Norte
Tons escuros
Traços ocultos
Norte singular
Expresso sóbrio cultivar
União de raros oásis
Sentimento decifrados em notas musicais.
Qual será a aparência da morte?
Será bonita ou asquerosa?
Ela vem do Sul ou vem do Norte?
Ela chega muda ou toda prosa?
'SIMPLES GUERREIRA'
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Abraçar me forte
Leva me para teu norte
Não me preocupo com a direção
Desde essa me me leve a pousar em teu coração
Contigo semear diferentes tipos de flores e quando tudo florir vamos tecer buquês e nosso lar adonar
Deixa vir as tempestades e os ventos fortes a balançar, querendo nosso barco afundar
Temos o poder do Senhor que acalma o mar
As vezes posso até ficar toda trincada revestida pela tristeza
Mas é aí que me levanto e quanto mais quebrada
Eu vou a luta e volto inteira
Nada nem ninguém me fará desistir dos sonhos que carrego em meu
peito
Por mim , e para ter você eu sou mais do que uma simples guerreira.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
'Nada irá me Deter'
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Abraçar me forte
Leva me para teu norte
Não me preocupo com a direção
Desde essa me me leve a pousar em teu coração
Contigo semear diferentes tipos de flores e quando tudo florir vamos tecer buquês e nosso lar adonar
e nada irá me me Deter
Da vida não desisto assim tão fácil
Que Venha ventos fortes, a tempestade que vier
A balançar nosso barco
Pensando que irá nos afundar
Mas tenho fé em Deus um poder divino que acalma o mar.
E nada nos vencerá !
O vento vem soprando forte
Na minha direção
Caminho rumo ao norte
Tendo a Vossa Proteção
A Proteção do Ensino Sagrado
Dentro do meu coração
Me sinto seguro em cada Hino
A cada instante sendo renovado
Cada hino tem seu vigor
Tem energia e tem beleza
Neste caminho do amor
Para se caminhar na Realeza
Todo mundo mostra o valor
Só dá aquilo que se tem
No reinado do terror
Só vive aquilo que não sai bem
Meu Norte
Prazer,
Sou do Norte!
Onde ser forte, é preciso.
Minha casa é a floresta,
E minhas ruas, os rios...
No rio, vejo o menino,
No rio, vejo o velho,
No rio, vejo famílias inteiras...
Todos em suas pequenas canoas, a deslizar sobre as águas.
No rio, vejo barcos de vários tamanhos: Levando e trazendo gente,
Cargas,
Sonhos...
Cena corriqueira, pra quem vive na Amazônia.
Nossos rios, lagos e Igapós, são estradas, e também nossa fonte de alimentação.
Neles, têm peixes para todos os gostos, que fazem dos nossos pratos, algo singular!
O chibé, que já matou a fome de muita gente, floresta adentro, antes não era muito bem visto, hoje, é exibido com orgulho!
Peixe seco, pode ser qualquer um, variedade aqui não nos falta, vou te mostrar apenas alguns:
Tem o pirarucu, peixe nobre, conhecido por bacalhau da Amazônia, super versátil...
Pode se apresentar elegante, quando à la casaca, ou na simplicidade do chibé.
Temos pescada, da branca e da amarela, aruanã, catrapola, matrinxã, tucunaré, filhote, surubim, tambaqui, jaraqui, pacu, aracu, e o bodó (nossa deliciosa lagosta negra). A lista continua... mas eu paro por aqui.
É hora de apresentar as frutas, que assim como os peixes, são muitas por aqui:
O açaí, superou todas as barreiras, hoje, é consumido até fora do Brasil,
Tem cupuaçu, buriti, bacaba e patauá,
Uxi, mari, abiu, murici, jambo, araçá e taperebá!
É tanta fruta, para ninguém reclamar.
Delas fazemos sucos, doce, creme, bombom, e o que mais o caboclo inventar.
Temos o tucumã, conhecido de todos, mas que numa certa capital, se tornou um dos ingredientes chave, do autêntico x-caboquinho... a goma de tapioca e a pupunha, não podem faltar no nosso café...
Somos um povo que dividimos tudo, principalmente comida e fé!
Huuumm... E farofa de charque?
Essa, ninguém resiste, seja com a famosa Uarini, com a Bragança ou com qualquer farinha!
O piracuí, iguaria sigular, não passa de farinha de peixe, que se come com farinha de mandioca,
Oh povo, pra gostar de farinha!
A mandioca é mais do que nossa raiz,
Ela é a nossa própria identidade cultural.
Aproveitamos tudinho dela. Não existe nada igual. Isso, é sério! Vou te provar:
A casca vira adubo ou ração,
A poupa vira farinha,
O sumo vira tucupi, ingrediente de ouro, do famoso tacacá. Dele também extraímos a goma de tapioca, que origina vários outros subprodutos, mas esse assunto é longo... fica pra outra história...
Moramos num paraíso cheio de belezas naturais...
Temos praias maravilhosas: de mar e de rio, cada uma com sua cor e característica própria, mas todas belas por demais!
Os igarapés, refúgios para espantar o calor, só quem conhece, sabe dar ⁹seu devido valor!
O sol aqui pode até ser mais amarelo, mas a sua despedida... ah, com certeza é a mais bela!
Nossas danças e ritmos são os mais variados...
Somos um povo original, abençoado na música, na arte e na gastronomia.
Somos a Amazônia, somos o Norte.
Filha do norte
Sou o meu próprio Norte!
Filha da Amazônia
e cria das lendas...
Cresci ouvindo muitas histórias:
De Jurupari à Cobra Grande
Artifício dos antigos, talvez...
Freio para as crianças
e asas para imaginação.
Minha rede, minha nave,
Meu parque de diversão!
Que sempre me levou para longe...
Onde os pés não tocam o chão.
Sou viajante sem rumo
Que avistou um Belo Horizonte
E quis pousar...
Minha força vem da entranha da mãe:
Natureza,
Amazonas,
Caboclas ribeirinhas...
Nas minhas veias corre o
sangue das guerreiras,
que como uma aranha em sua teia,
Não se cansa de trabalhar.
Talvez, vivendo o dia a dia...
Vencendo os obstáculos,
ou simplesmente tecendo sonhos.
-Relato De Uma Moradora de Favela
Moro na zona Norte, mas poderia morar na zona oeste, leste, sudeste.
Moradora de periferia, não cresci na rua, mas cresci com muita alegria.
Nenhum amigo pra jogar bola, ou pra andar comido durante o intervalo da escola.
Nem bolinha de gude, nem empinar pipa eu pude !
E nem se quisesse, isso só me causaria estresse.
Moro na favela, aquela que o 99 cancela corrida, e o IFood não entrega sua comida.
Moro na favela, onde as crianças ficam na rua, até alta madrugada, e se xingarem as mães elas ficam caladas.
Sou moradora de comunidade, e nunca encontrei outras oportunidades.
Acho que sou feliz assim, talvez morar na favela, não seja tão ruim
Intensidade de uma Tempestade
Assim como a brisa do norte,
que agitam as águas do mar provocando espumas,
você sopra no meu peito um temporal de sentimentos,
despertando o melhor de mim, produzindo o melhor nós.
O seu jeito álacre perpassa meus medos,
me trasporta pela vastidão de sua intensidade.
Eu que sempre fui seguro, as vezes me acho perdido ao observar-te,
ao passo que me impressiono com a singularidade de cachos a se enrolar.
A razão deve ser o norte de qualquer um que deseje alcançar os seus objetivos. Para que isso se torne realidade, o indivíduo deve controlar seus sentimentos e emoções. Ninguém em sã consciência quer correr o risco de ver seus planos de vida destruídos por coisas tão insignificantes.
Mon Petit Phare
Teus olhos são como os faróis que iluminam ao norte um mar bravio e insólito e ao sul um oceano permeado de armadilhas que fazem naufragar os desavisados e ousados, consumindo a todos.
Quando nem imaginava existir tal força na natureza, me aventurei guiado pelas estrelas no mar de tua essência única, nesse momento, vislumbrei o longínquo o brilho de tuas incandescentes luzes.
Em busca de ti, naveguei com minha audácia no mar de teus pensamentos, combati os teus monstros e sobrevivi as tempestades de vosso temperamento, mas eu perdi minha alma antes mesmo de aportar.
Do alto das torres que iluminam o oceano de desejos, após uma escalada que quase me custou a sanidade, vislumbrei um vulcão que se projeta acima do oceano e exerce um fascínio irresistível, sem titubear me lancei em tua boca e me perdi em teus beijos.
Tal como Ulisses, sou um naufrago aprisionado na ilha das Amazonas ao leste e a oeste na ilha de Apollo, vitimado pelo meu desejo insaciável de ti.
Detido pela força de Era, que se apiedou de minha condição, fui levado a um monte em segurança, mais uma vez aprisionado, entre o vulcão que me consumira e um vale de desejos que me levaria em direção ao teu cerne misterioso.
Sofri com a dúvida, mas o ressoar de tambores ancestrais vindo do leste, moveu-me na direção de meu destino, percorri o vale em segundos para me deter ante os portões que me levariam a você.
Lutei contra os meus instintos, temeroso e vacilante, fui vencido pelo canto das sereias, que usaram a força da maré cheia e sequestraram minha vontade, adentrei o teu ser, invadi o oceano oculto dos teus desejos em busca de mim.
Dentro de ti, guerreei contra mim, contra os meus instintos, contudo, fui vencido pela intensidade de tuas certezas, que me reduziram a um ser devotado e cativo, desejoso de tua natureza deifica.
Como na Ilíada, ao reconhecer tua divindade, fui alçado aos teus olhos, agora pequenos faróis que iluminam oceanos pacificados, pois tu és deusa e eu um mago, tu és a luz para um mundo em caos enquanto eu, sou o caos feito homem para te amar.
Casthoro´C
MÃOS-POSTAS
Poéticas sem norte, leva-me pra sintonia
Das emoções plenas, quiméricos cantos
Asas da imaginação, os encantos, magia
Ou me perca, a devanear, sonhos tantos
Poéticas sem norte, leva-me para a urgia
Das ilusões, cuida dos meus juízos santos
Ou não. Traga-me cânticos com melodia
Quando, suas cadências, são quebrantos
Sentimentos, sensações, em liberdade
Que põe liberto o destinto pro criador
Tendo narrativa e emotiva descoberta
Ah! poética sem norte! Tende piedade!
Inunda a alma do poeta com o que for
Contanto que não seja poesia incerta!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 outubro, 2022, 16’08” – Araguari, MG
Sou uma bússola as vezes estou no norte, sul, leste oeste. Não tenho casa propia não sou de lugar nenhum, não estou apegada a nada Não tenho nada a perder .
Meu Norte
Sou forte
Pertenço ao povo do norte!
Nascemos na floresta
Crescemos tomando banho de rio
e correndo atrás dos bichos
Joelhos ralados nunca foram empecilho
para acabar com tamanha euforia
Compartilhamos ruas
por onde passam nossos barcos e canoas
Num eterno deslizar sobre as águas
Colhemos frutos, comemos peixes
e pescamos sonhos
Fazemos roça, plantamos...
ah! mandioca
O que seríamos de nós sem ti
Sem extrair o tucupi e como bônus temos a goma de tapioca
Ah, e farinha nossa de todos os dias
Basta um pouco d'água para virar um delicioso chibé
E acredite, a nossa farinha vai bem até com café
Dividimos fauna, flora, crenças e lendas,
dividimos a fé.
Filha do norte
Sou o meu próprio Norte
Filha da Amazônia
E cria das lendas
que circundam a minha gente.
Cresci ouvindo muitas história
De Jurupari à Cobra Grande
Artifício dos antigos, talvez!
Freio para as crianças
Asas para imaginação.
Minha rede era a minha cama
Meu parque de diversão!
Nave que me levava
pra muito longe,
onde meus pés não tocavam o chão.
Sou viajante sem rumo
Que avistou um Belo Horizonte
E quis pousar.
Minha força vem da mãe natureza,
Das Amazonas,
Das caboclas ribeirinhas.
Nas minhas veias correm
sangue das guerreiras que,
como uma aranha em sua teia,
Prende o que a alimenta
e descarta o que lhe faz mal.
Meu canto!
Me perdoe Sul e Sudeste
Norte me perdoe também
me desculpe Centro Oeste
sei que de tudo aí tem
mas pelo pouco que reste
eu não deixo meu Nordeste
pelas terras de ninguém.
Não quero cantarolar falsas esperanças mas vejo o veganismo como norte sem volta para a humanidade porque os argumentos estão vindo de origem bem diversa (espiritual, ética, ideológica, ambiental etc ). Nesse movimento, muito atrapalha querer que o outro seja vegano pelos mesmos motivos de si, mas isso é da natureza humana. Boicotando a desgraça dos animais já bastaria por ora, diferenças resolveríamosno caminho.
Costumo dizer que a humanidade segue uma linha natural de evolução só alterada em períodos de catástrofe. E quais são as catástrofes que mais se assomam no horizonte? Colapso de recursos e colapso do capitalismo. E ambas as hipóteses tem a tendência de reforçar o veganismo (talvez como nunca antes). Não sei se é pra 2050 ou 2300, mas exploração não tem como prosperar indefinidamente. Estamos chegando ao pico, e dele cairemos.