Noites Traiçoeiras
Essas noites de verão são curtas. Ir deitar antes da meia-noite é impensável e a conversa, o vinho, o luar e o ar quente costumam se unir para adiarmos mais uma, duas ou três horas.
Todas as noites são um tormento
Sinceramente, não sei como ainda aguento!
Talvez seja fácil pensar nos outros
Viver aos poucos...
Como se tudo fosse acabar logo.
Permaneço sentado
Ensopado e amargurado
Contando as ranhuras na parede
Mordendo os lábios com sede
Sinto que estou pronto
É tudo isso e ponto
Acabou o tempo
Minha dor é alimento
No poço se fundo
Enfermo mundo.
SOLIDÃO DA QUARENTENA
Para meus amigos das noites de sábado
Hoje meu jantar, foi uma simples omelete com pão que preparei. Abri uma garrafa de vinho que já estava na geladeira há mais de mês. Abri-a vagarosamente, para não romper a rolha, mas também para fazer uma reverência ao instante em que ali eu me encontrava.
Eu estava só. Escorri o líquido e fui sorvendo-o sem ater-me muito ao sabor, mais àquele estranho momento. Quis brindar à minha solidão. À quarentena imposta sem muita explicação. Aos sorrisos que me faltaram na hora, aos abraços que me foram exilados.
Eu brindei sim, ergui a taça e, de repente, me vi dentro dela, com minha agonia, com o meu medo de não saber se ainda terei a oportunidade de brindar com meus filhos, familiares e amigos. Oportunidade de tomar um porre e rir , rir muito, como fazem todos os que se excedem na bebida. Mas não, eu chorei, chorei sozinha, copiosamente, com pena de mim mesma, por não saber me livrar dessa convulsão que por hora assola toda a humanidade.
Tim tim 🥂
melanialudwig -
21:40h - 03/04/2020
QUARENTENA I
Todas as noites estou indo dormir com a sensação de que o dia não existiu.
Apenas se repetiu...
Estou com saudades de mim mesma, dos meus sonhos, meus projetos, meus amigos, meus filhos, meus irmãos.
Agora sinto como é importante para nós o tempo demarcado, estabelecido, daqui a um mês, dois meses, ano que vem.
Estamos incapacitados de fazer planos a médio e longo prazo.
Parece que fomos jogados num espaço sem relógio, sem pontos cardeais, sem bússola e sem saber de que lado estaremos quando tudo isso acabar.
Ninguém sabe...
melanialudwig - 05/04/2020
És a Lua que ilumina minhas noites és as estrelas que fazem meus olhos brilhar és o perfume das Rosas do mais belo jardim és meu eterno amor
Ass CICERO LYRA
A anciedade dói
Dói a insegurança que ela traz como bagagem,
As noites em claro esperando algo que sua mente inventou,
Dói as lágrimas de desespero por se sentir insuficiente,
Dói a solidão que nos acompanha.
A mente ansiosa é sombria e dolorosa, cada passo milimetricamente pensado e doído, cada decisão difícil que mais parece uma facada no peito.
Muita gente não entende a ansiedade, para muitos é bobagem ou frescura.
Mas a pergunta que não Cala é:
QUEM TEM A MENTE SÃ ?
Hoje somos todos reféns dos nossos pensamentos sombrios e Dolorosos
Ei outono, será que é pedir demais?
Dos caminhos vividos
Das noites silenciosas
Eu só quero o calor
O calor e as prosas
Dos dias compridos
Das folhas desprendo
Eu só quero o outono
Com o outono eu aprendo
Das cobranças da vida
De cada tropeço
Eu só quero a chance
A chance do recomeço
Dos meus próprios caos
Das sombras no caminho
Eu só quero a esperança
A esperança é o ninho
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais 27/03/2023 às 11:15 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Nosso amor seria apenas a constelação de astros em muitas noites de luar. Eu seria seu céu em dias que eu viria apenas as estrelas em seu olhar a brilhar.
Todas as noites Dormem com tantos planos na cabeça Acordo sem muita vontade de concretizá-los, sempre adiando para o próximo dia, esse meu jeito de ser sempre deixando para amanhã talvez...
As pessoas dizem que não vai dar certo, nós falamos que vai todas as noites e provamos todos os dias.
Eu passei inúmeras noites bêbado, me equilibrando sobre o que restava da minha dignidade, me agarrava ao pouco dela para não te ligar, falar de como fez falta no meu dia, da saudade que tenho das nossas conversas sobre nada, saudade do tempo em que passávamos minutos envolvidos em nosso silêncio gritante… É, eu não liguei, não mandei mensagem, nem mesmo o arcaico sinal de fumaça eu mandei, por falar em “sinal”, ele se fechou para nós. Eu escrevi no meu caderninho de versos :
“me deixe em paz”…
Mas que paz é essa? Sem você, sem o seu riso enchendo a sala, sem o seu perfume, sem as suas risadas das minhas piadas sem graça, sem a sua voz no meu ouvido…
O que me resta na verdade, além de garrafas e guimbas de cigarros pela casa, é recomeçar, mesmo sem você eu vou seguir, um passo de cada vez, um sorriso desconfiado, um abraço com medo, um beijo sem envolvimento, um olhar sem cumplicidade…
Vou me entregar para outros planos, outros enganos, outras noites de bebedeira e versos. Que os bares estejam lotados, que as camas sejam quentes, os beijos ardentes, os amores podem até ser curtos, mas que sejam bons, amigos e que durem um curto infinito. Infinito esse que não deixe saudades, vontades, desejos de mais “um”…
E assim eu vou por ai, bêbado e me equilibrando no que der, no que me faz te esquecer…
#saudadedonossoamor
AS BRUXAS DA BANDA DE CÁ
NAS NOITES DE LUA MEIA
ENQUANTO NÃO HOUVER LUA CHEIA
Ó bruxas, que seguem cegamente o poeta
Porque o perseguis, inúteis madraças
Nas arremetidas das noites baças
Quando ele só quer paz de anacoreta?
Senhor meu das odes minhas, ó profeta
Livra-me destes vulcões de lava
Deste bruxedo que não se acaba
Neste peito cansado de correr sem meta!
Fugi de mim, loucas sombras feiticeiras
Do meu leito de desprezo e desamor
Deixai-me sentir o viver, ó coveiras!
Da minha vida já ida de sonhador
Neste tempo amargo em que as bandeiras
Ficaram sem mastro de adriça, nem amor!
(Carlos De Castro, em Maiorca, 07-06-2022)
MÃE CANTA PARA MIM
Canta:
As tuas ladainhas de embalar,
Nas noites de menino a arfar
À procura de um sono imenso
Com cheiro a fumo de incenso
Para quebrar o quebranto
No desencanto
Do mau-olhado
Rezado e talhado
Na cruz de Cristo
Ensebada
Por mãos de outros usada
Na renegação do malquisto
Que vem pela calada
Na inocência
Até à velhice da demência
Sem nunca parar o maldito
Do proscrito.
Mãe:
Vem.
Canta para mim.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-10-2022)
DORA DA MINHA DOR
Clamei por ti noites inteiras.
Eras a Dora
Da minha hora,
Que foi amar-te nas clareiras
Das selvas em que vivi.
E eu sempre a chamar por ti.
E a Dora que agora
Me desadora,
Esta perfumada e rica senhora
De berloques de jóias gamadas,
De mamas por gigas sustentadas,
Faz de conta que não existo
Na sua memória cruel!
Não adiantou eu dizer: Sou o Manel,
O que te aliviou o "vírgulo"!
Pelo visto e sem mais vírgula
É triste lembrar assim
Quem não se lembra de mim...
Ah, Dora, mulher fatal,
Que matas qualquer mortal
Como me mataste por fim!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 31-05-2023)
Escrever silêncios,
registrar dias e noites,
tempestades e calmarias
amores e desencontros
descrever o inexprimível.
Concretizar delírios em realidades
apagar sois e esperanças.
Poderia ser Rimbaud
ou Vinicius de Morais
Paul Verlaine ou Neruda
mas sou sou poeta.
O QUE EU QUERIA SER
Eu só queria ser a luz do teu olhar
O braços que te abraçam
Nas noites de luar.
Eu só queria ser
A brisa da manhã
O vento refrescante
Das tarde de verão.
A água limpa e doce
Que banha o teu corpo
Sedento de calor
O vinhO dos amantes
Que aalegra o coração.
São só pequenas coisas
O que eu desejo ter
É pura vaidade
A febre do querer.
Eu só quero uma coisa
De real valor
Eu daria tudo isso
Pelo teu amor.
A enfermagem é um farol em meio às tempestades.Nas noites frias, em dias turbulentos,nos fins de semana e feriados as pessoas terão sempre anjos de luz prontos para cuidar com meraki dos enfermos.