Norte
Discurso na seção de achados e perdidos
Perdi algumas deusas no caminho do sul ao norte,
e também muitos deuses no caminho do oriente ao ocidente.
Extinguiram-se para sempre umas estrelas, abra-se o céu.
Uma ilha, depois outra, mergulhou no mar.
Nem sei direito onde deixei minhas garras,
quem veste meu traje de pelo, quem habita minha casca.
Morreram meus irmãos quando rastejei para a terra,
e somente certo ossinho celebra em mim este aniversário.
Eu saía da minha pele, desbaratava vértebras e pernas,
perdia a cabeça muitas e muitas vezes.
Faz muito que fechei meu terceiro olho para isso tudo
Lavei as barbatanas, encolhi os galhos.
Dividiu-se, desapareceu, aos quatro ventos se espalhou.
Surpreende-me quão pouco de mim ficou:
uma pessoa singular, na espécie humana de passagem,
que ainda ontem perdeu somente a sombrinha no trem.
Fogo-fáuto
Como eu queria ser o desumano vagabundo a sobrevoar sem norte, sem medo, o mundo.
À sorte o meu lugar de não saber se atravesso o ser da pedra que sou e desmereço,
Barão fino puro o traço da goela ao laço, dádivas, duro dizeres trovas e apanhares sovas.
Do desgosto que foi do outro morte só por selo, trovador e fogo posto, finado em fim de Agosto,
Que do meu jazido brotem noites de fogo-fáuto que eu o verei de azul do alto,
Desde que sobrevoe o mundo desumano e vagabundo, deixem-me pérfido morar no fundo.
Pela minha cadaverina fecundo o solo onde amarei de novo, serei broto, povo e Papaverina
E ao meu lugar vou ousar ser bela sem que ninguém me atropele... ali irei ser flor a brotar.
Hei-de ser pelas mãos de quem amar deslumbrando de mim e do o meu encanto.
Nada posso contra o querer, sou de novo vagabundo, sobrevoo sem medo nem norte o mundo
Não vejo mar nem o azul do fundo, vejo purpura, cor de encanto e de novo morro pro mais belo acordar.
Todos os dias a mente faz uma jornada
Ela viaja do oriente a ocidente, de norte a sul, faz curva no presente, muda vida de muita gente, o céu não é mais azul, a aquarela febril do arco íris, machuca, cura, tripudia, elege mais um, a sepultura, ninguém sabe onde está, pois a amargura nos grilhões desatinados, povo marcado, elite sem cultura, ferve o caldeirão da briga pela sobrevivência, a maioria sem armadura, pois isso eu permito e digo, mesmo sem saber e sem noção, vou dedilhando uma porção, entre amigos e diabinhos, em cima de pedras abrindo caminhos, pensamos de ir lá pra cima, logo agora que recebemos visita da China, é verdade, o oriente e ocidente se encontram, no grande mapa que se aponta, o caos, meu Deus, prende o satanás, uma prosa, uma loucura, uma palavra, uma piada, todos os dias a mente faz uma jornada.
Giovane Silva Santos
Meus diplomas
Tenho um parâmetro confuso.
Já perdi o norte.
Culpei a falta de sorte.
Pelo aflito coração intruso.
Por todas angústias.
Todas preocupações.
Agonias e aberrações.
O desatino da mente.
O ímpeto descontente.
Avaliei as considerações.
Incapaz e frustrado.
Fugaz e enjaulado.
Sem função e nada de maestria.
Como dói e consome dia dia.
De repente me deparei.
Estou eu no coliseu de Roma.
Ou não.
Sou eu formado e com uma série de diplomas.
Certifico mim dono da dor.
Agrego o sofrimento.
Também manifesto desamor.
Por não entender o sentido do tormento.
Mas eu consigo ser conselheiro de mim.
Não sei o que faço com diploma.
Pois a tristeza é forte aroma.
Que se aloja em mim.
A ignorância é devastadora.
Dizia o poeta.
A luta continua.
Diploma pode ser uma lavoura.
Simplesmente se houver coragem de enfrentar as feras que existe no coliseu em mim.
Pode ser em Roma, sem diploma.
A coragem de começar e saber que ainda não é o fim.
Giovane Silva Santos
Oh, eterna Naiá!
Lembra daquela lua cheia que presenciou quanto estava no Norte?
Aquela que te fez sorrir, que seus olhos se encheram de lagrimas...
Saiba que aquela mesma lua nos fez sonhar,
Sonhar por dias vindouros,
Sonhar por dias melhores,
Sonhar por lugares melhores,
Esse lugar é aqui!!!
Seja bem vinda!!!
TANGARÁ DA SERRA: Nosso `Vale do Silício` na paisagem do cerrado. `Capital do Médio Norte`, esteio de um grande estado.
Onde as águas do opulento Sepotuba, trançam os campos de alvos algodoais, com formosos girassóis e seus verdes cafezais.
Onde o intrépido pioneiro e o resiliente Parecis, alimentam a esperança, de um jovem aprendiz.
Com sua gente heroica, que não reluta em sair às ruas, para defender as bandeiras suas.
Com suas festas tradicionais, seus desfiles cívicos e as canções dos festivais.
Da labuta de seu campesino, que de madrugada deixa sua roça e para a feira segue em destino.
De seus bairros tradicionais: Shangrilá, Portuguesa, Esmeralda, Tarumã, Horizonte, Arapatunga, e tantos outros mais ...
A cada ano, sua área é expandida; a cada início de dia, nova construção é erguida. Suas largas avenidas, imponentes e floridas, levam a um novo destino, a uma vila recém-nascida, a um sorriso de menino.
Sua pedra, ainda Solteira, do alto da cordilheira, recebe seus viajantes (com seus sonhos e semblantes) encantados com as cachoeiras, de belezas exuberantes.
Se não bastasse tanta fartura, Deus ainda lhe deu a honra, de nascer em 13 de maio, na abolição da escravatura.
Fui pro sul e pro norte
Procurar meu amor
Quando me cansei
Olhei para frente e percebi
Ele estava bem alí
Me observando
Decepcionado
Pai,
Cada dia que passa,
Estás sendo meu Norte,
Meu desejo,
Minha vida,
Meu jardim,
Meu refúgio.
Contigo esqueço minha solidão,
Minhas frustações,
Com vc renovo minhas energias,
Nessa sinceridade,
Quero deixar minha vaidade,
Energías positivas quero ter,
Sobrar pra doar,
Mais um pouco para um,
Mas um pouco pra outro,
Quero fazer das suas palavras perfeitas,
A minha estrada,
Ouvir sua doce voz,
Quero me fartar no teu espirito,
Na sua presença quero sempre estar,
Sem medo de nada,
Faça de mim sua obra de arte,
Da mais alta qualidade.
Feita sob minha medida,
Só pra te amar,
Quero te adorar,
Quero te louvar,
Quero te axautar,
Por todos os dias,
Quero velejar no teu espirito,
Deixe-me navegar no teu mar,
Quero mergulhar,
Sem medo de me afogar,
Me ensina a te querer mais,
Tú és o autor da vida,
Tu és o dono de tudo,
Dê-me a tua sabedoria,
Me ajude Pai,
Nada posso fazer sem ti,
Enche-me com tua unçâo,
Leve-me para teu monte,
Mostre-me o teu horizonte,
É pra lá quê quero ir,
Vai Pai,
Me ajude por favor,
Tú és minha Rocha Pai...
Autor :José Ricardo
O primeiro passo sempre é o mais difícil, por que ele é o norte pra onde você irá seguir, o receio dele tem que ser natural, mas não pode ser impeditivo
A Casa do Fontão -
A Casa do Fontão
é uma Casa especial
junto à Serra do Marão
ao Norte de Portugal.
De seu coração bondoso
Dona Luisa vem à porta
de sorriso carinhoso
nada mais ali importa.
E os dias vão passando
cada canto é especial
Dona Luisa vai mostrando
uma amizade natural.
É arte bem receber ...
E junto à Serra do Marão
fiquem todos a saber
que é na Casa do Fontão.
(Dedicado à Dona Luisa e à sua belissima Casa do Fontão que, ao Norte de Portugal, junto à Serra do Marão em Amarante, inspira paixões, amizades e poetas ...)
Assim diz o Senhor
“Minha verdade viaja do ocidente ao oriente, de Norte a Sul, atravessa os trópicos, até os astros contribuem para desatar os nós de enganos, o sopro de do vento viaja diariamente, incessantemente e intensamente, revelo minha justiça, dou aos retos, justos, bondosos, humildes, injustiçados e enganados.”
Giovane Silva Santos
Morte
Se um dia eu ficar sem norte,
se um dia bater à minha porta a morte,
e sem ar, sem poder respirar,
ela me abraçar,
não fique triste,
não há motivos,
emotivo ficarei de ver-te triste...
A Finitude, é como as mãos atadas, a mente travada, um norte obscuro, sendo necessário neste momento, a ESPIRITUALIDADE, a conexão com o sagrado, e poder refletir que tudo está sobre controle e tudo irá passar!
Nunca me perdi navegando por mares desconhecidos...
...fantasia não tem norte ou sul.
Tem infinito!
Existem dias que, sem mais, sem menos, a gente se sente sem. E sem rumo, sem norte e sem bussola, sem sol e sem lua, sem casa e sem rua, sem amigos, sem graça e sem sal, sem bula e sem capital, sem ninguém nos esperando no porto, sem sonhos, sem nada para dar e sem receber, seguimos, assim, sem destino, sem querer. E assim, sem que ninguém perceba, sem que ninguém note, sem que ninguém saiba, deixamos de ser.