Nos Conhecemos por Acaso

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Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam conosco.

Nós não o conhecemos, mas sentimos: existe um irmão barco para a nossa vida que leva uma rota completamente diferente.

Definem-nos o milagre: uma derrogação das leis da natureza. Não as conhecemos; como saberíamos que um fato as derroga?

Nós só conhecemos as paixões dos outros, e o que chegamos a saber das nossas, é deles que podemos aprender.

O acaso é o grande mestre de todas as coisas. A necessidade só vem depois, não tem a mesma pureza.

A beleza é a harmonia entre o acaso e o bem.

Os dias prósperos não vêm por acaso. São granjeados, como as searas, com muita fadiga e com muitos intervalos de desalento.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Obras - Volume 31, Parceria A.M. Pereira., 1965

Agora, livro meu, vai, vai para onde o acaso te leve.

A sorte é um acaso, a felicidade uma vocação.

O que é acaso em relação aos homens é desígnio em relação a Deus.

O acaso é uma palavra inventada pela ignorância.

Até mesmo o acaso não é impenetrável, tem as suas próprias regras.

"Às vezes, o mundo pede-nos para lutar por coisas que não conhecemos, por razões que nunca iremos descobrir."

De todas as criaturas que conhecemos nós possuímos um duplo. Porém, habitualmente situado no horizonte de nossa imaginação, de nossa memória, ele permanece relativamente exterior a nós, e o que fez ou pudera fazer não comporta para nós mais elementos dolorosos do que um objeto colocado a certa distância e que só nos causa as sensações indolores da vista. O que afeta essas criaturas nós o percebemos de modo contemplativo, podemos deplorá-lo em termos apropriados que dão aos outros a idéia do nosso bom coração, mas de fato não o sentimos.(A Prisioneira).

Deus, o que nos prometeis em troca de morrer? Pois o céu e o inferno nós já os conhecemos - cada um de nós em segredo quase de sonho já viveu um pouco do próprio apocalipse. E a própria morte.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Morte de uma baleia.

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Nos conhecemos há mil anos, apesar de ser apenas a semana passada.

Na adversidade conhecemos os recursos de que dispomos.

À medida que tombam, uma após a outra, nossas ilusões e nossas crenças, conhecemos melhor nosso verdadeiro eu.

Quando você deseja muito uma coisa, tem que ousar e esgotar todos os recursos

Quantas vezes não reencontramos alguém por acaso, em uma tarde qualquer, e aquela pessoa nos traz tantas lembranças boas ou uma palavra que nos faz ver tudo de outra maneira.