Nos amamos
Quando falamos que amamos, amamos o que nós convêm e não no sentido de que o outro necessite...simples assim.
Vamos viver e deixar livre tudo aquilo que amamos, pois uma hora percebemos que a melhor liberdade é aquela que sabemos compartilhar com outro alguém.
Tudo depende do quanto amamos o Senhor.
Quando crianças temos a oportunidade de termos o nosso caráter lapidado, somos ensinados e edificados em pilares que nem sempre são fundamentados na verdade. Somos induzidos e levados a acreditar em fatores extrínsecos, a amar ‘’coisas’’ que não deveríamos. Nosso amor e falho desde sempre, desde que o mundo é mundo. Se tudo vem de ti, e para ti volta. Porque com o amor seria diferente? O amor não é um sentimento comum, envolve almas, envolve arrepios, envolve Deus. Um sentimento tão puro, tão sublime, não pode ser experimentado de qualquer forma, degustado em qualquer recipiente, apreciado em qualquer ambiente, não existe morno ele está sempre quente. Falho, quando desviado do foco. Errante, quando corrompido por distrações. Causador de dores, quando não lapidado pelo Senhor. A criatura insiste em sobressair ao criador, deseja caminhar com as ‘’próprias pernas’’ e tomar suas próprias decisões fundamentadas nas suas falsas convicções e certezas errôneas. Se vão amores, sonhos, desejos, vontades, conquistas, sorrisos, lagrimas e os sonhos do criador, saímos do script, os atores querem ser diretores, figurantes querem estar no cartaz de lançamento, nos perdemos em nossas funções e bagunçamos o roteiro. E tudo tão simples, tudo tão lindo, emocionante até o instante onde as cortinas se fecham e a plateia aplaude de pé. Ah o amor, quem te sente deveria viver de Replay.
Os fios da vida
Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, sentimos quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente.
Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo.
Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre alimentando-o, sem conseguirem seguir adiante na sua vida…
As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) – continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida fora – e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.
Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.
Esse vínculo pode ser muito prazeiroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contacto termina, muitas vezes sentimos que uma parte de nós ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.
É necessário puxar o fio de volta, resgatar a energia que ficou projectada sobre o outro, e Integrá-la novamente em nós mesmos. Voltarmos a estar inteiros.
O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava – seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao libertar o outro, nos libertamos também.
Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado – aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos – recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.
Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro fez ou faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida, nos preparando para o futuro...Porque a sementeira do presente é a colheita do futuro...por isso vivamos o presente semeando o bem e o amor, e daí a nossa colheita será o que sempre desejamos!
É por amor que nós fazemos qualquer coisa.
Amamos tanto alguém que nos sujeitamos a ser a pessoa que vai ficar esperando ela cansar dos outros.
Amamos tanto que choramos todas as noites querendo mostrar nossas feridas pra que alguém acalme nossa carência.
Amamos tanto que aguardamos atenciosamente aquela pessoa que conhecemos.
Posso dizer que o amor é lindo como as rosas, mas quase sempre tem espinhos...
As pessoas que amamos, às vezes são como cometas, passam rápido, deixam o rastro de beleza e se apagam como se nunca tivessem existido. Quem dera fossem como estrelas e ficassem para sempre no céu de nossa alma.
Não amamos apenas estando juntos. Há várias formas de amar. O olhar, a sinceridade, o companheirismo. O amor vem nos ensinar a sermos pacientes e esperar o tempo de cada um.
Não nos tornamos importantes pelo tanto que amamos pessoas, amigos ou o trabalho. Nos tornamos importantes, quando sabemos o que estamos fazendo.
Amar, é querer bem, é querer estar sempre perto de quem amamos, é sofrer juntos, é chorar juntos, é querer compartilhar alegrias, é comer uma coisa gostosa e lembrar...é ter coragem para mostrar o certo, e distorcer do errado, é se preocupar com sua espiritualidade, é agradecer todos os dias por ter a competência de poder amar, amar e amar!
Quando amamos, sacrificamos muito. Principalmente nossa ira, para que possamos ver aquele que amamos, sorrir.
Odiamos a presença de algumas pessoas, mas na verdade lá no fundo há amamos. Um amor doente transformado em ódio. Um amor adoecido.
- É COMPLICADO QUANDO O AMOR NOS CONFUNDE, POIS NEM SEMPRE QUE AMAMOS SOMOS AMADOS, MUITAS VEZES É SÓ ILUSÃO E NO FIM SOBRA AQUELE VAZIO NO CORAÇÃO.