Noites Traiçoeiras
Sou saudade em noites frias,
solidão ao amanhecer.
Sou tristeza e fantasia
quando falo em você.
Na verdade não sei quem sou,
talvez melancolia
Quem sabe poesia,
verso ou poema,
escrito sem autor.
Tudo que sei é que nada sei,
só sei, que não sei quem sou.
Sem você, não tenho nome
menos ainda sobrenome.
Sem você, tudo é saudade
tudo perde a cor.
Sem você não sou nada
sem você, nada sou.
Mais uma vez você me fez perder o sono
E isso tem se tornado tão comum todas as noites
Só espero que o sono me sequestre novamente
Antes que tu me faças perder o fôlego.
Até quando ansiedade, tu insistirás em me fazer companhia?
"sempre tem aquela hora em que a noite é mais escura
carrego comigo mil noites que jamais acabaram."
São Noites..
São noites muito longas e complicadas
no ser se instala uma morna sensação
e toma conta e se expande até a madrugada.
São noites de pensamentos e lembranças
de todos os momentos que foram vividos
de nossas especiais e inesquecíveis andanças
de um tempo que não será resolvido.
São noites perdidas de muita reflexão
de mistura de muitos e estranhos sentimentos
que provocam inúmeras feridas no coração
e a vontade de ter de volta todos os momentos.
São noites sem maiores esperanças
de dar a volta, de seguir em frente
viver uma vida com outras nuanças
visualizar e vivenciar um futuro diferente.
São noites de sufoco e agonia
na procura de explicações e justificativas
daquele se não fosse…. talvez seria…...
mesmo sabendo que já se fez todas as tentativas.
ANOITECER
Noite, suavidade, silêncio,
horas em que o pensamento viaja,
lembrando de outras noites que
já se foram.
Amores tidos, momentos alegres,
aventuras de um coração apaixonado.
Noite, onde sempre retorna o querer,
e o amor guardado.
Noite, momento de um dia predileto
da saudade.
Noite, que de suas estrelas
faz um longo cordão, onde amarramos
os nossos sonhos, e aguardamos que
o dia os concretize, para que a dor
no peito amenize e traga paz ao coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Venho de tantas despedidas, de noites mal dormidas, de sonhos destruídos, mas ao amanhecer esperanças reconstruídas..
Amo o canto vindo encantos dos versos de seus dias e de todas as noites, dando-lhes a viver a exuberante alegria e liberdade do amor.
OH MINHA MERCÊ
Minha mercê,
Parei um pouco de pensar em você...
Foram dias curtos
Noites longas
Sem você na minha cama,
Oh minha mercê,
Já fiz tantos poemas para você!
Falei do nosso amor
Oh como falei
Imaginei e pensei
Sonhei e decifrei
Eu te poetizei...
Vazio
Nas noites eu insisto em chamar o seu nome
Um dia você se senta silenciosamente
Como uma ilha deserta
E uma quietude de celofane fica presa na boca
O lamento da noite anterior
enterrado
sob os beirais baixos
Pela manhã quando as folhas verdes levantam suas cabeças
Vazio
Você vem correndo direto para mim
Na forma de luz solar recém limpa
A janela entediada
Puxa e empurra as nuvens o dia inteiro
E eu, que estou ainda mais entediado,
Puxo e solto as nuvens pelos chifres
E pelas entrelinhas do meu poema
Espalhando como tinta,
Você vem
Vazio.
São nas noites mais silenciosas que a minha mente faz mais barulho, são nessas noites estreladas que minha alma se inspira, que nesse momento meu coração suspira e toda minha tristeza e dor se transforma em rima
Eu morri muitas vezes,
tantas que não sei precisar!
Morri nas noites insones,
no dialeto mais insular.
Morri nas músicas desertas
no chão de terra batida
na mesa de bar desenhada
no céu da boca da vida.
Morri no versos íntimos,
no angustiante scream,
na amazonas do iludir
Nas temeridades do clarim
Morri no medo de agonizar
Morri no desejo de existir!
A MINHA BÊNÇÃO
Vida nua... mariposa das noites, fria
Qual um rio corrente, sem nada,
Sem destino e desvairada,
De caminho torto... de ardentia...
Vagueando curvas de pecados, fugidia
Em preces dolentes, maculada
Rompendo o sol, e desgraçada
Como as rochas vagas... de agonia...
Silêncio de bênçãos... branca alma
Arrastando saudades... sem talma
Poisando os pés descalço em dor...
Vida além... Ah, pobre vida além...
A vaguear no mundo... sem ninguém...
No mendigar dum só pouco amor.
E esse pulsar do meu coração, sentimentos transbordando por você nas solitárias noites de uma paixão ardente!...
"Sangue nos olhos é o resultado de noites de dedicação, que vão me preparar para os desafios do amanhã."