Norte
Somos subversivas porque não seguimos ninguém. Nosso norte é a nossa consciência crítica e nosso autoconhecimento.
Norte...
Alguém sabe me informar para que lado fica o Norte? Perdi minha bússola!
Pense nisso...
Pr. Valdemar Fontoura
Sou da idade da vida
Sem religião nem seita
Minha ação é percebida
Todo mundo me respeita.
Norte, sul, leste e oeste,
Vou como um raio celeste,
À qualquer parte do mundo
Sem pé sem mãos e sem asas,
Visito milhões de casas,
Em menos de um segundo.
(...) As entrelinhas da fala ou da ação poderá dá um norte, porém o conceito do que acha, é apenas subjetivo...
HÁ EM MIM
Há em mim uma quietude de morte
Que procura o norte
Um ser errante de lavrada poesia
Pois os sonhos são bússolas
Que me guiam por terras distantes
Em fantasia onde a minha alma mora
Raízes em solidão na terra de fontes pagãs
De desencantados contos encantados
Paisagens mágicas de verdes flores
Há em mim sonhos de embalar de terra lavrada
Que procuram o sol nas noites de lua cheia
Pois escrever é ter na mão o negro luto da caneta
Numa quietude de morte no peito coroada de rosas
A vida é como o vento ,ela te leva de norte sul leste oeste em torno de todo o mundo mais você não sabe para onde vai assoprar o amanhã
Encarem o diagnóstico, não como um rótulo, mas sim como um norte. É fundamental identificar quais são as dificuldades da pessoa autista que merecem maior dedicação, mas não fiquem falando quão difícil são os obstáculos e nem criticando seus comportamentos. Elogie cada passo dado!
No Mapa
Pelo litoral
ficou
de norte a sul
nagô.
Ficou no Recife:
xangô.
Na Bahia ficou:
candomblé.
No Rio grande é o que?
– Batuque, tchê.
Filho de santo
de bombacha,
Ogum
comendo churrasco:
jeito
gaúcho
do negro
batuque.
EM CADA TRAÇO
Em cada traço do teu rosto
Há uma estrela angelical
No hemisfério norte do amor
E em cada letra do teu nome
Há um verso rimado de mim
E quando de ti tenho fome
Tu convidas-me ao pecado
E em cada linha do teu corpo
Tem a luz o desejo da tentação
Que me devora num mágico sonho
Em cada gesto de loucura num poema
Replique logo ali, num mais tarde contemporâneo que EU fui o dedo que apontou teu Norte, e mostrei a direção da luz.
Só não digas jamais que fui o mentor e te carreguei nos braços ou que fui eu que o ajudei.
Seria em vão ditar meu mantra uma vez que meu nome além de igual aos de alguns nem seria causa de tua ascensão ou queda, se assim não o quisera...
Todos querem a sinceridade como norte na vida, contanto que não seja pra falar de suas verdades. Porque aí já não se trata mais de honestidade, configura-se em ofensa!
Nodo norte e nodo sul.
Já fui morte, já fui ao azul
nublado e à dourada estrela
enquanto ardia em chamas púrpuras. Treda
sou, a verdade eu prego.
Neste planeta ou em outro,
não importa. Pra sempre eu
serei horrivelmente bela,
magnificamente torta.
Tu bem sabes que não adianta
mentir pra ti mesmo.
Nesta vida e em outras,
tal mania te trará autodesemprego:
vazio de ti, teu não-ser comandante do caos orquestral.
“Corre, e vê se acelera!
Te apressa que essa chance única
é escorregadia. Tu não merece nada além disso, vadia!”
E, assim, a lúdica ilusão te encarcera.
O Sol na varanda, antes que a cidade acorde
O código de cores da manhã, dará pista de um novo norte
O passado é como um velho cometa, abandonado a sua própria sorte
Se perguntarem, não se esqueça:
Eu não vou voltar
Discurso na seção de achados e perdidos
Perdi algumas deusas no caminho do sul ao norte,
e também muitos deuses no caminho do oriente ao ocidente.
Extinguiram-se para sempre umas estrelas, abra-se o céu.
Uma ilha, depois outra, mergulhou no mar.
Nem sei direito onde deixei minhas garras,
quem veste meu traje de pelo, quem habita minha casca.
Morreram meus irmãos quando rastejei para a terra,
e somente certo ossinho celebra em mim este aniversário.
Eu saía da minha pele, desbaratava vértebras e pernas,
perdia a cabeça muitas e muitas vezes.
Faz muito que fechei meu terceiro olho para isso tudo
Lavei as barbatanas, encolhi os galhos.
Dividiu-se, desapareceu, aos quatro ventos se espalhou.
Surpreende-me quão pouco de mim ficou:
uma pessoa singular, na espécie humana de passagem,
que ainda ontem perdeu somente a sombrinha no trem.