertou tal desejo de perceber o meu cotidiano, talvez no fundo, inconscientemente até o saiba, mas arrisco dizer que há uma grande chance que a causa deste olhar manso e amoroso pelo o que me cerca, por tudo o que está ao alcance das minhas mãos, esteja intrinsecamente relacionado ao tempo, pois ultimamente tenho pensado muito nele.
Às vezes, fico sentada na escada observando os cabelos brancos dos meus pais, que não me deixam esquecer que não sou mais aquela criança (por mais que deseje voltar a sê-la), e não posso negar que sinto medo do ponteiro do relógio que corre, dia após dia, noite após noite, sem parar por um único instante. È fato, todos nós estamos envelhecendo, dormimos mais novos e acordamos mais velhos, mas tenho a impressão que está passando tão rápido.
Parece que foi ontem que fiz dezoito anos, e agora, falta pouco para ter mais de um quarto de uma década; envelhecer não me assusta se de repente me olhar no espelho e ver uma linha riscando a minha face vou entender que são as marcas dos dias já vividos tomando forma, diante de mim; o que me apavora na realidade é o medo do que ficará para trás, do que poderá não seguir comigo, do que deverei deixar e de um dia acordar e ter certeza algumas coisas não voltaram jamais.
Dizem que não se deve pensar no futuro, mas talvez seja necessário, para podermos dar mais valor ao presente, e é isto o que estou fazendo, presto atenção a cada detalhe, não me canso de olhar as velhas paisagens, porque sei que hora ou outra, elas irão desaparecer, e só poderei as reconstruir nas entrelinhas da minha memória.
È de extrema importância valorizarmos todas as coisas, por mais simples que sejam, antes de perdê-las, como também não devemos viver no temor do que há de vir, e do que será, em detrimento do presente, nós só podemos optar por um dos verbos, o presente ou o passado.
E quando penso que elas, todas elas, estão do meu lado não por obrigação ou por nostalgia, mas por gostarem realmente de mim, por aceitarem todos os meus defeitos e valorizarem as minhas meras qualidades vejo que sou feliz. Afinal, elas estão do meu lado porque querem estar. Aí percebo que as poucas (mas maravilhosas) amigas que tenho substituem qualquer tipo de felicidade que possa vir a me faltar um dia.
E assim vou vivendo, nesta nostalgia, mergulhado nas incertezas do amor, refém de um amor platônico. Um homem apaixonado se torna um poeta, transforma o amor na sua fonte de inspiração, faz o seu amor se tornar o seu mundo, mas nunca transforma o mundo no seu amor.
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
O significado do amor
Oque é amor ?
É essência que contagia ,
Alegria que acaba com a nostalgia ,
Calor que derrete a dor .
Amor que é forte
Não acaba nem com a morte
Pois ele é infinito
Não tem final escrito
Um rosto que ilumina
Uma voz que incentiva
A verdade ser dita
Um beijo que aparece
Um amor que cresce
Uma poesia que floresce
Sobre os velhos amigos
Muito mais que qualquer nostalgia barata de um reencontro despretensioso ou a simpatia de uma rápida conversa diplomática, são as lembranças que tenho a respeito de quem passou por minha vida: os velhos amigos. Eles são cicatrizes benignas feitas por pessoas que, usufruindo de toda a liberdade que têm, deixaram com que a intersecção de nossas histórias existisse.
E eu quero lhe chamar a atenção aqui porque, quando digo história, estou falando do acumulado de experiências, acúmulo de encontros e desencontros da vida colecionados em um indivíduo, de forma que seu caráter, personalidade, espiritualidade e ideologia se fazem frutos desta dita história.
As sobreposições que sofri pelos meus velhos amigos me permite ver, talvez só aqui na frente olhando para as fotos, que a vida foi boa de ser vivida com eles; me permite ver que, como diria Spinoza, o encontro fraterno de nossas almas gerou ganho potência, o que ele mesmo traduz como felicidade.
Aos meus antigos amigos dos enes lugares pelos quais passei, a cada um deles, eu sinto a falta de vocês. Obrigado por permitirem o nosso encontro. Com vocês eu ganhei potência, eu palpei a felicidade. Com vocês vivi momentos dos quais não queria que acabassem e compartilhei lugares dos quais não queria sair.
Depois de tanto fazer tempestade estou branda novamente. É uma nostalgia maluca, que hora me deixa calma a pensar, e outrora desesperada a gritar socorro para quem tiver coragem de se aproximar. Hoje eu escolho o que é certo ao invés do que é fácil, hoje eu digo não pra tudo que não for de coração.
Qualquer madrugada dessas você vai se sentar em algum lugar com completa nostalgia de ser feliz, daí é só dizer "Garçom, por favor, desce um champagne"
A nostalgia nos deixa triste porque nos faz lembrar de algo bom que aconteceu, e acaba criando em nós a expectativa de que aquilo aconteça de novo, mas no fundo temos consciência de que jamais voltará a acontecer.
“A dor do amor pode demorar a passar “mas” um dia vai acabar
Fica a nostalgia “mas” você vai rir um dia quando desta dor lembrar.