Nós Mesmos
Crescer é...
Ser cada dia um pouco mais nós mesmos...
Dar espontaneamente sem cobrar inconscientemente. ...
Aprender a ser feliz de dentro para fora. ...
Buscar no próximo um meio de nos prolongarmos. ...
Sentir a vida na natureza. ...
Entender a morte como natural da vida. ...
Conseguir a calma na hora do caos. ...
Ter sempre uma arma para lutar e uma razão para ir em frente.
Saber a hora exata de parar e buscar um algo novo. ...
Não devanear sobre o passado, mas trabalhar em cima dele para o futuro. ...
Reconhecer nossos erros e valorizar nossas virtudes. ...
Conseguir a liberdade com equilíbrio para não sermos libertinos. ...
Exigir dos outros, apenas o que nós damos a eles. ...
Realizar sempre algo edificante. ...
Ser responsável por nossos atos e por suas consequências.
Entender que temos o espaço de uma vida inteira para crescer.
Nos amarmos para podermos amar os outros como nós mesmos. ...
Engraçado ver que mentimos para nós mesmos para nos escoltar dos nossos próprios julgamentos, mas categorizamos qualquer mentira alheia como deslavada.
O perigo não pode vir de fora. Se houver destruição daquilo que temos, nós mesmos seremos os responsáveis.
Se prestarmos atenção ao que se passa em nós mesmos sempre que transgredimos qualquer dever, descobriremos que, na realidade, não queremos que a nossa máxima se torne lei universal, porque isso nos é impossível; ao contrário dela é que deve universalmente continuar a ser lei; nós tomamos apenas a liberdade de abrir nela uma exceção para nós.
Não é o tempo nem a distância que dirão se vai dar certo. Somos nós mesmos ao tomarmos a decisão de lutar ou não por isso.
Nós mesmos somos nossos próprios demônios e fazemos disso tudo que as pessoas chamam de mundo o nosso próprio inferno.
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
- E gostamos de nós mesmos?
- Certamente.
- E se não gostarmos?
- Se não gostarmos de nós mesmos, monsieur, então estaremos perdidos, pois um homem que não gosta de si mesmo está repleto de dúvidas. Nós sobrevivemos e existimos porque somos verossímeis. Quando a equilibrista duvida ela cai. Quando o espadachim duvida ele morre. Devemos temer mais a duvida do que um estilete.
Tentamos disfarçar que não dói, tentamos disfarçar a saudade e dizer pra nós mesmos que devemos seguir, mas sair da vida de alguém quando queríamos ficar, não é fácil. Dói e dói um bocado.
A gente muda o caminho pra não lembrar. A gente procura alguma coisa pra se ocupar porque qualquer espaço de tempo que sobra a gente acaba encaixando uma lembrança. E se a janela do ônibus pudesse falar, ela contaria toda a saudade e toda bagunça que a gente joga por ela enquanto não chegamos no nosso destino.
A pessoa estuda na mesma faculdade, está no mesmo ciclo de amizade, faz o mesmo curso e frequenta os mesmos lugares nos finais de semana. Impossível não esbarrar. O medo é ir a esses lugares e perceber que o amor ainda existe. A gente tenta disfarçar a dor, usar a saudade como curativo e esconder todas as brechas só pra não demonstrar que o peito ainda está entreaberto.
A gente tenta disfarçar que não dói ver aquela pessoa indo embora, mas será que tem como fingir que não dói tudo aquilo que a pessoa nos deixa? Tudo aquilo que fica com a gente sem que, sequer, tivéssemos pedido? As músicas que o outro nos apresentou, a maneira de olhar o mundo e as coisas, os tiques nervosos, o timbre da voz e o volume da risada.
A gente tenta disfarçar evitando procurar não saber noticias do outro. Talvez seja melhor parar de seguir no instagram, bloquear o Whatsapp, excluir do Facebook. A gente diz: ''Tá tudo bem, sério.'' mas por dentro, está um caos, ruas devastadas, placas apontando pros caminhos errados e mais um novo acidente emocional toda vez que em que se ouve o nome dele. A gente corre de esquina a esquina procurando refúgio, a garoa do disfarce do lado de fora não é nada perto da tempestade que a gente enfrenta por dentro.
Às vezes as pessoas saem da nossa vida na mesma maneira em que entram. Às vezes saem mais rápido do que queremos ou esperamos. Quando menos se espera, elas estão em outros lugares, com outras pessoas, fazendo outros planos. Às vezes as pessoas entram na nossa vida, nos proporcionam sensações incríveis e momentos tão intensos que quando vão embora, parece que tudo só durou um cochilo. Algumas pessoas chegam e só vão, não te dão motivos e te deixam sem resposta pra absolutamente tudo. Talvez as pessoas entram na nossa vida com um único propósito: nos ensinar algo ou aprender alguma coisa com a gente.
Talvez você não precise envolver ninguém na tua bagunça agora. Talvez você precise organizar essa bagunça que ficou e não mais empurrar pra debaixo do tapete ou jogar em baixo da cama e disfarçar que tá tudo bem. Não se sinta culpado por não ter dado certo ou porque o outro está aparentemente feliz agora. Talvez você tenha sido alguém escolhido pra preencher aquele espaço e tempo porque precisava aprender algumas coisas ou talvez, porque precisasse ensinar.