Frases nordestinas carregadas de cultura e sabedoria popular
Como o nordestino ver
Como e bom poder,
Pode acordar e olhar
minha terra tão bonita
Tenho respeito e orgulho
dessa gente tão sofrida.
Mesmo sofrida essa gente luta pelo
seu direito, em poder sonhar
em ter um mundo mais perfeito
Com muita alegria agradeço,
não por tudo.
mas por tudo ser perfeito
dou viva ao Rei do Baião
uma figura popular e muito importante
aqui no meu sertão
No meu Sertão mesmo distante.
vejo Asa Branca vindo, e abençoando
lá de longe, e avisando ei
se prepara
São João já tá chegando !
ansioso esperando por essa festa
tão maravilhosa de baixo
da Benção da Lua, com Sereno
da noite a festa continua,
Olhando para cima eu agradeço
Com muito carinho e respeito
Pelas belezas das terras e
Das águas que me banhar,
continuo comendo comidas
típicas, de milho a canjica
Dançando forró com
uma nega mais bonita
Que o Nordeste me propociona.
Mais com muito respeito, se
santo antonio me dar Jeito,
amanha mesmo deixarei
De ser solteiro.
ASS: poeta desleixado
Eu sou nordestino
sou deste lugar
do sertão matutino
onde brilha o luar
que por Deus foi eleita
a terra perfeita
pro homem plantar.
NORDESTINO.
Somos de boa conduta
terra de povo valente
mesmo na seca bruta
não arrega da semente
se não sabe dessa luta
não fale nada da gente.
O MATUTO E O INFLUENCER
Certo dia o influencer
Visitou o nordestino
Deu as dicas de vestir
De como ficar grã-fino
Jogue fora o gibão
Use linho e algodão
Fale baixo, seja fino
O matuto concordou
Ficou todo engomado
Teve aula de etiqueta
Falava bem educado
Parecia um doutor
Já dizia por favor
Com licença, obrigado
Mas quando o influencer
Deu as regras do jantar
Jogue fora o cuscuz
Coma trufa e caviar
O matuto se arretou
Esqueceu o que herdou
E disse "vá se lascar"
Dia do Nordestino
No dia do nordestino
Queria então lhe dizer
Que tenho muito orgulho
Por aqui permanecer
Sou raíz desse nordeste
Sou cabra duro da peste
Nunca vou esmorecer.
Somos um povo sereno
que respeita o semelhante
todo nordestino é pleno
e o conselho é que se plante
pois aqui nesse terreno
quando nasce um pequeno
a vida faz dele um gigante.
SÃO JOÃO
A festa mais bonita
Esse é o destino
Em todo canto alegria
Tradição do nordestino
A praça fica pequena
Tem mulher e tem menino.
Todos querem apreciar
A beleza dessa cidade
Atração impecável
É grito de felicidade
São João em Santo Estevão
Tem forró e tranquilidade.
Pegue a BR 101
Venha curtir o forró
Esse povo acolhedor
Aqui ninguém fica só
Até mulher encalhada
Saiu se livra do caritó.
Oxente, que tá esperando
Tem comida boa da região
Canjica, bolo e pamonha
Aqui não falta animação
Licor para esquentar
E viva nosso São João .
Autoria Irá Rodrigues.
"Que Deus preserve em mim as duas principais características do povo nordestino:
a coragem e a perseverança."
"Sabe por que nordestino não tem medo de fantasma? Porque aqui a gente já vive assombrado com as contas pra pagar, não sobra tempo pra ter medo de assombração!"
...Tu é um aconchego nordestino
Tu é um desmantelo de amor
Tu é mandacaru que tem espinho
Mas que as vezes brota flor...
Não pense que o nordestino
desconhece a sua razão
mesmo se for franzino
é mais brabo que Lampião
quem tem medo do destino
não sabe o que é sertão.
Frases, textos e citações by Josy Maria
Dia do Nordestino
O povo nordestino carrega no peito a teimosia de ser feliz. Teimosia essa causada pela coragem de um povo que luta pelo que acredita e insiste na poesia da vida, mesmo que às vezes seja um poema triste, mas no qual a beleza existe. O nordestino sorri com graça e segue com fé, na vida que brota, teimosamente, nos corações que não cansam de acreditar e colhem as alegrias enviadas por Deus. A esperança do nordestino é como um poema que não cansa de ser recitado. Ele em si é a própria poesia melodiosa que encanta diante do encanto que é viver a vida, com toda sua graça e desafios. Parabéns para nós, nordestinos.
Celebremos nosso dia!
Josy Maria
8 de outubro - Dia do Nordestino
Sina Nordestina
Sou nordestino,
feito de sol e poeira,
de mãos calejadas
e alma verdadeira.
Querem me afogar
em águas de secas,
mas sou raiz que resiste,
sou chão que não se entrega.
Minha sina é estrada,
vento que corta o rosto,
é lágrima engolida
no silêncio do desgosto.
Garota, se soubesse
o que carrego no olhar,
entenderia que o sertão
não se curva ao queimar.
Povo sem sensibilidade,
que julga sem conhecer,
não sabe que na seca
aprendi a florescer.
Ser Tão Nordestino
Andano
De pé
Descalço
Andano
De pé
No chão
Pisano
Terrinha
Fria
Ou quente
Se é
Verão
Saudades
Sentiu
E muito
Do tempo
Em que isso
Era bão
Bem bão
Era bão
Como era
Bão mesmo
Danado
De bão
NO CHÃO DA PARAÍBA (Tereza Norma)
De volta ao seu chão, nordestino
Pés, nos pés da sua Paraíba
Neste regresso, és sol matutino
Reencontro, onde o orgulho arriba
Nos braços e nos abraços, oxente
Cada traço riscando o seu cristalino
Es destino, em um destino resistente
Distante, e ainda daí. Oh, menino!
Apesar da aparência de estradeira
Tal onipotente é o amor Divino
Assim, também, és forte videira
Na fado um espírito peregrino
Tua terra, do Nordeste, Norma Tereza
Resvala nas lembranças hospedeira
D’Alma, porém nesta tal correnteza
Jorra a tua saudade verdadeira...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2018, maio.
Cerrado goiano
Título: Nordestino, não sinhô!
Nordestino so não,
mas João sim, cabrunco arretado,
virado no Lampião, quase São Sebastião,
Desce pra apartá-lo.
Mas João é ligeiro, quando vê Chico, logo faz peça:
"Vá embora, cabra, que aqui não tem conversa!"
A moça do lado se derrete, "Que homi macho da peste!"
Mas Chico tem dois zóis de bote, pra teste.
Com seu olhar de aço, não se intimida fácil,
mas pisca pra João, que só sorri:
"Vem cá, cabrunco, que aqui é dos mais esperto,
A Rosinha é minha, e com o resto não converso!"
A moça só observa, enciumada e encantada,
mas no sertão, quem manda é a boa risada.
Entre facão, palavrão e riso na praça,
João e Chico, dois cabras que só buscam graça!
Caruaru
Vamos benzinho
pro agreste nordestino
vamos pra Caruaru
dançar o forró agitado
Eu, com o meu vestido de chita floral rodado
e as madeixas enfeitadas
com as flores do mandacaru
Tu, chapéu de cangaceiro
fingindo sotaque maneiro
escondendo o forasteiro
Tomaremos goles de capeta
comeremos petiscos com cumari
empoeiraremos o terreiro
Para depois do cansaço, uma bela rede rendada
amparada nas paredes de taipa
de um velho bandoleiro.