Norte
Quando você ta' perto, até o polo norte esquenta
Qualquer vulcão ativo do Havaí congela
Se pá até a lua fica sem atmosfera
Sentir desolado
Solidão extensa
Norte intenso e ruim
Tenebroso existir
Devasta em sobras
Ocultas lembranças
Amargo sentir
Destruidor trauma
Opressão perversa.
╔══❝Quando o vento do Norte seu corpo tocar… o sinta pois nele meu forte abraço lhe envio deste lado do mar.
Quando o sol seu rosto levemente tocar… é nele que meu beijo amigável para você irá estar.
Quando a lua lá do céu a terra iluminar… sorria, pois no coração de alguém você tem lugar. ❞══╝
Tc.23102023/211
Escravos Cardíacos das Estrelas
Vivo no nordeste de um sítio, tão pequeno, que norte e sul se confundem, vivo numa montanha tão baixa que em meio passo chego ao mar, o ar que respiro é puro mas dói, tem cheiro de fumo, tem cheiro de gente que se mói. Vivo numa pequena casa de dois andares, e é enorme quando estou sozinho, nós somos 1 e eu lá sozinho. Estudo numa escola de gente grande, mas sou pequeno e pergunto-me se haverá algum esquema para crescer só por fora. Melhor, nem estudo mas tenho aulas que nem assisto, que nem existo mas estou sempre lá. Tenho medos que não conheço, paixões que não mereço. Amo cigarros e bebida alcoólica, como católico ama o terço, e torço secretamente para que a vida se vá a cada instante. E apesar de tudo, amo viver. Dói cada músculo que ouço, cada som que sinto e eu vejo um brilho de paz, não é droga, sem substâncias, eu sou nós que não somos iguais.
Sinto-me em casa em qualquer sítio; e é sempre o desejo que me manda embora.Os homens desejam ser escravos em qualquer parte e colher aí a força para dominar noutro sítio.Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu, estou hoje dividido entre a lealdade que devo àcalçada do outro lado da rua, como coisa real por fora,à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo,como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,desci dela, pela janela das traseiras da casa, fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá, encontrei só ervas e árvores, e quando havia gente, era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade, estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, e não tivesse mais irmandade com as coisas, talvez uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua, a fileira de carruagens de um comboio, ou uma partida apitada de dentro da minha cabeça. No mais,uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
O mundo é para quem nasce para o conquistar, não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez. Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo. Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas, sou e talvez serei sempre, o da mata, ainda que não more nela,
Serei sempre o que não nasceu para isso. Serei sempre só o que tinha qualidades, serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta.
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,eouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Os bandidos do Rio decidiram: "Acabou esse negócio de zona norte, zona sul, zona oeste e por aí afora... O Rio inteiro, agora, é uma zona".
✍️Todos os dias você tenta dar o norte a uma pessoa mas se ela não deseja se nortear toda a tua energia é em vão, fica no vácuo!
(...) Um dia eu perdi meu chão, meu norte, meu prumo... Minha bússola interna apontava para o nada. Chorei todas às lágrimas, até ficar entorpecida, inerte, a alma cristalizada na dor.
Pra seguir em frente basta caminha ao norte, mas quem disse que era só pra seguir em frente? tem os obstáculos, não procure a sorte, procure viver, se não conhecerá a morte.
Vendaval
Ó vento do norte, tão fundo e tão frio,
Não achas, soprando por tanta solidão,
Deserto, penhasco, coval mais vazio
Que o meu coração!
Indômita praia, que a raiva do oceano
Faz louco lugar, caverna sem fim,
Não são tão deixados do alegre e do humano
Como a alma que há em mim!
Mas dura planície, praia atra em fereza,
Só têm a tristeza que a gente lhes vê
E nisto que em mim é vácuo e tristeza
É o visto o que vê.
Ah, mágoa de ter consciência da vida!
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,
Que rasgas os robles — teu pulso divida
Minh'alma do mundo!
Ah, se, como levas as folhas e a areia,
A alma que tenho pudesses levar -
Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia
De eu ter que pensar!
Abismo da noite, da chuva, do vento,
Mar torvo do caos que parece volver -
Porque é que não entras no meu penssamento
Para ele morrer?
Horror de ser sempre com vida a consciência!
Horror de sentir a alma sempre a pensar!
Arranca-me, é vento; do chão da existência,
De ser um lugar!
E, pela alta noite que fazes mais'scura,
Pelo caos furioso que crias no mundo,
Dissolve em areia esta minha amargura,
Meu tédio profundo.
E contra as vidraças dos que há que têm lares,
Telhados daqueles que têm razão,
Atira, já pária desfeito dos ares,
O meu coração!
Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada
Do vento sem forma, da noite sem termo,
Do abismo e do nada
Aceitar depoimento
As vezes na vida ficamos sem norte... mas sei lá acho que é Deus nos pondo a prova pra vermos até onde podemos ir. Dá vontade de chutar o balde, gritar, espernear, mas é nessa hora que nossa fé tem que ser maior que nossas palavras e nossas ações. Que possamos colocar Deus acima de tudo e ver que o melhor a se fazer é uma oração. As vezes é difícil, mas a maior prova de fé e quando damos um basta as tentações da vida, quando o maligno vem e quer tomar posse de nós. Desejo a todos uma ótima semana e que Deus seja a luz guia de sua vida.
Lá norte, no nordeste,
Falaram de um caba da peste,
Que eu não quis nem conhecer
Mas, te conto , se quer saber.
Esse caba conhecido
Famoso pra muita gente
Agora já é falecido
Ajudava, os mais carentes,
Os sem casa e sem comida.
Ajudou tanta gente,
Que esqueceu-se da vida.
Dia desses me falaram,
Que o sujeito era benevolente,
Tão bom, que até a sua mulher,
Ele doava a quem não tinha.
Um caba desse merece viver no paraíso,
Dizem que a mulher era linda,
Eu mesmo não conheci,
Era magrinha e carnuda,
Olhando de frente era vip,
Por traz era especial.
Eu sei que o sujeito vivia,
De que ninguém sabia nem eu,
Só se deram conta disso.
Depois que o caba morreu.
E quando me dizem para eu ser forte,
aí é que eu esmoreço
Lembro-me que você era meu norte, meu suporte,
meu endereço.
E quando me dizem que é preciso suportar,
logo eu enlouqueço...
Lembro-me que você era minha força, minha coluna,
meu recomeço.
Meu Porto.
E quando me pedem para levantar,
eu me desconheço,
já não consigo sustentar esse alto preço.
E quando me pedem para não chorar,
entro em desassossego,
porque tudo sem você me traz muito medo.
Entre o norte e o sul
ao centro da rosa-dos-ventos
há um coração que é direcção das tuas escolhas
e no qual a questão
- para onde vai a morte quando a alma é vida ?
[Távola De Estrelas] A Voz Do Pai - Para Onde Vai a Morte
Não se trata do silêncio confortável sentido nas cidadezinhas norte-americanas, embora a atmosfera física dos acessos, quintais e cercas seja com frequência a mesma; a diferença é que nas cidades de verdade a gente sabe com certeza qual é o tipo de gente escondida atrás das portas numeradas, mas aqui, onde tudo parece tão passageiro, efêmero, não há um padrão geral da população e nada é intencional - esta rua, aquela casa, cogumelos brotando ocasionalmente, e uma rachadura na parede, que poderia ter lá seu charme em outro lugar, só ecoa uma nota fúnebre, profetizando a desgraça.
Imaginação
Estrela sem constelação
Brilho dando norte
Luz marcante de neon
Pendurada sem suporte.
Muito além do humano alcance
Mitológica inspiração divina
Feito páginas de romance
Ou frescor jovial de menina.
Luz que não é lua
Com nada se parece
No céu da alma flutua
Com a força de uma prece.
Destemida enfrenta tudo
Deixa rastros de decorações
Trás gritos de voz dos mudos
Fértil ao extremo é nossa imaginação
O meu povo transmite bom Rap nacional,
porque somos reais de Norte a Sul de Portugal.
Partilhamos cultura pelas fronteiras Internacionais,
pra transmitimos a nossa arte porque somos radicais.
TROVA: EM TEMPO DE SECA
Hoje o dia nasceu bastante feio,
De norte a sul, assaz ensolarado.
Queria que estivesse bem bonito,
Com o céu pródigo, todo nublado.
Em outras vidas, de certo fui gaivota... viajei de norte a sul, driblando as ventanias, beijando rios e mares, amante da liberdade, dançando em meio as flores...rodopiando entre pianos e violinos, cantando o amor. Em outras vidas, de certo fui sabiá, casada com a natureza...velejei na imensidão do infinito, respirei o mais puro ar, naveguei nos jardins, florestas...voei livre de leste a oste, caminhei por matos verdes, casas brancas...fiz das estrelas ninhos. Em outras vidas, de certo fui borboleta poeta, rainha beija- flor.