Noite Longa
As horas demoram quando queremos que elas passem de presa, as noites são longas quando se chora escondido, as lágrimas escorrem no rosto de alguém que não deve chorar... A noite é escura e fria, o vento gelado toca a pele do guerreiro, ele percebe que suas armaduras não o protegem de tudo, e não há remédio para as feridas da alma... Nada que possa curar as dores do seu pobre coração... talvez ainda não seja o fim, ou talvez o fim seja apenas o começo de coisas novas... Mas nem sempre da pra pensar positivo, as vezes é bem melhor ser realista...
Noite longa
Sono curto
Pensamento abundante...
Vi as horas passarem...
O tempo, alguns flashs, sonhos, possibilidades...
Ouvi redobradas vezes tudo o que falastes...
Por alguns instantes engasguei, chorei...
Mas a vida deve e só pode ser vista como uma estação... Uns saindo, outros chegando...
Que chegue também essa desejada cidade... A tal felicidade!
O novo é sempre carregado de esperanças...
Então, viva a mudança!!!
E não importa quão longa seja à noite... um novo dia nascerá e com ele novas possibilidades. O cristão precisa crer nessa verdade.
O dia pode ser curto a noite pode ser longa, o pensamento infinito, a cada dia uma nova cançao, um novo começo mais o mesmo pensamento, não sei se sigo em frente ou se escuto o meu coração bobo que insiste em sofrer...
Um dia sai pela vida a procura de amor...longas noites frias eu vivi,o coraçao chorou sozinho numa solidao devastadora...mais nao morri.
Tantas vzs em um quarto escuro com fome de carinho,de afeto,passei,suportei,enfim...a minha vida antiga voltei.
Nao me conformo com maneira q as coisas vao e vem...mais melhor um pouquinho d cada coisa...pois o mto q ah na vida,é raro qse ninguem tem...simples,humild,tudo suporta ao teu lado...e se chama FAMILIA.
Sim, eu já me apaixonei um dia. Era estranho, eu acordava no meio da noite, as tardes eram longas, meu estomago se comprimia, minha boca ficava seca. Era como se adoecesse, o calor do corpo me causava febres e suor frio.
Agora lido com paixão da mesma forma que lido com gripe: Bebo muitos liquidos, tomo alguma coisa pra aliviar os sintomas. E aguardo, porque em alguns dias isso passa.
O tempo não passa
As noites para mim são longas
Os dias para mim são vagos
Parece que me falta algo
Parece que há algo errado
Olho ao meu redor e não o vejo
Isso já me causa tormento
Te procuro em muitos lugares
E te encontro em meu pensamento
O relógio já não anda
O tempo é meu maior inimigo
Já estou contando os dias
Só para ter você comigo
Cada dia a mais sem ti
Incendeia meu coração
Eu não sei o que fazer
Para acalmar essa paixão
Mas eu encontrei a resposta
Para essa saudade sem fim:
É necessário que você venha
Ficar bem pertinho de mim.
Variações de Humor/Amor
Pois é, tem dias que parecem noites longas, e noites que parecem perdidas no tempo.
Tudo se arrasta…
As horas, os pensamentos, o enjôo…
Nada parece caber em nós mesmos.
Não nos suportamos e ainda por cima, temos alguém para “conviver”.
Quando tudo está de cabeça pra baixo, pode apostar que a coisa mais chata que existe no mundo é aquela famosa pergunta básica:
- O que é que você tem?
E você só tem: tudo!
Não há definição para o tudo!
Tudo incomoda, tudo é insuportável, até mesmo essa perguntinha tão simples, tão boa e as vezes, tão preocupada.
Com a visão “perfeita do amor” que carregamos, nos sentimos muito mal por estarmos mal e com uma vontade sinistra de “agarrar esse pescoço lindo” de quem a gente ama, mas que acaba nos irritando.
Só porque estamos irritados, tensos, perdidos.
Para as mulheres, pode ser a “TPM“,
para os homens “T.P.T” (tensão pré-troglodita”.
é quando nossos hormônios fervem.
O melhor nesses dias é aquele jogo de sinceridade, aquela palavra olhos nos olhos que falam:
- Eu não estou bem e preciso silenciar.
É ai que o casal maduro (não de idade, mas de conhecimento), se fecha em profundo respeito e aquela mão no ombro, diz mais que mil palavras.
Fala silenciosamente:
- Se você precisar, eu estou aqui!
Isso é maturidade no amor que vai durar muito tempo.
“Há alguns meses as minhas noites estão se tornando cada vez mais longas. Tento me concentrar, tento fazer exercícios pra poder relaxar, rezar, direcionar meus pensamentos a campos imaginários, sentir o corpo levitar... Mas nada é suficiente pra poder relaxar meu corpo. Não é um cansaço físico, é como se viesse de dentro de mim, do meu íntimo, da minha alma. A minha alma está cansada. Tento definir o que me aflige, mas não consigo. São nas noites mais vazias que se percebe o quanto a solidão é importante para o amadurecimento pessoal.
Então eu desisto. Desisto de querer dormir e começo a prestar atenção no meu subconsciente, nas imagens, nas lembranças e tento nele encontrar respostas para essa aflição. Começo a deixar a mente leve e ela me transporta pra lugares impressionantes, situações que eu já vivi, mas que hoje consigo observar de maneira diferente, vejo a minha vida como uma telespectadora crítica, pois tenho a capacidade de julgar, graças ao conhecimento que adquiri com o passar dos anos.
Vejo o quanto eu era infantil e julgava ter maturidade suficiente para fazer escolhas, pra ser livre. Onde na verdade eu era iniciante e prepotente. Quantas vezes quebrei a cara com essa minha mania de independência, de querer ser dona do meu próprio nariz. A liberdade é tão perigosa... Eu desconhecia esses perigos. Hoje conhecendo, queria voltar no passado para fazer um futuro diferente, mas não dá. Ele chega tão depressa! O tempo passou tão rápido que não percebi quanta coisa deixei pra trás e como eu poderia ter feito diferente. Daí já é tarde. O futuro é bem diferente do eu pensava. Eu que tantas vezes queria estar sozinha no mundo, porque eu me achava capaz de mandar na minha própria vida, sem precisar de ninguém! Me encontro sendo consolada pelo travesseiro e querendo o colo da minha mãe.
Começo a ficar apavorada com as alucinações que meu subconsciente provoca. Começo até a sentir o cheiro do meu passado, a ouvir as vozes das pessoas que conviviam comigo naquela época. Então saio da cama, lavo meu rosto e olho a hora: ”Nossa! Três da manhã e eu ainda acordada...”. Totalmente sem sono. Começo a andar pela casa, vou a varanda, volto, ligo o computador, ninguém fala comigo no MSN, parece que o mundo resolveu me ignorar! Meu telefone não toca, nenhuma amiga apareceu hoje na minha casa, ninguém em casa, os vizinhos estão dormindo, o mundo está dormindo e eu aqui em casa, sozinha, sem sono e com medo de tentar dormir e ver novamente a minha vida em 3D.
E são nessas noites longas que eu pergunto aonde foi parar minha maturidade, meu comportamento impulsivo, a mulher independente capaz de mudar o mundo com a sua força interior? Não sei. Nesses dias estranhos ela se afasta de mim.
Fico parada, olhando o mundo pela minha janela. Observo as casas, os gatos no telhado, o silêncio... Olho novamente pra casa e me vejo sozinha. Eu nunca me sentir tão só. Fico triste, choro. Sinto meu coração acelerar, o silêncio é tão grande que ouço o meu coração. “Não era isso que eu queria pra mim!” Eu tinha um costume de dizer que não gostava de gente e percebo que ninguém nasce pra viver só.
É nesse momento sombrio que começam a surgir perguntas sobre o resultado das minhas experiências passadas: “Quem eu sou?” “O que quero?” “Em que eu me transformei?” “Porque eu não consigo mais manter um relacionamento estável?” “As pessoas metem pra mim, ou sou eu quem não entendo o que elas me falam?” “Aonde foram parar aqueles meus amigos?” “Porque eu me apaixono tão fácil?” “Porque eu não consigo demonstrar o amor a quem eu realmente amo?” “Porque eu não consigo perdoar meu pai por ser ausente e consigo perdoar outras pessoas?” “Que carreira seguir?” “Fico aqui, ou vou embora?” “Pra onde vou?” “Qual caminho seguir...?”
Conclusão: estou em conflito comigo mesma!
Tenho medo de voltar às lembranças do meu passado, por não gostar de ver o quanto errei. E me encontro estática com a possibilidade de errar novamente, ficando impossibilitada de seguir em frente, por não saber o que é certo. Mas onde está o problema maior, errar ou parar no tempo com medo da possibilidade do erro?
Paro por alguns instantes e observo novamente minha vida por outro ângulo, só que dessa vez a telespectadora pode interagir, pode ajudar nas decisões.
De repente as perguntas começam a ter respostas...
Sou forte, sou sensível, sei reconhecer quando estou errada, não gosto de ferir ninguém e não tenho medo dos desafios da vida, só estou passando por uma fase de amadurecimento, e esta solidão é necessária para evitar erros futuros e saber administrar melhor minhas escolhas. Eu quero viver bem! Eu não preciso de muito dinheiro, só o suficiente pra viver tranqüila e em paz. Eu não me transformei porque ainda me encontro em mutação, eu deixei de ser adolescente e virei mulher, e preciso me acostumar com essa idéia e mudar de atitudes, assumir minha nova posição. Não é que eu não consiga manter um relacionamento estável, mas já me decepcionei tanto que estou conhecendo melhor as pessoas pra poder me envolver e curando as feridas passadas, para que a entrega seja mais verdadeira. As pessoas metem porque metem, ora bolas. Ninguém é perfeito. Cabe a mim, perdoar ou não e observar se a pessoa quer ser perdoada. Se os amigos sumiram, eles não eram amigos, os amigos não somem, mesmo que separados por longas distancias, os amigos estão sempre presentes. E não é todo mundo que sabe ser amigo. Apaixono-me fácil porque tenho um coração bom, e sei apreciar as qualidades do outro. Não preciso demonstrar que amo porque o ser amado sabe quando é amado; a exposição não é uma característica do amor. Não perdoei meu pai porque ele nunca me pediu perdão, não vi arrependimento da parte dele, como perdoar quem não quer ser perdoado? Impossível.
A vida é uma só. E estou nesse mundo por um propósito grande. Então não posso passar o resto da minha vida lamentando meu passado ou do rumo que a vida tomou. Se hoje estou aqui é porque fiz o que achei que fosse certo. Só eu sou responsável por minhas escolhas e pelas conseqüências que possivelmente terão, não posso esperar que ninguém faça escolhas por mim, nem depositar no outro a responsabilidade das conseqüências. O mundo não tem culpa. Se hoje sei onde errei, só preciso aprender a me perdoar e não repetir, porque caso ocorra novamente, não pode mais ser chamado de erro, e sim de escolha.
Só não consegui definir ainda se fico ou se vou. Se for, pra onde? Sei o que não quero, e isso já é um bom começo. Mas preciso decidir logo que rumo seguir, pois o tempo não pára para que as minhas escolhas sejam feitas. O tempo passa rápido demais.
As perguntas irão existir sempre, assim como as dúvidas, os medos, os anseios, o ressentimento. Mas é preciso escolher se quero me lamentar ou enfrentar novamente o que a vida tem a oferecer! Afinal, de que adianta observar o mundo pela janela se a graça é percorrer os caminhos que ele tem?
Enfim, o sono chega. Encontro-me mais calma e tenho a sensação de dever cumprido. Percebi que o que eu mais precisava essa noite era algo que eu vinha adiando há tempos: o encontro comigo mesma.”
Poema do olhar vazio
Autor: Tadeu G. Memória
Ainda terei longas noites
Para lembrar-te o olhar
E nos momentos de saudades
Escreverei poemas...
Provavelmente mencionando
Ansiedade de horas intermináveis e vazias
Por desalentos e descontentamento...
Escreverei poemas...
Impróprios, secretos e insanos
Relatando com minúcias
Essa intimidade lasciva e indecente
Escreverei poemas...
Insípidos, amargos, amargurados
Pela solidão e o abandono
Escreverei poemas...
Como um álibi a essa cumplicidade
Insensata e viciosa
Que me aprisiona como refém
De prazeres mórbidos...
Escreverei poemas...
Como uma compulsão
Como se isso detivesse a hemorragia
De desanimo e desencanto
De longas noites de insônia
Que me trazem o teu olhar vazio...
Florecer
Surge o verão
sol brilha intensamente
Surge o inverno
noites mais longas que os dias
Folhas caem
Sentido para sorrir começa surgir
Felicidade
satisfação com a vida
Tristezas
insatisfação com a vida
Aprendizagem
SOLIDÃO
E o que restou a mim?
Na solidão, tão longa da noite...
Nada....
Só o este vazio angustiante...
Tu levou contigo, tudo...
Tu levou de mim o teu amor
Sandra
Nessa longa noite do esquecimento dickeana, esse sol que me alumia é fora de hora, e é lento e é morno, mas, de qualquer modo, bem que esquenta, se eu quero. Procuro o bistrot, mas nem ele é bar e nem é cuiabano, e depois a poeira do Egito me agride, exigindo que eu aperte muito os olhos para bem olhar. Cairo exibe suas formas sem graça, austeras, feias, a cidade plena de fantasmagorias que as luzes nas cumeeiras dos prédios sem vida não conseguem dissimular. O mar de novo me espera, nessa enorme noite das horas sem canto, das horas sem dobras, das horas em aro, no mediterrêneo de todos os pesadelos, de todos os pecados e de todos os sonhos, meu barco bem que é azul e branco da cor dese meu céu." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Nessa longa noite do esquecimento dickeana, esse sol que me alumia é fora de hora, e é lento e é morno, mas, de qualquer modo, bem que esquenta, se eu quero." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Mais uma vez perdi
Fico aqui lembrando,
Do que pensei que esqueci
As noites mais longas
Os dias sem fim
O vazio na alma
Você sem mim