Noites Traiçoeiras
Será você que me fará feliz?
Os dias e as noites não sabem, mas o vento me diz!
Posso pensar que sim?
Seguirei então meu sonho em fim!
Devo esperar o ato a se concretizar?
Pois não preciso me produzir, a vida pode embelezar!
Esqueça as outras meninas que nunca fizeram sentido e não importaram. Esqueça as noites mal dormidas com pessoas vazias e de papel que se desmanchavam ao chegar do dia. Eu estou falando da que realmente importa, da que faz diferença. Daquela que, quando tudo parece que vai desabar, é para os braços dela que você corre. É quem você pergunta como foi o dia, pra quem você quer contar como foi o seu.
É ela. E você sabe.
E todas as noites sob o brilho do luar
Quero chegar mais perto ir mais além,
Quero te tocar, Quero te beijar!
TUA VOZ
Na escuridão das minhas noites ouço tua voz,
diminuindo assim a minha solidão.
Tua voz corta o silêncio,
trazendo ternas lembranças de momentos felizes e sorridentes que passamos juntos,
momentos revividos ao contemplar tua face, esta já
amarelada pelo tempo, que nem mesmo o papel este tempo
conseguiu consumir.
Tempo que passa lentamente, mas sempre me traz a noite e
Com ela mais uma vez a solidão e mais uma vez a tua voz.
Fev/2005
Saudade do tempo que tudo era mais fácil, do tempo que eu não
discutia noites e noites comigo mesmo.
“Somos o nosso pior inimigo, não tenha dúvida.”
Não podemos deixar para trás os nossos erros do mesmo jeito que não podemos deixar para trás nós mesmos.
Nossos pensamentos somos nós, nossas ações somos nós...
Nossos erros somos nós.
Apenas vire a pagina e conte a mesma história, mas veja de um ângulo diferente.
Seus erros serão seus acertos, serão você.
Todas as noites perdido no meu silêncio, eu travo batalhas, eu grito no infinito, eu peço a Deus discernimento, pra entender o porque de tantas coisas!
Tantos sorrisos se vão! e eu devo assistir tudo calado...
Antes de você, eu não entendia as canções, dormia bem todas as noites, não me importava com as minhas roupas, esquecia o celular, tinha pensamentos livres e horas vagas. Meu coração era saudável, lento, constante. Eu não tinha febre psicológica, crise emocional, stress acumulado, nem carência afetiva. Não tinha ciúme, ódio, ou pensamentos psicopatas. Eu sempre tinha a razão, não aguentava reclamações, não planejava tantas coisas boas e bobas. Antes de você eu não morria de saudade, não era tão bem-humorada, não me preocupava em fazer alguém feliz, em cuidar de alguém. Eu não sabia sequer que um abraço curasse tanta dor, que o mundo cabia num sorriso, e que era possível gostar tanto de uma pessoa. A verdade é que antes de você, o meu eu simplesmente não existiu, você me fez crescer e me fez ser assim como sou agora, devo tudo a você que me mostrou o verdadeiro significado de um amor de verdade.
Entrega tuas aflições e necessidades ao Senhor e descansa. Noites foram feitas para dormir. Deixa que Ele resolve tudo. Ao levantar no dia seguinte, você verá que tudo aquilo que te preocupava foi resolvido.
Onde
Onde você estava enquanto eu gelava,por dias e noites? Açoites de silêncio e solidão...
Onde você estava, onde se escondia, em que vão?
Será que ria do meu desespero, enquanto eu me unhava, descabelava e urrava como mulher das cavernas
que não queria mais abrir as pernas? Pra ninguém!
Onde estava você, meu bem?
Onde se encontrava você nas muitas vezes em que eu precisei? Eu tanto penei...precisando de um colo, de carinho, precisando de atenção.
Onde estava você, em que quarto, em que colchão?
Onde vagava você quando eu me sentia perdida, doente e quase demente de tanto sofrimento?
Será que seu pensamento alcançava a medida exata do meu tormento?
Onde você estava, que muralha tão impenetrável ergueu em volta do meu castelo, como reduziu meus sonhos a pó, a farelo e me deixou a ver navios, por muitos cios?
Onde você gozava? Em que sexos? Por que levou de mim todos os reflexos de luz, energia e calor? Como me causou tão grande dor?
Não foi você? Será que fui eu mesma que me causei apenas porque confiei?
Onde você estava enquanto todos os pecados eu pagava, pecados que nem mesmo cogitei?
Onde se escondia você, assim tão querido e tão fugido como nunca imaginei?
Será que também estava ferido? Incomunicável? Preso ao medo ou a ironia, se fez escravo de qual covardia?
Onde estava você meu bem, enquanto eu não perdia a esperança, enquanto eu buscava na minha criança interior a capacidade de perdão.
Onde estava você, perdido numa multidão ou na solidão de quem também sofre e chora?
Onde se escondeu você, quando de mim foi embora, onde se entranhou você, em cada minuto, em cada hora?
Seu cheiro ficou comigo, seu olhar animal, o abraço amigo, seu jeito paradoxal, eu fiquei com muitas coisas, eu fiquei no lucro, eu fiquei de luto por muito tempo. Eu fiquei sem tempo pra nada, eu fiquei descalibrada, mal amada.
Um dia não sei como nem porque você voltou a se comunicar. De onde saiu você, o milagre veio de que lugar?
Aos poucos eu voltei a sorrir, voltei a sentir que posso te tocar, voltei a vibrar e a enxergar o colorido que andava fosco. Esqueci aos poucos o desgosto, zerei a mágoa, achei melhor nem perguntar.
Mas agora aqui pensando eu queria te dizer:
Não me faça mais sofrer, porque não faço por merecer, eu só quero te amar !
Onde você estava? Tão longe de mim...
Onde você está agora? Tão perto assim...
Por favor nunca mais vá embora! Diga sim!
"Se me perguntassem o que desejo todas as noites antes de dormir, diria que desejo o abraço... o seu abraço."
É em noites como essa que pessoas se matam,
noites de insight's, noites de insonia,
noites que não se acabam.
Noites em trevas,
Em uma cidade que é um cú,
e nós, suas pregas.
Nós que nos esbarramos,
em grupos, como gados,
acorrentados ao cotidiano,
nós nos encurralamos.
Noites em que a vida, sem via,
segue seu plano,
enquanto nós ingenuamente acreditamos,
que somos nós que a planejamos.
Nos dias chuvosos, nas noites escuras.
Sinto algo obscuro dentro de mim.
Deve ser medo, que não tem medo.
Mais uma noite sombria.
Uma tempestade que me espera.
Descem os lobos da serra, dos montes.
Oiço uivarem de fome.
Sei que sentem o mesmo que eu sinto "medo"
O vento faz tremer as minhas janelas.
Os seus uivos de fome, causam-me compaixão.
Tenho uma admiração por lobos e muito respeito.
Por saberem conviver em matilha e na solidão.
Os lobos são livres, amam a sua liberdade.
Matam porque têm fome.
E nós somos escravos sem esperança.
Que devoramos a terra.
Matamos sem fome, por pura vaidade
Somos selvagens, sem dó...
Nem piedade.
Inimigos de nós próprios.
Egoístas, sem escrúpulos.
Neve lá fora, uivam os lobos
Descem a aldeia cheios de fome.
Pelas fragas, ribeiros e rios deste nosso Portugal.
Nós somos covardes.
Como uma matilha de ferozes solitários!
Nós, Poetas
Nós, Poetas, somos prisioneiros das noites de Luar,
Sonhadores que sonham acordados nas madrugadas solitárias,
Contempladores de estrelas frias, soltas e sem par.
Ah! Nós, Poetas...
Perdemos a contagem até dos nossos dias,
Compondo versos e reversos,
De vidas felizes e de vidas vazias!
Somos dominados por pensamentos de asas,
Fazemos voos rasantes e atravessamos mares e oceanos,
Despertamos até os diamantes!
Nós, Poetas, somos como loucos,
Levados nos braços do vento,
Pra longitudes e altitudes extremantes.
Entregamos suspiros e beijos,
Em linhas de doces poesias.
Somos apaixonados e até exagerados,
Poetas poetantes da arte de amar.
Ando experimentando os dias de chuva e as noites de frio, e aliás, faz-se deliciosos. A chuva que apodera-se do dia és tão bela quanto o sol que também o faz, cada qual é como é, cada qual você vê como quer. É melhor um dia de chuva "entediante" que um de sol "decepcionante". Quem faz o dia não é o que se forma lá fora, mas o que carrega aqui dentro. Que os dias de chuva não nos lembre do que nos machucou, mas nos inspire a vontade de viver tudo novo. Momentos ruins e bons fazem parte do nosso existir a diferença é que enquanto um marca o outro ensina. E ensina a se molhar com a chuva e não com as lágrimas, ensina a procurar refugio do frio e não do amor, ensina que a beleza está em todo lugar basta querer ver. Se a chuva deixa o seu dia triste feche a janela e os motivos da sua tristeza ficarão lá fora.
Sonho em flor
Neste acúmulo de noites vazias e gritantes,
Só me restam as dores desta vida pedante.
Neste eco envolvente de sentirem e pedires;
Há um calabouço, fétido e escuro,
Negro como a dor do fim do mundo.
É lá, onde habita o mais profano sentir;
E a passos largos, vou me despindo de mim.
Vou me envolvendo neste mundo moribundo.
E dos seus fungos, e dos seus humos,
Farei brotar o meu mundo.
Enide Santos 28/05/14